segunda-feira, 11 de março de 2024

Médicos, clínicas e hospitais devem seguir novas regras de publicidade

Entram em vigor nesta segunda-feira (11) as novas regras da publicidade médica estabelecidas na Resolução 2.336/2023 do Conselho Federal de Medicina (CFM), que foram aprovadas depois de três anos de estudos. O presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), o advogado Raul Canal, alerta que, ao mesmo tempo que garante segurança jurídica aos médicos, o novo texto cria também pontos de atenção para suas condutas publicitárias nas esferas cível e criminal.

Em entrevista à Agência Brasil, ele disse que a principal inovação foi a autorização para os médicos e, sobretudo, aqueles que trabalham na área estética, como cirurgia plástica e dermatologia, exibirem imagens e fotografias com os resultados antes e depois. “Isso até agora era proibido. O médico, mesmo com consentimento do paciente, não poderia fazer isso. Agora, ele pode fazer”.

Canal advertiu que, nesse caso, o médico não pode “tratar ou maquiar” a fotografia, nem fazer um ‘photoshop’ (edição) na imagem. “Tem que ser a fotografia natural; mas, com consentimento do paciente, ele pode publicar isso na sua propaganda, nas suas mídias sociais. Esse foi o maior avanço”, indicou. Outro avanço foi a divulgação de preços de cirurgias, procedimentos e tratamentos. Antes, o médico não podia divulgar isso porque era considerado mercantilização da medicina. “A partir de agora, isso está autorizado a ser feito”.

Cuidado
Para evitar processos na Justiça, o presidente da Anadem destacou que o profissional da saúde deve prestar atenção para não tratar uma fotografia e prometer um resultado fantástico que poderá não ser alcançado. O profissional deve deixar claro na propaganda e nas mídias sociais que nem todo paciente vai atingir o mesmo resultado porque isso depende de predisposições orgânicas e até de questões comportamentais do paciente e de reações inflamatórias.

“Cada organismo reage de uma forma diferente. Se não, ele estaria prometendo um resultado e, se o paciente não atingir aquele resultado, poderá processá-lo por ter sido enganado. Ou seja, induziu o consumidor, e não mais o paciente, a um erro. Tem que deixar claro que aquele é um resultado específico e que nem todas as cirurgias atingirão o mesmo resultado. Esse é o principal cuidado que o médico deve ter. E sempre ele deve obter por escrito a autorização do uso da imagem do paciente. Porque não se trata apenas do Código de Ética Médica. Ele tem a Lei Geral de Proteção de Dados”, explica Canal.

Por isso, para divulgar um dado do paciente, inclusive um dado biométrico ou uma imagem, deve haver o consentimento, ou autorização, por escrito. “Esse é um cuidado fundamental”, sustentou.

Clínicas e hospitais
As mesmas regras valem para clínicas ou hospitais. As novas normas permitem que um médico ou clínica divulgue a aquisição de um aparelho importado que não tem similar no Brasil. Antes, isso não era permitido porque gerava concorrência desleal em relação aos demais. “Hoje pode -se divulgar uma técnica, um equipamento, que só o médico possui, que é de última geração”.

O médico, em sua propaganda, deve preservar o caráter informativo e educativo da informação. Na publicidade feita, os médicos deverão incluir o nome; o número do Conselho Regional de Medicina (CRM); e, se for especialista, informar também o Registro de Qualificação de Especialista (RQE). Caso o profissional seja pós-graduado, poderá indicar o aperfeiçoamento profissional, desde que inclua a inscrição “não especialista”.

Já para clínicas e hospitais, serão exigidos o nome do diretor técnico médico, responsável pelo estabelecimento, com o respectivo CRM e do diretor técnico com o RQE, caso haja oferta de especialidades médicas. “Mesmo que seja uma pessoa jurídica, tem que ter uma pessoa física com CRM que responda tecnicamente por aquele Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), concluiu Raul Canal.

Descriminalização do porte de drogas: veja quais são os argumentos a favor e contra dos ministros do STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) julga se o porte de drogas para consumo pessoal deve ser considerado crime ou não. A análise foi retomada no último dia 6, mas novamente interrompida pela Corte. Oito dos 11 ministros já votaram sobre o tema, e o placar está em cinco votos a três a favor da descriminalização do porte de maconha para uso próprio.

Os ministros favoráveis à descriminalização argumentam que o uso de pequena quantidade de maconha é um direito de cada pessoa, com consequências individuais à saúde dos usuários. Também consideram que o fato de o porte ser crime aumenta o encarceramento de pessoas vulneráveis.

