quinta-feira, 19 de outubro de 2017

ATENÇÃO! NOVO PRAZO PARA O ENVIO DOS DADOS DE INVESTIMENTO EM EDUCAÇÃO SERÁ 30 DE JANEIRO

Mudanças significativas foram promovidas no Sistema de Informações sobre orçamentos Públicos em educação (Siope) durante este ano. Dentre elas, a Portaria Interministerial 424/2016 estabelece dia 30 de janeiro como prazo final para o envio das informações sobre investimentos em educação do ano anterior.

A partir de 2017, o Siope passa a captar os dados bimestralmente, em observância aos regramentos do artigo 165, parágrafo 3º, da Constituição Federal e do artigo 52 da Lei 101/2000 de Responsabilidade Fiscal (LRF). Os textos determinam a publicação do Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO), até 30 dias após o encerramento de cada bimestre, por parte do Poder Executivo Municipal.

A transmissão dos dados bimestrais ocorrerá em ordem cronológica, e não será permitido o envio de determinado bimestre sem a transmissão do bimestre anterior. A entidade lembra ainda que o prazo para envio dos dados do 4º bimestre expirou no dia 30 de setembro, conforme publicou o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

A CNM chama a atenção dos gestores locais para a importância da medida, uma vez que o não envio dos dados prevê como penalidade a suspensão das transferências voluntárias e dos convênios. Até 2016, o prazo para os Municípios enviarem essas informações era até o dia 30 de abril do exercício subsequente.  Segundo a Confederação, a mudança que pode aumentar o número de Municípios inseridos no Serviço Auxiliar de Informações para Transferências Voluntárias (Cauc) e fica impedido de receber transferências voluntárias, inclusive do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), e impossibilitado de celebrar novos convênios com órgãos federais. Com essa preocupação, a entidade tem alertado, insistentemente, os gestores para as mudanças no sistema.

Entenda

O Siope é responsável pela coleta, processamento, disseminação e acesso público às informações referentes aos orçamentos de educação da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. O sistema está relacionado ao envio das informações dos investimentos em educação referente ao ano anterior para o Siope.

Destaque

É importante destacar que além da alteração da periodicidade de transmissão, que passou de anual para bimestral, os dados anuais do 6º bimestre de 2017 deve ser enviado até o dia 30 de janeiro de 2018. Não será permitido o envio sem o envio dos bimestres anteriores.

A CNM também chama a atenção para a determinação do Ministério Público Federal de informação mensal dos Municípios no Sistema. São elas: nome, Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), local de exercício, carga horaria, categoria profissional, salário vencimento e remuneração de todos os profissionais da educação que recebam qualquer parcela de sua remuneração proveniente dos recursos do Fundeb. Em caso de dúvidas, o responsável pelo preenchimento dos dados no Siope deve acessar a página do sistema, no menu Fale Conosco.

Leia na íntegra Portaria 424/2016. Acesse aqui - Fale conosco do Siope




SEGUNDO FPM DO MÊS SERÁ 14,05% MENOR QUE DO ANO PASSADO

O segundo repasse do Fundo de participação dos Municípios (FPM) do mês será 14,05% menor do que o valor repassado em 2016, considerando os efeitos da inflação. A estimativa de redução é da Confederação Nacional de Municípios (CNM), que prevê transferência de R$ 631.492.264,38 nesta sexta-feira, 20 de outubro, com a retenção constitucional do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Sem esse desconto, o montante a ser partilhado dentre as Prefeituras será de R$ 789.365.330,48.

De acordo com levantamento divulgado pela entidade, ano passado foram R$ 789 milhões no segundo decêndio de outubro do FPM. O abatimento, somado à redução de 2,12% do primeiro repasse, eleva a retração do mês para 5,21%.

Quando se calcula o montante repassado de janeiro para cá, o Fundo totaliza R$ 72,682 bilhões. O valor representa aumento de 9,74%, em relação ao mesmo período do ano anterior, sem considerar os efeitos da inflação. No entanto, o saldo positivo foi puxado pelo repasse de R$ 3,9 bilhões, do 1% adicional de FPM de julho, instituído pela Emenda Constitucional 84/2014.

Inflação

Ainda segundo dados da Confederação, ao considerar os efeitos da inflação, o FPM de 2017 apresenta crescimento de 5,89% em relação ao mesmo período do ano anterior. “Percebe-se que, por conta da sazonalidade do Fundo registrada no segundo semestre do ano, os repasses são de fato menores em relação ao primeiro semestre”, explica a CNM.

