Segundo o estudo, os juros altos são os incipais responsáveis pela falta do pagamento. Enquanto a inadimplência aumentou, o endividamento, por outro lado, caiu quase um ponto percentual em agosto na comparação com julho (78,1%), ficando em 77,4%.
A inadimplência é quando a pessoa tem uma ou mais dívidas já vencidas que não foram pagas. Já o endividamento ocorre quando o consumidor tem algum compromisso em aberto, que ainda vai ser pago, como valores de cartões de créditos, boletos, empréstimos, compras parceladas no comércio, etc.
De acordo com Fernando Lamounier, educador financeiro e diretor da Multimarcas Consórcios, o brasileiro precisa ser mais prudente na hora de contratar créditos, sem se endividar, porque o custo dessa dívida pode ficar ainda mais alto.
“É necessário ter cautela, e quando for inevitável dele usar essa dívida, aí, sim ele deve se programar e buscar a melhor opção diante das alternativas. Não tenha medo de negociar, busque o credor e analise todas as possibilidades para evitar cobranças ainda maiores no futuro”, explica
Juros são vilões
O principal tipo de dívida é o cartão de crédito, mais de 85% do total, seguido dos carnês, que correspondem a 17% da causa de endividamento dos brasileiros. Um projeto de lei que prevê limite para os juros do rotativo do cartão de crédito foi aprovado em 6 de setembro, na Câmara dos Deputados. O PL foi ao Senado e, com o regime de urgência, a proposta poderá ser votada nas próximas sessões do Plenário, sem precisar passar pelas comissões.
Conforme o parecer preliminar do relator do projeto, deputado Alencar Santana (PT-SP), o CMN terá 90 dias, a partir de proposta dos emissores de cartão de crédito, para fixar os limites para juros e encargos cobrados no parcelamento da fatura nas modalidades rotativo e parcelado.
Com informação do Correio Brazilense