Já os ministros contrários avaliam que a descriminalização do porte de maconha para consumo próprio pode estimular o vício e agravar o combate às drogas no País. Além disso, alegam que a decisão do Supremo de tornar o ilícito administrativo pode criar uma lacuna sobre o tipo de punição e o responsável por aplicá-la.

A Suprema Corte está julgando a constitucionalidade do Artigo 28 da Lei das Drogas, que, para diferenciar traficantes de usuários descreve penas alternativas para “quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar”.

As penas podem ser prestação de serviços comunitários, advertência sobre os efeitos das drogas e cursos educativos obrigatórios.

Até agora, o colegiado formou maioria para fixar uma quantidade da planta para haver diferenciação clara sobre quem é usuário e quem é traficante. Ainda não há consenso, entretanto, sobre quantos gramas farão essa marcação.

O julgamento foi interrompido por um pedido de vista, agora do ministro Dias Toffoli. Além dele, ainda faltam votar os ministros Luiz Fux e Cármen Lúcia.

Veja como votou cada ministro até agora e quais foram os argumentos usados para justificar o posicionamento contrário ou favorável à descriminalização da maconha.

Gilmar Mendes

Posição: A favor da descriminalização.

Quantidade para porte: 25 a 60 gramas ou seis plantas fêmeas.

Argumento: O ministro relator do caso, Gilmar Mendes, defende que a conduta de usuário de drogas não é crime. Quando proferiu seu voto, em 2015, ele tinha esse entendimento para todos os tipos de drogas, mas em 2023 seguiu o voto do ministro Edson Fachin e passou a considerar apenas a maconha.

Edson Fachin

Posição: A favor da descriminalização.

Quantidade para porte: Diz que os parâmetros para diferenciar traficantes de usuários não devem ser fixados pelo Judiciário, mas sim pelo Legislativo.

Argumento: O ministro Edson Fachin afirmou que a regra é inconstitucional exclusivamente em relação à maconha, e que o consumo da substância faz parte da autodeterminação individual e que não causa dano a bem alheio. Ele baseou o seu voto no respeito à “liberdade e autonomia privada” e nos limites que devem existir na “interferência estatal sobre o indivíduo”.

Luís Roberto Barroso

Posição: A favor da descriminalização.

Quantidade para porte: 25 gramas ou seis plantas fêmeas.

Argumento: Para o ministro Luís Roberto Barroso, as estatísticas mostram que descriminalizar a maconha não produz impacto relevante sobre o consumo da substância, portanto, não faz sentido o Estado continuar gastando com prisões, mantendo um alto índice de encarceramento, para manter o nível de consumo nos mesmos patamares. Barroso também argumentou que criminalizar o uso da maconha seria uma interferência indevida do Estado na vida privada das pessoas.

Alexandre de Moraes

Posição: A favor da descriminalização.

Quantidade para porte: 60 gramas ou seis plantas fêmeas.

Argumento: Alexandre de Moraes defendeu que desde a criação da Lei de Drogas, por haver critérios objetivos sobre consumo e tráfico, a norma é interpretada de formas diversas, o que fere o princípio da isonomia. O ministro argumentou que a população carcerária aumentou significativamente graças ao porte de pequena quantidade de entorpecentes passar a ser qualificado como tráfico e propôs que pessoas flagradas com 25g a 60g de maconha ou seis pés de maconha sejam presumidas como usuárias.

Rosa Weber (aposentada)

Posição: A favor da descriminalização.

Quantidade para porte: 60 ou 100 gramas.

Argumento: Rosa Weber afirmou que a criminalização da conduta – o porte de maconha – é desproporcional, por atingir de forma veemente a autonomia privada. Segundo a ministra, a mera tipificação como crime do porte para consumo pessoal potencializa o estigma que recai sobre o usuário e acaba por aniquilar os efeitos pretendidos pela lei em relação ao atendimento, ao tratamento e à reinserção econômica e social de usuários e dependentes.

Cristiano Zanin

Posição: Contra a descriminalização.

Quantidade para porte: 25 gramas ou seis plantas fêmeas.

Argumento: Cristiano Zanin reconheceu que o atual sistema penal é falho, e que não despenaliza pessoas negras, pobres e de baixa escolarização. Mas no entendimento do ministro, a descriminalização apresenta “problemas jurídicos” que podem agravar o combate às drogas. Ele citou que a descriminalização, “ainda que parcial do consumo de drogas”, poderia contribuir para um suposto agravamento de problemas de saúde pública relacionados ao vício.

André Mendonça

Posição: Contra a descriminalização.

