sexta-feira, 21 de abril de 2023

Polícia Civil indicia professora que postou “look do massacre”

A professora da rede pública do Distrito Federal Lorena Santos, 28 anos, foi indiciada, nessa quinta (20), por cometer contravenção penal. A servidora pública é investigada pela Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), após publicação de reportagens, por “provocar alarme, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto”.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) intimou a professora do Centro de Ensino Fundamental (CEF) Zilda Arns, no Itapoã, a depor, depois de Lorena fazer uma postagem polêmica no Instagram, nessa quinta-feira (20/4).

Em Story compartilhado na rede social, a professora aparece em uma foto, com a legenda “Look de hoje: especial massacre. Se eu morrer hoje, estarei belíssima, pelo menos”.

A prática pela qual Lorena foi indiciada consta no artigo 41 da Lei das Contravenções Penais e prevê pena de prisão simples, de 15 dias a seis meses, ou pagamento de multa.

Monitoramento

As forças de segurança do Distrito Federal estavam mobilizadas nessa quinta-feira (20/4), devido ao aumento da circulação de mensagens nas mídias sociais com conteúdo de violência por ocasião de 20 de abril, data em que ocorreu um fatídico massacre em Columbine, nos Estados Unidos, em 1999.

Na data, dois alunos de um colégio de ensino médio mataram 12 estudantes e um professor da escola que frequentavam. Em virtude da notoriedade da data, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) se manteve em alerta durante todo o dia, para evitar ataques em escolas da capital federal.

Mensagens apagadas

Depois da repercussão da foto publicada por Lorena no Instagram, a professora apagou a postagem e disse ao Metrópoles que “não teve intenção de gerar polêmica”.

A professora acrescentou que expressou uma “posição perante as ameaças, de forma irônica”. “Somos tão vulneráveis e parecemos piadas perante o Estado. Mas já retirei a imagem. Não foi a intenção gerar polêmica”, enfatizou.

A coluna também teve acesso a uma carta assinada pela docente e enviada à comunidade escolar. No texto, ela diz que a publicação foi infeliz e pede desculpas.

Metropoles

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