sexta-feira, 9 de setembro de 2022

Desafio da internet causa queimaduras de 3º grau em menina de 10 anos

Foto: Pexels
Em Fortaleza, cresce o número de casos de jovens internados devido disputas estimuladas nos aplicativos de redes sociais.
Um desafio entre crianças na internet levou a filha da Luana Alves à UTI do Instituto Doutor José Frota (IJF). A mãe desconhecia o que a menina de 10 anos estava fazendo. Em Fortaleza, cresce o número de casos de jovens internados devido disputas estimuladas nos aplicativos de redes sociais. Eles podem deixar sequelas e, até mesmo, levar à morte.

Somente aqui no IJF, três crianças tiveram entrada no último mês de agosto em decorrência de situações parecidas. O problema preocupa os médicos do maior hospital de queimados do Ceará. Luana Alves, mãe da criança internada em estado grave, fez um apelo aos outros pais para ficarem atentos a esse tipo de situação.

Cresce número de crianças que chegam ao IJF vítimas de queimaduras
Entre janeiro e junho deste ano, o setor de queimados do IJF contabilizou 362 novos pacientes com idade até os catorze anos. O número é 49% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foram somados 243 atendimentos. Sem o acompanhamento e tratamento adequado, essas crianças podem ter sequelas pelo resto da vida.

De acordo com a equipe de especialistas do Núcleo de Queimados do IJF, os ferimentos resultantes de supostas “brincadeiras” envolvendo isqueiros, fósforos, velas, álcool, gasolina, eletricidade e até mesmo pólvora tem chamado a atenção pela quantidade e gravidade. Nessas condições, os tratamentos, que já são bem incômodos e delicados, se tornam ainda mais demorados, os riscos de agravamento são mais comuns e o índice de letalidade por ser ainda maior.

O médico Breno Pessoa, cirurgião plástico do IJF, destaca a importância da observação e orientação de um adulto à rotina de descobertas e aprendizados das crianças. “É preciso um acompanhamento permanente tanto dos conteúdos visualizados nas redes sociais, no acesso aos produtos e ferramentas de risco e, principalmente, uma conversa clara e instrutiva sobre segurança, autocuidado e respeito à vida, além de um ambiente seguro e estimulante para o desenvolvimento dos jovens em adultos saudáveis”, relata o profissional.

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