Quantidade para porte: 10 gramas, mas só até o Congresso decidir sobre o tema.

Argumento: Na avaliação de André Mendonça, a descriminalização do porte da maconha para uso pessoal é uma tarefa do Poder Legislativo. “Vamos jogar para um ilícito administrativo. Qual autoridade administrativa? Não é para conduzir para a delegacia? Quem vai conduzir quem? Para onde? Quem vai aplicar a pena? Ainda que seja uma medida restritiva. Na prática, nós estamos liberando o uso.”

Kassio Nunes Marques

Posição: Contra a descriminalização.

Quantidade para porte: 25 gramas ou seis plantas fêmeas.

Argumento: Segundo o ministro Nunes Marques, o recurso que pede a declaração de inconstitucionalidade do artigo da Lei de Drogas envolve uma “reorientação radical da jurisprudência” do STF. Para o magistrado, o Legislativo despenalizou a conduta ao prever punições diversas da prisão.

CNN Brasil

Michelle Bolsonaro deve ser candidata ao Senado no Distrito Federal

Embora se cogite no PL que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro concorra ao Senado no Paraná, em caso de cassação pela Justiça Eleitoral da chapa que elegeu Sergio Moro, essa é uma possibilidade remota.

No círculo próximo de Michelle, há um temor de que ela comece a carreira política com uma derrota na Justiça Eleitoral quanto ao domicílio eleitoral.

O projeto mais forte hoje é uma candidatura ao Senado pelo Distrito Federal, em 2026, porque o ex-presidente Jair Bolsonaro já disse no grupo político que não quer que a mulher concorra em disputa nacional.

Ninguém segura

Mas nada impede que Michelle Bolsonaro, hoje presidente do PL Mulher, seja candidata à Presidência. A sua popularidade tem crescido muito e ela tem demonstrado carisma no círculo bolsonarista. Com um media training, uma preparação para discutir temas como economia, política internacional e programas de governo, seu nome pode se tornar nome forte mesmo a contragosto do marido.

Chapa com Ibaneis

Se Michelle Bolsonaro for candidata ao Senado no DF, pode surgir uma dobradinha forte com o governador Ibaneis Rocha (MDB). Como são duas vagas, um pode pedir o segundo voto para o outro, a não ser que surja um nome competitivo na corrida ao Senado da base do governo Lula.

Centro-direita vence eleições em Portugal e esquerda tem derrota histórica

Após oito anos de governo socialista, Portugal caminha para a direita.
Com quase 100% dos votos apurados, a coalizão conservadora Aliança Democrática (AD) aparece com 29,54% da preferência, enquanto o partido de extrema direita Chega, que entrou no Parlamento há apenas quatro anos, alcança 18%.

Por sua vez, o Partido Socialista (PS), do premiê demissionário António Costa, viu seu eleitorado ser enxugado de 41% para 28,67%, logo atrás da AD, que, apesar da vitória, não terá maioria na Assembleia da República para governar sem precisar de alianças.

Durante a campanha eleitoral, o líder da Aliança Democrática, Luís Montenegro, assegurou que manteria o Chega longe do governo; dessa forma, a única alternativa seria uma coligação com os socialistas de Pedro Nuno Santos, tido como símbolo da mudança geracional no partido e que já fala em comandar a oposição.

Enquanto isso, o Chega já atua para tentar remover a AD de uma aliança com a centro-esquerda. “Os portugueses nos querem no governo, querem um Executivo formado por nós e pela Aliança Democrática. Acabou em nosso país a temporada do bipartidarismo”, disse André Ventura, líder da legenda de extrema direita, que dobrou seus votos em relação às eleições passadas.

Terra

domingo, 10 de março de 2024

Zé Neto, da dupla com Cristiano, cai de palco durante gravação de DVD, em São Paulo

Foto Reprodução/Facebook
O cantor Zé Neto, da dupla com Cristiano, assustou os fãs presentes na gravação do DVD na noite deste último sábado (9) em Valinhos, no interior de São Paulo. O artista caiu do palco quando se aproximava da plateia. 

A cena, que circula nas redes sociais, mostra o cantor caminhando no palco, quando se desequilibra e cai onde estavam as pessoas. 

Veja o vídeo.
Conforme o portal Leo Dias, a apresentação da dupla foi paralisada e o artista socorrido. Mesmo com o susto, Zé Neto não se feriu gravemente e retomou o show.

O DVD a ser lançado por Zé Neto & Cristiano será intitulado "Intenso", e terá participações, dentre outros cantores, de Ana Castela, Luan Santana e Simone Mendes.

Com informações do Diário do Nordeste.

