domingo, 18 de junho de 2023

Ceará: Três PMs suspeitos de crime de estupro coletivo na viatura, têm prisão preventiva solicitada

Um ano e meio após o crime, os militares um subtenente e dois soldados seguem recebendo pagamentos oriundos dos cofres do Estado
Três policiais militares investigados por participarem de um estupro coletivo em Fortaleza podem ser presos a qualquer momento. Na última semana, a própria Polícia Militar do Ceará (PMCE) representou pela prisão preventiva do trio, por meio do Inquérito Policial Militar (IPM) e agora aguarda decisão judicial.

Os acusados: subtenente Raimundo Flávio Barros, soldado Israel Pablo dos Santos e o soldado Carlos Henrique da Rocha Rodrigues. As identidades dos agentes foram divulgadas em janeiro do ano passado, à época do crime. Agora, o Inquérito Policial Militar (IPM) encontrou indícios fortes do crime e pedir a prisão dos três.

Eles seguem afastados do policiamento ostensivo, e alocados em funções administrativas, recebendo vencimentos oriundos dos cofres do Estado, por não haver determinação oficial para suspensão dos pagamentos.

VEJA NOTA DA POLÍCIA 
"A Polícia Militar do Ceará (PMCE) informa que os policiais militares respondem processo administrativo disciplinar pelo mesmo fato. Atualmente nenhum deles está apto ao serviço operacional, podendo apenas concorrer a escalas administrativas.  No tocante ao pedido de prisão preventiva a mesma tem que seguir o rito de passagem e manifestação do Ministério Público Militar para posteriormente ser analisada pelo juiz acerca de sua concessão".

O crime sexual teve como vítima uma mulher que aguardava um motorista de aplicativo e estaria sob efeito de álcool quando foi violentada. O ataque aconteceu enquanto os agentes estavam de serviço e, na época.

RELATO DA VÍTIMA 
Os PMs estavam de serviço e teriam oferecido uma carona à vítima na viatura policial. Conforme depoimento da testemunha, o crime aconteceu na madrugada de 23 de janeiro de 2022. A mulher se desencontrou de alguns amigos e teria ficado sozinha em uma calçada de um bar no Conjunto Ceará. Foi quando a viatura se aproximou e os militares começaram a conversar com a vítima.

Eles teriam dito que poderiam oferecer a ela uma carona porque o destino para onde ela iria estava na rota deles. Após saírem do local, a viatura parou em uma estrada carroçável e os policiais teriam pedido para a vítima descer.

Segundo depoimento da mulher, ela não recorda com exatidão o que aconteceu depois, mas lembra que um dos policiais apertou seu seio e ela ficou sem o short. A vítima teria sido estuprada primeiro pelo motorista da viatura.

"Após o ato sexual deixarem-lhe na casa de uma amiga, onde tomou banho, contou o ocorrido e se dirigiu a unidade policial para denunciar o crime, tendo realizado exame de corpo de delito".

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