A estimativa da Secretária do Tesouro Nacional (STN) para o Fundo dos Municípios é retração de 7,53%, em relação a outubro do ano passado. Para a CNM, essa previsão deve ser considerada pelos gestores municipais. Cautela ao gerir os recursos, uma vez que o Fundo pode apresentar novas reduções, ainda é o conselho da Confederação aos prefeitos.
Veja o levantamento aqui 
 Fonte: CNM



CAMOCIM: PREFEITA REDUZ EM 20% DOS SUBSÍDIOS DA PRÓPRIA PREFEITA, DO VICE-PREFEITO E DOS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS

Prefeita de Camocim, Monica Aguiar (Foto: reprodução Facebook)
A prefeita Monica Aguiar(PDT), no município de Camocim, litoral oeste do estado, determinou o contingenciamento de despesas para manter o equilíbrio das finanças públicas do município. A medida de contenção de despesas, estabelece a redução em 20% (vinte por cento) dos subsídios da própria Prefeita, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais (Simbologia CAS – I), alterados, temporariamente.

Redução de 20% (vinte por cento) dos vencimentos dos titulares de cargos em comissão e das gratificações atribuídas aos ocupantes de funções de confiança, de secretário adjunto e superintendente, alteradas temporariamente. Excetuando-se os profissionais da educação que percebam seus vencimentos pelos recursos oriundos do repasse dos 60% (sessenta por cento) do Fundo de Desenvolvimento e Manutenção da Educação Básica – FUNDEB.
Suspensão de horas extras, diárias, passagens, hospedagens, lanches e refeições.

Também, vedou a formalização de novos apoios financeiros destinados a convênios, patrocínios, apoio institucional e termos de repasse com entidades da sociedade civil, regatas, excursões de grupos, eventos festivos com atrações musicais e similares, além de outras despesas de idêntica natureza.

Redução de 20% (vinte por cento) do valor dos contratos administrativos de prestação de serviços em geral; do valor dos contratos de locação de veículos, máquinas ou similares, excetuando-se os contratos de prestação de serviços de transporte escolar.

Todos os setores da Administração Pública Municipal passarão a funcionar em expediente corrido, das 08h00min às 14h00min, excetuando-se os postos de saúde, CRAS, CREAS, as escolas da rede de ensino municipal, devido a essencialidade destes serviços.

Em cumprimento a decisão da Justiça Estadual, determinou-se a rescisão de contratos temporários, bem como a realização de concurso público, tendo sido inclusive, já realizada sessão pública de licitação para a contratação da empresa responsável pela prestação de serviços especializados de planejamento, organização e realização de Concurso Público da Prefeitura Municipal de Camocim/CE.

Segundo a prefeita, as medidas acima visam preservar a condição de regularidade financeira e fiscal em que se encontra a Prefeitura Municipal de Camocim, que não pode ser alterada, tanto pela observância da Lei de Responsabilidade Fiscal, como pelo modelo administrativo da atual gestão municipal, que adota o controle e o equilíbrio de receita e despesa como parâmetro a ser seguido por todos os titulares de órgãos da administração e/ou ordenadores de despesas, por expressa determinação da Prefeita Municipal de Camocim, como responsável pelas Contas de Governo e supervisão superior da gestão municipal. Importante fazer o registro de que todas as obras em andamento na sede e zona rural do município continuarão com sua devida execução, contando neste sentido, com a manutenção dos repasses estaduais e federais.
Com informações: Site oficial da PMC



CHAVAL: PREFEITO REDUZ 25% DO PRÓPRIO SALÁRIO, DA VICE E SECRETÁRIOS PARA EQUILIBRAR AS CONTAS

Prefeito do Município de Chaval Sebastião Sotero (Foto: reprodução Facebook)
Não conseguindo fechar as contas, o Prefeito Sebastião Sotero (PDT), do Município de Chaval, zona norte do estado, resolveu tomar medida de contenção de despesas, anunciou na ultima terça-feira (17/10), na rede social, que enviou para a Câmara Municipal, um projeto de lei no qual reduzia seu próprio salário, da vice-prefeita, Themis Passos, e de todos os secretários em 25%.

"Com o intuito de aprofundar esta política de ajuste, encaminhei o projeto de Lei, reduzindo o valor dos subsídios ora mencionados e buscando gerir com austeridade os recursos confiados ao Poder Público e dando atendimento a Lei de Responsabilidade Fiscal, encaminhei com pedido de tramitação em REGIME DE URGÊNCIA, nos termos da Lei Orgânica e fui pronto atendido pelos nossos amigos vereadores que entenderam nosso momento financeiro", escreveu o Prefeito.

