Vamos ter, inevitavelmente, pelo clima de antagonismo e de desprezo pela democracia, um desses três cenários até 2 de outubro:
1- Bolsonaro consegue tumultuar a tal ponto que as eleições deixarão de ser realizadas, com as instituições entrando em colapso e o caos se estabelecendo, com todas as consequências daí derivadas - restrição das liberdades civis, desconstituição dos tribunais e descontrole da economia.
2 - Bolsonaro vence a eleição e instala no País a ditadura de seus sonhos, convalidada pelo voto popular. Ganha musculatura para censurar a imprensa e sequestrar a Justiça, interferindo na composição dos tribunais.
3 - Lula vence, mas o Centrão faz maioria na Câmara e no Senado e impõe sua agenda ao novo presidente. Sem saída, Lula compõe com o velho Congresso. A oposição se apequena e o STF continua dependendo das decisões do Ministro Alexandre Moraes para sobreviver a um novo desgoverno.
Não quero parecer pessimista, mas não vejo saídas. O amanhã, como disse na coluna de ontem, ainda vai passar por uma grande noite e, quando os primeiros raios de sol aparecerem, talvez não reconheçamos o País que ressurgiu com a redemocratização em 1985, após o fim do último governo militar.
Como cidadãos temos o dever de impedir o primeiro cenário. Afastar o segundo, também depende de nós. O terceiro, pode não ser o ideal, mas também depende de nós.
Não basta votar no Presidente que sozinho não pode mudar o País. É preciso escolher, com muito cuidado, o novo Congresso. Afastar os velhos caciques, apostando naqueles comprometidos com a democracia.
Por Raimundo de Holanda
Primeiro dinheiro e bens não é tudo em nossas Vidas...
ResponderExcluirEu voto pela família,moral,respeito.