Justiça condena PMs acusados de tortura e omissão contra adolescente durante ação em Fortaleza

Conforme a sentença, um dos agentes de segurança participou da tortura e outros dois foram omissos durante uma abordagem policial violenta em 2018
O crime foi flagrado por populares que estavam nos arredores do terreno
Mais de cinco anos após o crime, três policiais militares (PMs) foram condenados no último dia 16 de fevereiro por tortura e omissão diante da abordagem de um adolescente ocorrida em 2018 no bairro Bela Vista. Na época, o jovem foi agredido, teve um pano colocado no rosto e foi sufocado com água, o que dificultou sua respiração, e o fato foi filmado por um morador, em imagens que circularam as redes sociais e chamaram atenção pela violência.

Jean Claude Rosa dos Santos foi condenado a três anos e quatro meses de reclusão por tortura. Já Carlos Henrique dos Santos Uchoa e José Alexandre Sousa da Costa foram sentenciados a um ano e dois meses de detenção por omissão perante à tortura. Todos cumprirão suas penas em regime inicial aberto.

Para Jean Claude, foi definida a perda de cargo, mas ele já se encontra fora dos quadros da Polícia Militar do Ceará (PMCE) desde 2022. A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD) demitiu o cabo por unanimidade devido aos fatos ocorridos no dia da tortura, que o fizeram "incapacitado de permanecer na situação ativa da Polícia Militar do Ceará". 

Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) feita em 2019, ele foi o agente de segurança que atuou jogando água no rosto do adolescente, no intuito de torturá-lo para que ele "se afogasse" e desse informações

No caso do 2º sargento José Alexandre da Costa e do cabo Carlos Henrique dos Santos não foi recomendada a perda dos cargos, "diante da própria natureza omissiva do delito e do fato de ter um oficial como corréu e responsável".

À época da decisão da CGD sobre Claude, foi informado que os outros dois militares só receberam sanção de permanência disciplinar, pois "participaram passivamente das agressões, porque ficaram inertes diante do ato".

Um quarto PM, o tenente Leonardo Jader Gonçalves Lírio, também participou da tortura e foi denunciado pelo MP Estadual, mas a Justiça declarou "extinta a punibilidade" dele, pois ele morreu em 2023, vítima de disparos de arma de fogo durante sua folga.

TORTURA COM 'SACO D'ÁGUA'
Os atos de tortura se deram no dia 28 de agosto de 2018, quando uma composição policial foi a um terreno na Bela Vista por conta de uma denúncia de tráfico de drogas e armas escondidas. Durante abordagens, eles acharam 500 gramas de crack e prenderam seis pessoas, mas no decorrer torturaram um adolescente que supostamente teria mais informações.

Segundo a vítima contou em depoimento contido na denúncia, ele estava no local de uma das abordagens, pois "cuidava de uns galos no terreno". Ele foi pressionado a dizer de quem eras as drogas, mas não sabia e foi agredido e torturado com uma técnica conhecida como "saco d'água".

Com um pano no rosto, o jovem foi atingido por jatos de água contida em um vasilhame que seria dos policiais. No local, havia vários policiais e ainda cães farejadores. Para o MPCE, o adolescente não representou risco e nem resistência, devido ao contingente de agentes de segurança presentes.

Operação policial mira expansão de facção cearense para o Piauí

Onze suspeitos de integrar a Guardiões do Estado (GDE) foram presos em ação da Polícia Civil do Piauí
Ameaças foram feitas por homem que se identificou como liderança da facção criminosa GDE
A Polícia Civil do Piauí deflagrou na última semana uma operação que cumpriu 12 mandados de busca e apreensão e prisão temporária no contexto de uma investigação que apura a expansão da facção criminosa cearense Guardiões do Estado (GDE) em Teresina (PI). Ao todo, 11 pessoas foram presas. Os mandados foram cumpridos em Teresina, Fortaleza, Tauá, Nova Gama (GO) e Luziânia (GO).

Prisões já haviam sido realizadas no ano passado. A Polícia afirmou que a célula da GDE no Piauí ainda estava se estabelecendo em Teresina.

Conforme a Polícia Civil do Piauí, durante a operação “Draco 98” foram apreendidos droga, dinheiro, munições e materiais relacionados à vinculação dos presos com facção criminosa. 

GDE já se expandiu para outros estados
Criada em 2016 em unidades prisionais do Ceará, a facção GDE já teve registros de expansão para Alagoas e Rio Grande do Norte. Neste último estado, a presença da facção cearense é mais forte. “A GDE tem muita influência nessa zona de ‘mito’ entre o Rio Grande do Norte e o Ceará, que pega Apodi, Severiano Melo, Rodolfo Fernandes, São Miguel. Não quer dizer que eles dominam, mas quer dizer que alguém tenha ligação com eles nessas cidades”, afirmou já em 2022 a Divisão de Polícia do Oeste do Rio Grande do Norte.