 Atrasos

A Comissão Municipal do Sindicato APEOC de Chaval protocolou um ofício na Prefeitura nesta terça-feira (17) cobrando a regularização do pagamento dos salários dos profissionais da Educação. Segundo a entidade, a remuneração de setembro que deveria ter sido depositada na conta dos servidores até o dia 10 de outubro até agora não foi paga. O Sindicato reivindica uma medida urgente por parte do Executivo. Veja aqui.


GRANJA: PREFEITA PRESERVA SERVIDORES E REJEITA BAIXAR SALÁRIOS

Prédio da Prefeitura Municipal de Granja (Foto: Silva)
A Prefeita Municipal de Granja, zona norte do estado, Amanda Arruda Menezes, editou o decreto nº 029/2017, de 17 de outubro de 2017, como medida emergencial para contenção de gastos. O dispositivo estabelece corte no pagamento de diárias e gratificações, redução de combustível, jornada de trabalho corrida, com exceção do Hospital, Unidades Básicas de Saúde e Rede Municipal de Ensino e preservando na integralidade os salários dos servidores.
Visualize o decreto: https://goo.gl/XNko45
A Prefeita evitou tomar medidas que desgastasse seu governo e resolveu não cortar salários, a exemplo de alguns municípios cearenses, muitos já com a folha de pagamento em atraso, ordenando que os cortes devem incidir sobre o custeio da máquina pública, e não sobre os salários.

Segundo a Prefeita Amanda, a medida visa evitar que se adote ações mais drásticas de redução de gastos, a exemplo de outros municípios brasileiros que adotaram a redução de salários de servidores comissionados e ocupantes de cargos em comissão, o que prejudicaria centenas de famílias granjenses.

Para quem acompanha as noticias da região, entende que, o município granjense encontra-se em situação mais confortável em relação a outros municípios, que além de reduzir gastos, tiverem que cortar salários, haja vista que em julho do corrente ano, os servidores temporários do município de Granja tiveram seus contratos rescindidos, sendo readmitidos recentemente após nova seleção. Isto deu fôlego às contas do município, fazendo com que a gestora repensasse sobre os cortes e demissões, tornando mais fácil preservar os salários dos funcionários que acabara de contratar.
Com informações: Página Oficial da PMG




quarta-feira, 18 de outubro de 2017

FISCALIZAÇÃO DO TCE ENCONTRA FRAUDE NO TRANSPORTE ESCOLAR

 Foto: Cid Barbosa 
Os municípios de Boa Viagem, no Sertão Central, e de Marco, na região Norte, serviram de base para um trabalho pioneiro de fiscalização e auditoria na contratação de transporte escolar municipal, um dos caminhos usados por gestores para o desvio de recursos públicos. Durante o trabalho, concluído em setembro passado, os auditores verificaram a ocorrência de direcionamento, fraude ou irregularidades nas licitações e na contratação dos serviços de transporte escolar; ineficiência na execução de contratos; e ausência de mecanismos para evitar irregularidades na prestação do serviço.

O trabalho é uma iniciativa do Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE) em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC) e Tribunal de Contas da União (TCU) e vai se estender a outras cidades.
O total dos benefícios quantificáveis da auditoria foi de R$ 1.650.785,44. Entre outros ganhos pode-se mencionar a correção de irregularidades ou impropriedades e a melhoria na forma de atuação dos municípios fiscalizados na execução do transporte escolar, oferecendo serviço de melhor qualidade e maior segurança para os alunos da rede pública municipal de ensino.

A auditoria foi concluída. Após o procedimento de fiscalização ocorre a oportunidade de manifestação do contraditório, de esclarecimentos, da ampla defesa e o Tribunal vai julgar e pode resultar em Tomada de Conta Especial, ressarcimento de recursos, e encaminhamento para Justiça por improbidade administrativa.

"É um trabalho piloto de fiscalização que vai trazer redução de custo e melhoria na qualidade do serviço prestado", ressaltou o secretário de Controle Externo do TCE, Raimir Holanda. "Vamos aplicar essa metodologia em todos os municípios a partir de 2018, verificando as rotas e o tipo de veículo se estão de acordo com o contrato".

