A professora da rede pública do Distrito Federal Lorena Santos, 28 anos, causou polêmica nas redes sociais, na manhã desta quinta (20), ao postar foto com um “look especial” para o “dia do massacre”. Na publicação, a servidora, que dá aula no Centro de Ensino Fundamental (CEF) Zilda Arns, no Itapoã, acrescenta: “Se eu morrer hoje, estarei belíssima pelo menos”.
A data faz alusão ao fatídico massacre cometido em Columbine, nos Estados Unidos, em 1999. Nesse atentado, dois alunos mataram outros 12 estudantes e uma professora do colégio. No Brasil, o Ciberlab, do Ministério da Justiça, registrou grande circulação de mensagens nas mídias sociais com conteúdo de violência por ocasião do dia 20/4.
Lorena Santos costuma publicar no Instagram imagens da rotina como professora da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEDF), além de conteúdos sobre exercícios físicos, viagens, festas e dicas de beleza. No perfil, com pouco mais de 5,2 mil seguidores, a educadora se define como mãe, empreendedora e professora.
Repressão
Em coletiva de imprensa na quinta-feira (13/4), o secretário de Segurança, Sandro Avelar, e a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, anunciaram um plano de segurança para escolas do Distrito Federal. Entre as ações divulgadas estão: reforço do efetivo do Batalhão de Policiamento Escolar (BPesc); criação de novos canais de denúncia; e otimização do uso dos carros das corporações.
Na ocasião, o secretário Sandro Avelar também falou a respeito da autorização da SSP-DF para contratar policiais temporariamente. A medida visa ampliar a segurança e coibir a violência em 1,6 mil escolas privadas e particulares, além de creches, faculdades e universidades.
No entanto, por questões de segurança, segundo o secretário, a pasta não divulgará a quantidade de servidores nem como eles devem atuar nos colégios. Até o momento, não há data para chegada do efetivo, mas os militares convocados serão voluntários e da reserva.
Polêmica
Ao Metrópoles Lorena afirmou que “de forma alguma quis gerar polêmica” e acrescentou que expressou uma “posição perante as ameaças, de forma irônica”. “Somos tão vulneráveis e parecemos piadas perante o Estado. Mas já retirei a foto.