Além disso, integrantes da facção já foram presos em vários estados, como Pernambuco, Goiás e Rio de Janeiro.

Ministério da Justiça quer punir policiais por mau uso de câmeras corporais

O Ministério da Justiça estuda punir policiais pelo mau uso das câmeras corporais e de viaturas. A pasta está acompanhando de perto as discussões sobre agentes de segurança que obstruíram gravações ou retiraram os equipamentos durante abordagens.

Técnicos do Ministério da Justiça preparam uma tese jurídica para conseguir processar policiais como pessoa física, para que respondam na Justiça comum sobre a obstrução de gravações que podem ser usadas como provas.

A tese defende que não basta o policial ser punido na corregedoria, ou a abertura de uma reclamação contra a corporação. Técnicos consideram que os policiais devem responder pelo erro com base no Código Penal.

O tema é considerado prioritário neste ano. A discussão irá passar pela Secretaria de Acesso à Justiça, que é quem coordena, junto com a Secretaria Nacional de Segurança Pública, a implementação das câmeras nos estados, e, depois, seguirá para a Secretaria Nacional de Justiça.

Guilherme Amado, Metrópoles

Militar é preso por furtar grama de praça recém-inaugurada

Um militar da Aeronáutica foi preso neste sábado (9) por furtar a grama de uma praça recém-inaugurada em Belém, no Pará. O nome do militar não foi informado, mas, em nota, a FAB (Força Aérea Brasileira) afirmou que abrirá um procedimento para apurar e esclarecer o caso. 

A notícia é do R7. “O Comando da Aeronáutica reitera que repudia condutas que não representam os valores, a dedicação e o trabalho do efetivo em prol do cumprimento de sua missão institucional”, disse a FAB.

O furto ocorreu na noite de sexta-feira (8), e imagens da ação do militar circulam nas redes sociais. No vídeo, é possível ver que ele coloca os pedaços de grama no porta-malas de um carro. 

A Praça do Arame, situada no bairro da Pedreira, ao norte da capital paraense, foi inaugurada na quinta-feira (7), após ter passado por uma revitalização. O local tem espaço para exercícios ao ar livre e lazer para crianças.

De acordo com informações da Polícia Civil do Pará, a prisão ocorreu em flagrante. O veículo utilizado no crime foi apreendido e a grama foi recuperada.

Em show, cantor de Forró usa as palavras Macaco e Banana para tentar ridicularizar candidatos de oposição na Paraíba e toma nota de repúdio; Assista

A má fase de Roberto Vaneirão tem levado o artista a palcos menores e com pouco público no interior da Paraíba. Já no Rio Grande do Norte seu nome nem aparece mais na preferência das vaquejadas, onde o cantor conseguia levar um grande público para ouvir e dançar em seu show. Agora, para sobreviver artisticamente, Vaneirão é o principal contratado da prefeitura da sua cidade, e com isso vestiu a camisa do candidato da situação para tentar ridicularizar a imagem da oposição.

Roberto Vaneirão aparece em um vídeo, que segundo populares da cidade de São Bento, foi gravado em uma festa privada nessa madrugada, onde o cantor pronuncia as palavras “Banana” e “Macaco” sucessivas vezes, fazendo referência aos pré-candidatos Rafinha Banana e Marcos Davi, ambos vice e prefeito, respectivamente, da oposição na capital das redes: “Banana aqui em São Bento não, lá em Jardim. Aqui em São Bento só dar Gerferson Carnaúba e depois Jarques”.

Tentando incitar o público a cantar as provocações contra Marcos Davi e Rafinha Banana, Roberto Vaneirão ordena que a banda toque baixinho e continua a baixaria: “Banana, Macaco, tem lá em Jardim. Se eu for puxar os bastão, os negos vão querer dar em mim, porque Macaco aqui em São Bento, não (…), lá em Jardim (…). Eu quero negócio com Banana? Aqui só dar Gerferons Carnaúba e o Doutor”. O pública da festa não gostou da atitude do cantor e deixou ele cantando só.

Nas redes sociais, a população de São Bento repudia a atitude do cantor. A campanha de Marcos Davi e Rafinha Banana pode entrar com pedido de impugnação da campanha de Gerferson Carnaúba caso o artista fique usando os palcos para fazer campanha em favor de Carnaúba.