sexta-feira, 17 de junho de 2022

Petrobras anuncia aumento da gasolina em 5,2% e do diesel em 14,2%

A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (17) aumentos nos preços da gasolina e do diesel para as distribuidoras. Os novos valores passam a valer a partir de sábado (18).

O litro da gasolina passou de R$ 3,86 para R$ 4,06 — aumento de 5,18%. Já para o diesel, a elevação foi de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro — alta de 14,26%. O valor do GLP foi mantido.

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Vale lembrar que o valor cobrado para os consumidores, ou seja, o preço das bombas, depende dos impostos e das margens de lucro das distribuidoras.

Em nota à imprensa, a Petrobras disse ser "sensível" ao momento pelo qual o Brasil e o mundo passam. "Quando há uma mudança estrutural no patamar de preços globais, é necessário que a Petrobras busque a convergência com os preços de mercado", justifica a estatal. O diesel ficou 39 dias sem reajuste e a gasolina, 99 dias.

O aumento acontece dias após o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmar, durante entrevista para o canal do YouTube da jornalista Leda Nagle, que a Petrobras estaria "dando dica" de que planeja aumentar os preços.

"Não interessa quanto seja o aumento, já está absurdo o preço dos combustíveis", disse o presidente, que chamou o lucro da empresa de "extorsivo".

Horas antes do anúncio do reajuste, Bolsonaro escreveu nas redes sociais que o governo federal "como acionista é contra qualquer reajuste nos combustíveis". "A Petrobras pode mergulhar o Brasil num caos. Seus presidente, diretores e conselheiros bem sabem do que aconteceu com a greve dos caminhoneiros em 2018, e as consequências nefastas para a economia do Brasil e a vida do nosso povo", escreveu o chefe do Executivo.

A pressão contra aumento nos preços dos combustíveis também foi feita pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Ontem, em suas redes sociais, ele afirmou que a Petrobras "parece ter anunciado o bombardeio de um novo aumento nos combustíveis".

"A República Federativa da Petrobras, um país independente e em declarado estado de guerra em relação ao Brasil e ao povo brasileiro, parece ter anunciado o bombardeio de um novo aumento nos combustíveis", escreveu Lira

Com Estadão e Reuters

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