A auditoria no setor é inovadora e contou com o apoio do Grupo de Pesquisa em Transporte, Trânsito e Meio Ambiente da Universidade Federal do Ceará (UFC), sob a coordenação do professor Mário Ângelo Nunes de Azevedo Filho, do Departamento de Engenharia de Transportes da Universidade.

O professor Azevedo Filho analisou o material colhido em campo e fornecido pela equipe de auditoria, com georreferenciamento de amostras por município das rotas do transporte escolar. De posse dos dados, o docente promoveu estudos visando à racionalização e otimização das vias utilizadas no serviço e propôs novos caminhos objetivando mais conforto aos alunos , menor tempo de duração do percurso e diminuição do custo por quilômetro percorrido.

O volume de recursos fiscalizados foi de R$ 6,7 milhões corresponde ao somatório de dois contratos firmados pelos municípios auditados para a execução do transporte escolar em 2017. Em Boa Viagem, celebrou-se contrato com a empresa Safety Car Locações e Serviços de Transportes no valor de R$ 3,9 milhões decorrentes de licitação na modalidade pregão. No município de Marco, a gestão firmou contrato com a empresa P.M. Souza Freitas Transporte no valor de R$ 2,8 milhões, por meio de pregão presencial.

Até o final da fase de execução da auditoria, em setembro passado, o valor total dos recursos utilizados pelos dois municípios para a execução do transporte escolar foi de apenas R$ 1,5 milhão, sendo R$ 767 mil em Boa Viagem e R$ 747 mil na cidade de Marco. Técnicos do extinto Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) agora fazem parte do TCE. "Os serviços de inspeção e auditoria serão intensificados em 2018 a partir do Plano Municipal de Fiscalização e queremos visitar cada cidade duas vezes por ano", frisou Raimir Holanda. "Infelizmente, alguns problemas se repetem e em quatro anos queremos aplicar esse programa que deu resultados interessantes no projeto piloto em todo o Ceará".

Relatório

O TCE está elaborando relatórios sobre a auditoria e fiscalização. "Não se justifica a existência de rotas duplicadas, uso de veículo diverso do que foi contratado, com mais custo para os municípios", observou Holanda. "Esses recursos poderiam ser aplicados em benefício da população em outros setores".

Não se sabe a quantidade de desvio de recursos públicos nas administrações municipais. Órgãos de fiscalização e controle como o extinto Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), o TCE, o Ministério Público Estadual e o Ministério Público Federal (MPF), TCU e a Procuradoria dos Crimes contra a Administração Pública (Procap) a cada ano detectam casos com fortes indícios de corrupção.

A coordenadora da Procap, procuradora de Justiça, Vanja Fontenele, destacou recentemente que é dever do administrador público observar os princípios constitucionais que regem a Administração Pública, com ênfase para os da legalidade, moralidade, economicidade e eficiência para evitar excesso de gastos, possíveis desvios de recursos e assegurar o equilíbrio das contas públicas. "Esperamos que os gestores respeitem a Constituição, as leis, apliquem corretamente os recursos públicos porque o povo precisa e merece", frisou.

Em junho de 2015, uma série de reportagens do Diário do Nordeste abordou a questão do descaso no transporte escolar no Interior do Estado. Assinada pelo repórter especial Melquíades Júnior, a série, intitulada "Descaminhos da Escola" denunciou várias irregularidades.

Fonte: DN/Zona Norte




TCE IDENTIFICA TRÊS PREFEITURAS E DUAS CÂMARAS QUE NÃO ENVIARAM CONTAS MENSAIS

Três prefeituras e duas câmaras municipais não enviaram as contas de agosto dentro do prazo ao Tribunal de Contas do Estado do Ceará. A data limite ocorreu no dia 2 de outubro. Foram os Executivos de Monsenhor Tabosa, Itapajé e Saboeiro e os Legislativos de Itarema e Milagres.

Mesmo com a possibilidade de terem remetido fora do prazo, essas administrações devem responder perante a Corte pela impontualidade cometida, estando, assim, sujeitas a multas e desaprovação de contas.

Seguindo determinação legal, a relação será enviada pela Corte ao Governador Camilo Santana, tendo em vista que a irregularidade é critério para suspensão ou impedimento para obtenção de recursos do Estado. A Secretaria da Fazenda e a Controladoria-Geral do Estado também serão informadas.

O resultado do levantamento do TCE Ceará pode ser avaliado como positivo, tendo em vista que há um total de 368 prefeituras e câmaras no Estado. A disponibilização do Calendário de Obrigações Municipais (https://goo.gl/MKkPQU) e sua divulgação periódica nos canais institucionais é uma das ações que vêm sendo praticadas pelo órgão para reduzir atrasos ou descumprimentos.

