segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Cid Gomes afirma que juíza foi “induzida ao erro”, ao comentar anulação da reunião do PDT

Foto: Reprodução
Cid Gomes foi eleito para presidir o PDT cearense, mas a votação foi anulada logo depois por uma decisão da Justiça.
Após a Justiça anular a validade da reunião do PDT cearense, o senador Cid Gomes (PDT) afirmou que a juíza Maria de Fatima Bezerra Facundo foi induzida ao erro. A magistrada suspendeu os efeitos da eleição para uma nova Executiva, ocorrida no final da tarde desta segunda-feira (16) e que elegeu Cid como novo presidente do PDT Ceará.

“A decisão tomada aqui hoje está sendo questionada judicialmente, então nós vamos prestar as informações ao Poder Judiciário e eu tenho a absoluta convicção de que induziram a magistrada ao erro isso pode-se chamar de litigância de má fé pois se aproveitaram da boa fé de uma magistrada e citaram artigos que tratam da convenção e não de uma reunião extraordinária de um diretório como o que é o que nós fizemos aqui hoje”, disse.

A decisão judicial suspendendo o edital de convocação da reunião e, caso a eleição já houvesse ocorrido, suspendendo os efeitos dela foi tomada poucos minutos após a eleição do senador para o comando do diretório estadual. A tutela de urgência foi determinada pela magistrada em resposta à petição ajuizada por André Figueiredo (PDT), que, dessa forma, retorna à presidência do PDT Ceará.

Anulação da votação do PDT
O senador havia vencido a eleição do diretório minutos antes, com 48 votos favoráveis. A reunião foi convocada por seus aliados 10 dias atrás, com o objetivo de fazer uma nova eleição para o diretório estadual e devolver a Cid a presidência do partido. Ele, anteriormente, foi destituído do cargo pelo presidente federal da sigla, deputado André Figueiredo, que representa o grupo antagônico ao senador dentro do PDT.

Conforme o entendimento da Justiça, a reunião extraordinária convocada pelos partidários não respeitou os trâmites necessários para ser realizada, incluindo a convocação com um mínimo de 20 dias de antecedência e inscrições para registro de chapa para a eleição até as 18h do 5º dia anterior à realização da votação.

Cid Gomes, ao saber do ocorrido, considerou que a juíza foi induzida ao erro e que a petição faz referência a exigências que não se aplicavam a essa situação.

O PDT cearense hoje vive uma disputa interna com um bloco liderado por Cid Gomes – mais próximo do governo Elmano de Freitas (PT) e favorável a integrar a base governista – e um formado por nomes como André Figueiredo, José Sarto, Roberto Cláudio e Ciro Gomes – que defendem que o partido se mantenha na oposição ao governo estadual. O comando nacional está com André Figueiredo, pertencente a este segundo grupo, mas os aliados de Cid são hoje maioria no PDT cearense e tentam tomar para si o comando do partido em âmbito estadual.

Cid e André chegaram a firmar um acordo de alternância da presidência estadual, com Cid tendo assumido em julho para ficar até dezembro, quando apoiaria a volta de Figueiredo. No entanto, o agravamento das tensões internas fez Figueiredo voltar atrás no acordo e destituir Cid.

GCMais

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Faça seus comentários com responsabilidade, não nos responsabilizamos por comentários de terceiros.