terça-feira, 11 de abril de 2023

Anabolizantes: CFM proíbe prescrição de anabolizantes para fins estéticos

“BOMBA”!
A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) aplaude a decisão do Conselho Federal de Medicina (CFM) que aprovou a Resolução CFM no 2.333/2023, sobre o uso de terapias hormonais para fins estéticos e de desempenho físico.

Com a aprovação do documento, passa a ser proibido que médicos no Brasil indiquem tratamento com esteroides anabolizantes com esse finalidade.

"Esta resolução é uma vitória da boa medicina e da ciência. Ela protege a sociedade de uma narrativa que vinha sendo contada de que existe segurança no uso de terapias hormonais para essas finalidades e em doses suprafisiológicas, o que não é corroborado pelas evidências científicas disponíveis e coloca em risco a vida dos pacientes", alerta o endocrinologista Paulo Augusto Miranda, presidente da SBEM.

O debate se faz urgente, principalmente pelo número crescente de publicações em redes sociais que incentivam a prática e pelos casos de complicações aumentando a cada dia nos consultórios.

O QUE SÃO ESTEROIDES E PARA QUE SERVEM?

A testosterona é o hormônio responsável pelo desenvolvimento de características sexuais masculinas.

Os esteroides anabolizantes e similares foram criados através da modificação da molécula de testosterona na tentativa de ampliar seus efeitos anabolizantes e reduzir seus efeitos virilizantes.

A reposição terapêutica de testosterona, segundo a SBEM, está indicada nestas situações:

Deficiência diagnosticada em homens, quadro clínico denominado hipogonadismo, cujos critérios diagnósticos são bem estabelecidos por diretrizes de várias sociedades médicas publicadas na literatura.

O uso da testosterona também está indicado para terapia hormonal cruzada no cuidado à pessoa com incongruência de gênero ou transgênero.

Com a resolução aprovada pelo CFM, Paulo Miranda esclarece que fica preservada a indicação dos hormônios para tratamentos com base científica comprovada. Nesse ponto, entram os casos de deficiência hormonal, como no hipogonadismo masculino, e na terapia de afirmação de gênero.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Faça seus comentários com responsabilidade, não nos responsabilizamos por comentários de terceiros.