Segundo o presidente do Tribunal, conselheiro Edilberto Pontes, “o esforço empreendido na prevenção desse tipo de falha tem propósitos bem específicos, como promover a transparência, o controle social e a própria atividade do TCE, que podendo realizar o acompanhamento tempestivo da execução orçamentária dos municípios tende a evitar maiores danos aos cofres públicos”.
Com informações do TCE



MUNICÍPIOS TÊM RECURSOS DO FPM BLOQUEADOS

A Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda bloqueou, neste mês, recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) de 111 cidades brasileiras. No Ceará, seis estão na relação: General Sampaio, Palmácia, Potengi, Saboeiro, São Luís do Curu e Tejuçuoca. O bloqueio decorre de débito com a Previdência Social e com o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep).

A medida, geralmente aplicada a cada dia 13, impede a transferência de recursos para os municípios do FPM que é a principal fonte de receitas municipais até a devida regularização. Na prática, os valores são debitados nas parcelas do dia 20 e do dia 30 para quitação da dívida com a União.

Dos municípios cearenses, o bloqueio ocorreu no último dia 13, exceto Saboeiro que se deu em setembro passado. De acordo com a Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece) o quadro é fruto da crise econômica, perda de receitas, queda na arrecadação e aumento das despesas com a folha de Pagamento dos servidores municipais e manutenção da máquina administrativa.

As pequenas cidades, localizadas em regiões pobres, sofrem mais com a crise. "Os municípios têm dificuldades de efetuar mensalmente o pagamento dos percentuais do Regime Geral da Previdência Social dos seus servidores, que representam 22,5% da Folha de Pagamento", frisou o vice-presidente da Aprece e prefeito de Cedro, Dr. Nilson Diniz.

Além do pagamento regular da parcela patrimonial do INSS, a ampla maioria dos municípios têm obrigação assumida com o serviço da dívida para com a Previdência Social, fruto de negociação e parcelamentos mensais. "As administrações não suportam esses dois pagamentos por mês e acabam atrasando, daí a medida de bloqueio dos recursos do FPM", explicou Nilson Diniz. "O próprio governo retém a verba para assegurar o pagamento, descontando de parcelas subsequentes".

Crise

Para a maioria dos prefeitos e dirigentes da Aprece, os municípios estão enfrentando um quadro de aumento de dificuldades. "Há prefeituras de cidades pequenas no Ceará que devem R$ 14 milhões referentes a precatórios com servidores, outros mais de R$ 10 milhões com a Previdência Social, ou seja, não têm como pagar nunca essas dívidas que se acumulam", pontuou o assessor técnico da Aprece, Expedito José do Nascimento. "As pequenas administrações estão quebradas". O assessor da Aprece lembrou que há seis meses o quadro era de equilíbrio em muitas cidades cearenses. "Hoje a situação é outra, com dívidas e dificuldades de pagamento dos salários dos servidores e manutenção da máquina pública", frisou. "Se continuar nesses ritmo, os municípios não vão poder pagar sequer os servidores concursados em dia".

Na próxima segunda-feira e terça-feira, no auditório do Hotel Luzeiros, em Fortaleza, a Aprece promove o Diálogo Municipalista. O evento vai contar com a presença de parlamentares federais, estaduais, prefeitos e assessores.

"O Governo Federal corta recursos, a assistência social está sem orçamento, e é preciso ocorrer um encontro de contas entre os municípios e a União", disse Nascimento. "Vamos pedir urgentemente o apoio da bancada federal Cearense".

Para o vice-presidente da Aprece, os municípios enfrentam uma situação econômica cada vez mais complicada. "Entre 2010 e 2017, os gastos com a Educação e folha salarial subiram mais de 120%, enquanto que a receita do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação) cresceu apenas 60%", mostrou Nilson Diniz. "Isso vai, sem dúvida, impactar as gestões municipais".

Controle

Para 2018 o cenário tende a se agravar. "É necessário controle das despesas porque a situação vai piorar", disse Diniz. "O salário mínimo aumenta, as despesas de manutenção da administração crescem e as receitas não acompanham esse ritmo inflacionário". O dirigente da Aprece observou que há 16 estados brasileiros no limite de gastos com o que prevê a Lei de Responsabilidade Fiscal e 75 municípios cearenses nessa situação.

