segunda-feira, 10 de março de 2025

Fortaleza tem quase 50 idosos ‘morando’ em hospitais públicos por não terem para onde ir

Foto Thiago Gadelha
Dos 74 anos de vida até aqui, mais de dois já passam pelos corredores do Hospital Mental de Messejana (HSM), em Fortaleza. João* foi internado lá em dezembro de 2022 e, mesmo após a alta, permaneceu. Fora dos muros da unidade, o idoso não tem para onde ir.

Situação similar é vivenciada, hoje, por outras 48 pessoas com idades entre 60 e 83 anos, que estão “morando” em unidades de saúde estaduais ou municipais do Ceará, porque não há vagas em acolhimentos públicos nem possibilidade de vínculo familiar.

Os dados são do Ministério Público do Ceará (MPCE), levantados junto às promotorias de Justiça de Fortaleza. Os órgãos recebem as notificações dos próprios hospitais, que buscam auxílio para direcionar pacientes “que estão de alta médica, mas não alta social”.

Só na Casa de Cuidados do Ceará, unidade da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) que deveria funcionar como uma transição entre hospital e residência, há 18 pacientes “ocupando uma vaga que é temporária”, como pontua Alexandre Alcântara, promotor de Justiça do MPCE.

“As pessoas deveriam ir lá para reabilitação, passar 50 a 60 dias e ir para casa. Mas há idosos morando lá”, lamenta. “Conseguimos detectar cerca de 50 situações dessas só em Fortaleza, principalmente na rede estadual. E o Estado não quer aumentar as vagas do Olavo Bilac (único abrigo público estadual para idosos)”, critica Alexandre.

Com informações do Diário do Nordeste.

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