Países da Europa como Reino Unido, França, Portugal e outros estão sendo massacrados por uma onda de calor que já causou a morte de mais de 1 mil pessoas até esta quarta-feira (20).
Segundo as autoridades locais, em algumas regiões o calor atingiu a marca de 40°, 46°. Para nós brasileiros, que estamos acostumados a climas mais quentes, a onda de calor pode não parecer tão perigosa, mas para os europeus ela pode ser severa e mortal como temos acompanhado na imprensa internacional.
Especialistas explicam que o perigo envolve algumas variáveis importantes como o fato do calor ser muito mais seco na Europa, do que no Brasil.
Aqui temos um nível razoável de umidade no ar mesmo em dias muito quentes, já nos países europeus, esse ar é extremamente seco como o ar do deserto escaldante. Essa característica faz com que se perca muito líquido em pouco tempo e consequentemente a desidratação e a insolação sejam mais rápidas e castigantes.
Além disso, a população da Europa habita em lugares muito frios e suas casas são construídas para abrigar e proteger os moradores desse tipo de clima, logo, eles não fazem uso de ar condicionados, ventiladores ou sistemas de refrigeração.
Pelo contrário, seus imóveis tem sistema de aquecimento que tendem a propagar rapidamente o calor. Só para se ter uma ideia, na Grã-Bretanha, apenas 5% das casas tem algum ar condicionado.
Outro fator determinante é a questão do próprio organismo. A população está biologicamente habituada com as questões ambientais.
Assim como no Brasil estamos acostumados com o clima úmido oferecido pela Amazônia, os europeus também são influenciados pelo bioma e tem períodos mais curtos de calor.
Eles estão fisiologicamente acostumados em temperaturas baixas e por isso, sentem mais o impacto da mudança de clima e podem ter a saúde diretamente afetadas pela situação. O resultado é o que temos visto, morte em massa.
E a previsão é que essa onda de calor continue se espalhando para outras regiões.