"O quadro é de preocupação entre a maioria dos prefeitos", observou o gestor de Várzea Alegre, Zé Hélder Máximo. "As administrações herdaram dívidas, há precatórios a serem liquidados, débitos negociados com a Previdência Social, além da necessidade de pagamento das contribuições mensais", frisou. "Os municípios estão com capacidade limitada de investimento e a maioria mantém o esforço do pagamento em dia dos salários do funcionalismo".
Com DN


VEREADORES DE OPOSIÇÃO APRESENTAM DOIS REQUERIMENTOS DE INFORMAÇÃO

Foto: aquivo pessoal (Vereador Edberto)
O vereadores de oposição em Martinópole, zona norte do estado, protocolaram nesta terça-feira 17, dois requerimentos de informação à presidência do legislativo municipal.

O primeiro, de autoria dos os vereadores João Sampaio (PSB) e Betão (PMDB), destinado ao presidente da câmara, Aníbal Arruda (PDT), pede ao chefe do executivo municipal, a lista de todos os carros que realizam o transporte público. O segundo, de autoria dos mesmos vereadores, solicita extratos das contas do FUNDEB, Assistência Social e Saúde.

Os vereadores pedem ainda, a listagem completa dos nomes dos motoristas, bem como dos carros agregados no serviço de limpeza publica.

O vereador João Sampaio, também fez uso da tribuna para cobrar melhoria das estradas vicinais, que segundo ele, não foram concluídas, sendo que a estrada de acesso à localidade de Barrocão encontra-se paralisada dificultando o acesso dos condutores de veículos

Ele também fez criticas ao executivo municipal (aqui), segundo o vereador, no primeiro ano de mandato o prefeito atrasou salários e agora vai reduzir em 30%. “Nem sempre estarei certo, mas estou tentando acertar, então, quero deixar bem claro que meu voto é contra qualquer redução de salários,” disse João Sampaio.

Fonte: Blog acontece de Martinópole




POR 44 A 26 SENADO REJEITA DECISÃO DO STF E RESTITUI MANDATO DE AÉCIO

A maioria do Senado votou para devolver o mandato ao senador ( Foto: Divulgação )

Quarenta e quatro senadores votaram, nesta terça-feira (17), contra a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinava o afastamento do senador Aécio Neves(PSDB-MG) do mandato parlamentar. O placar final foi de 44 a 26. Agora, o tucano poderá retornar às atividades parlamentares.

No final do mês passado, além de determinar a suspensão do mandato, a Primeira Turma também impôs ao tucano o recolhimento domiciliar noturno. A decisão foi tomada com base nas delações premiadas da Odebrecht. Agora, com a decisão do Senado, ambas as decisões do Supremo foram invalidadas.
  
Para o senador Roberto Rocha (PSB-MA), que defendeu o voto "não", que beneficiava Aécio, não cabe ao STF decidir sobre política. "Nós da política é que temos que decidir sobre política", ressaltou. Rocha destacou, ainda, que "a democracia não pertence ao Supremo, a Constituição não pertence ao Supremo".

Durante sua fala, Rocha citou a Constituição para alegar o seu voto. "Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos salvo em flagrante de crime inafiançável. Neste caso,os autos deverão ser remetidos dentro de 24h à Casa respectiva para que pelo vota da maioria de seus membros resolva sobre a prisão".

Outro senador que também defendeu a restituição do mandato parlamentar para Aécio foi Antonio Anastasia (PSDB-MG). Para ele, as medidas cautelares estabelecidas pelo STF não são "adequadas". "As medidas cautelares que foram colocadas pelo Supremo não têm cabimento neste momento", afirmou.

A favor do STF

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) defendeu que a decisão do STF fosse acatada e votou pelo "sim". Ele rebateu os favoráveis a Aécio dizendo que "nós não estamos aqui avaliando a biografia de ninguém e todos os cidadão são iguais perante a lei" e, por esse motivo, não caberia aos senadores invalidar a decisão do Supremo.

"Os fatos levaram três ministros do Supremo a entender que era necessário a tomada das medidas cautelares, suspendendo o mandato do senador. Cabe a nós recorrer a instância que compete interpretar a Constituição, e essa instituição é Supremo Tribunal Federal, seja para o que for", concluiu.

O senador Humberto Costa (PT-PE), que também votou pelo "sim", disse que o Partido dos Trabalhadores votaria com a Constituição Brasileira e ressaltou que "agora nós temos a oportunidade de fazer o que é de nossa responsabilidade. Agora não podemos jogar a culpa em quem quer que seja".
Com DN