quinta-feira, 8 de maio de 2025

Ceará: Vereador acusado de fazer parte de esquema de lavagem de dinheiro para facção é afastado do cargo

Vereador  Geovane  Gonçalves
As investigações começaram após uma tentativa de homicídio
Em uma ação conjunta deflagrada nesta quinta-feira (08), o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) e a Polícia Civil de Canindé  revelaram a complexa rede criminosa que unia integrantes de facções a empresários e agentes públicos. Batizada de Operação Sórdida Pecúnia, a ofensiva teve como foco o combate à lavagem de dinheiro e à corrupção envolvendo recursos públicos desviados de prefeituras, especialmente a de Canindé.

De acordo com o delegado regional Cleidsom Fernandes, a investigação comprovou a ligação entre uma facção criminosa atuante na região e empresários locais, que utilizavam negócios de fachada para lavar dinheiro obtido de atividades ilícitas e de esquemas de corrupção.

Embora o atual prefeito de Canindé, Jardel Sousa, seja investigado sob suspeita de ter tido sua campanha financiada pela facção GDE, ele não foi alvo de mandados na operação desta quinta-feira (08).. Um dos principais presos foi o empresário Maurício Gomes, que já se encontrava detido por envolvimento na morte do motorista da empresária Cleide Queiroz, irmã do ex-prefeito cassado e foragido de Choró, Bebeto Queiroz.

Outros dois mandados de prisão preventiva foram cumpridos: um contra um chefe de organização criminosa que já estava preso e outro contra um novo envolvido, localizado fora do sistema prisional. Além disso, a Justiça determinou o afastamento do vereador Geovane Gonçalves, por 180 dias, acusado de comandar o esquema de lavagem de dinheiro ligado à facção.

Durante a operação, foram executados 16 mandados de busca e apreensão em Canindé e Fortaleza. A Justiça ainda bloqueou R$ 5 milhões em bens, incluindo 20 veículos e 3 imóveis, todos pertencentes a pessoas de Canindé ligadas ao grupo criminoso.

As investigações começaram após uma tentativa de homicídio ocorrida no dia das eleições do ano passado, em Canindé. A partir da análise de celulares apreendidos na época, os investigadores conseguiram mapear conexões entre criminosos, empresários e políticos locais, revelando uma estrutura criminosa ramificada.

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