Um sargento da Polícia Militar entrou no prédio da 3ª Companhia do 50º BPMI (Batalhão de Polícia Militar do Interior), em Salto (102 km de São Paulo), e matou dois colegas a tiros na manhã desta segunda-feira (15), segundo a assessoria de imprensa da PM.
As mortes foram confirmadas pelo batalhão. As vítimas são um capitão e outro sargento. Ainda não há informações sobre o motivo do crime.
O estado de saúde do sargento não foi informado. Também não há detalhes sobre o tipo de arma utilizada.
Segundo o Corpo de Bombeiros, eles foram acionados por volta das 8h50 para socorro de dois policiais militares com ferimentos de arma de fogo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, as equipes ainda estão no local e a ocorrência ainda está em andamento.
A Polícia Militar divulgou nota em que lamenta a ocorrência.
"É com extremo pesar que a Polícia Militar informa que nesta segunda-feira (15), por volta das 9h, dois policiais militares foram atingidos por disparos de arma de fogo efetuados por um sargento da Instituição por razões ainda a serem esclarecidas. Infelizmente, as vítimas entraram em óbito", traz a nota.
Segundo a PM, todas as providências de Polícia Judiciária Militar estão em andamento e a Corregedoria da Instituição acompanha as apurações.
OUTRO CASO
Em 5 de abril, um capitão e um cabo da Polícia Militar mataram a tiros um sargento em um batalhão no Jardim Santa Emília, zona sul de São Paulo.
O capitão Francisco Laroca, responsável pela Coordenadoria de Operações da PM do Estado de São Paulo, disparou três vezes contra o sargento Rulian Ricardo ao ser desentenderem dentro da 4ª Companhia do 46º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano.
O motorista que acompanhava Laroca, o cabo identificado como Rizzo, efetuou um quarto disparo.
Rulian foi atingido no pescoço e na região do tórax. Ele foi prontamente socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo, as providências de Polícia Judiciária Militar foram tomadas e a Corregedoria da Instituição acompanha as apurações.
Inicialmente, Laroca e Rizzo estavam no local para apartar um conflito entre Rulian, a vítima, e uma policial.
Rulian teria ficado inconformado com a abordagem do capitão e apontado um revólver calibre 32 contra ele, segundo relato do próprio Laroca, ocasionando a reação.
Laroca é capitão da PM paulista desde novembro de 2020. Antes disso, ele esteve no Corpo de Bombeiros, também como capitão, por 12 anos.
O capitão também é suplente na Câmara Municipal de São Paulo. Filiado ao PSB (Partido Socialista Brasileiro), ele obteve 2.275 votos na última eleição.
Rulian ingressou na corporação em junho de 2006. Em 2020, quando atuava em Franca, no interior paulista, ele salvou uma criança que havia se engasgado com uma moeda de R$ 0,10 e foi homenageado na cidade.