quinta-feira, 13 de julho de 2023

Policial condenado por participar de motim no Ceará agora é investigado na CGD

A investigação parte de áudios enviados no WhatsApp, no qual o sargento estaria incitando PMs a aderirem ao movimento paredista
Em 2020, o motim durou quase duas semanas
Um policial militar já condenado na esfera criminal por participar do motim no Ceará, em 2020, agora é investigado pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD). De acordo com publicação em Diário Oficial do Estado (DOE), a CGD instaurou conselho de disciplina contra o 2º sargento Emerson Carlos Vieira de Araújo.

A investigação parte de áudios enviados no WhatsApp, no qual o sargento, atual presidente da Associação de Praças do Cariri (Asprac), estaria incitando PMs a aderirem ao movimento paredista e se amotinarem no quartel.

A Controladoria explica que o conselho de disciplina tem como finalidade apurar as condutas transgressivas atribuídas ao militar, "bem como a incapacidade deste para permanecer nos quadros da Corporação".

Em sua defesa, o sargento Emerson admitiu, no processo, ter feito a postagem de convocação, mas alegou “que tinha a intenção de convocar os policiais que não aderissem ao movimento, para que guardassem as viaturas no BPMA”.

CONDENAÇÃO CRIMINAL 
Já neste ano, o sargento foi condenado a quatro anos de prisão, em regime inicial semiaberto, por aliciar colegas de farda a aderir ao motim. A decisão, do Conselho Especial da Vara de Auditoria Militar, formado por quatro coronéis da PM e um juiz de Direito, inocentou outros nove militares entre oficiais e praças que estavam sendo acusados dos mesmos crimes.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, o sargento “aliciou os policiais militares da cidade de Juazeiro do Norte, no período de fevereiro de 2020, para que assumissem o serviço para o qual estavam escalados, e então fossem se amotinar na companhia de BPMA (Batalhão de Policiamento Militar Ambiental (BPMA), daquela urbe, fortificando o movimento de militares criminosos amotinados naquela ocasião”.

Para o MPCE, o crime de Emerson Vieira não foi somente de convocar e aliciar os colegas, mas ele também teria tomado atitudes para “acomodar a leva de policiais militares criminosos que desejariam se amotinar naquela unidade”. O MP diz ainda que ele teve ajuda de outros PMs para concluir o plano.

O Ministério Público aponta que a atitude do sargento foi mais um fato que resultou no “movimento paredista que a sociedade do Ceará foi vítima nos meses de fevereiro e março de 2020".

Deputado Felipe Mota critica partidarização nos debates de demandas cearenses

O deputado Felipe Mota (União) criticou a partidarização nos debates em plenário das demandas cearenses, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Ceará desta quinta-feira (13/07).

Blog do Edison Silva

Coronel preso devido aos atos extremistas no DF é achado desacordado

Preso desde 7 de fevereiro, durante a operação que investiga os atos extremistas do 8 de Janeiro, o coronel Jorge Naime, ex-chefe de operações da Polícia Militar do Distrito Federal, foi encontrado desacordado dentro da cela e com um armário sobre ele, na madrugada desta quinta-feira (13). O coronel foi levado ao Hospital de Base e liberado horas depois. 

Em nota, o Instituto de Gestão Estratégica (Iges-DF), responsável pela administração dos hospitais de Base e de Santa Maria, respondeu que não informa dados pessoais de pacientes.

As informações foram confirmadas pela reportagem com fontes da Polícia Militar. Ainda segundo a apuração, Naime teria recobrado a consciência após policiais terem retirado o armário de cima dele. O coronel chegou a ser encaminhado para um hospital particular, mas, por se tratar de um detento, foi reconduzido ao Base. 

Ele já está de volta à prisão, que fica na Academia Militar, e é monitorado pelas equipes da detenção. Apesar do episódio, ele não sofreu nenhuma fratura. 

Preso há cinco meses

Naime está preso há cinco meses e é a única autoridade investigada por omissão durante o 8 de Janeiro que continua presa. Na última sexta (7), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, negou pedido de liberdade para o coronel. 

Na decisão, Moraes diz que a evolução das investigações “indica a necessidade de manutenção da prisão cautelar, uma vez que, em liberdade, poderia obstar a produção probatória, em especial em face da possibilidade de destruição/ocultação de provas, bem como com eventual comunicação com outros investigados que surgiram ao longo da produção probatória realizada pela Polícia Federal”. 

O coronel era o responsável pelo planejamento das operações quando manifestantes invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso e o STF. Em um depoimento que durou cerca de seis horas na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de Janeiro, no fim de junho, Naime afirmou que a corporação não recebeu informações sobre a gravidade das manifestações na praça dos Três Poderes.

O policial também disse que havia um plano de operações para a manifestação. Ele afirmou que, às 10h de 8 de janeiro, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) tinha informações detalhadas sobre as manifestações, mas que “as providências não foram tomadas”.

“Ou as agências de informação não passaram isso para o secretário nem para o comando geral, ou passaram e eles ficaram inertes, não tomaram providências, porque eles tiveram cinco horas para tomar providência a partir do momento em que receberam a informação”, afirmou.

Segundo informou o portal R7, Naime assumiu a chefia do Departamento Operacional da Polícia Militar após 28 anos na corporação. Ele foi exonerado do cargo em 10 de janeiro, depois de o interventor Ricardo Cappelli assumir a responsabilidade de restabelecer a ordem na capital federal.

Cláudio Pinho aborda responsabilidades no tratamento oncológico no País

Pinho diz que hoje, por não ter mais um presidente de oposição como era Bolsonaro, membros do governo estado tentam culpar os prefeitos 
Foto: ALCE
A suspensão de atendimento para novos pacientes no Crio (Centro Regional de Oncologia) foi, novamente, pautado por deputados da Assembleia Legislativa, na manhã desta quinta-feira (13). O pedetista Cláudio Pinho apontou a responsabilidade do Governo Federal no tratamento oncológico e destacou que a Prefeitura de Fortaleza atende a cidadãos da Capital e do Interior.

O parlamentar cobrou honestidade e transparência em relação ao debate sobre a saúde pública. Em suas falas, Pinho voltou a defender que a Saúde não seja politizada e que cada ente da Federação assuma sua responsabilidade com relação ao tema.

“É obrigação do Governo Federal custear todo o tratamento oncológico. O financiamento desse tratamento é de total responsabilidade do Governo Federal”. Ele lamentou que a Prefeitura de Fortaleza tenha sido responsabilizada pela falta de recursos para o tratamento oncológico no Crio.

“Cadê a participação do Governo do Estado? Porque a gestão municipal de Fortaleza tem que bancar isso sozinho? Nenhum município deve bancar o tratamento oncológico”, disse Cláudio Pinho, enfatizando que a Prefeitura de Fortaleza tem feito muito ao bancar parte do tratamento oncológico de pacientes que chegam do Interior para serem atendidos na Capital.

“Que não venham com discursos falsos, para perseguir o povo de Fortaleza. Não venham à tribuna desta Casa para enganar o povo. Sei das dificuldades do Estado, da União e dos municípios, mas não é justo querer achar um culpado para essa questão, depois que o presidente Bolsonaro saiu” – (Cláudio Pinho)

Fernando Hugo (PSD) também criticou a politização do debate sobre a Saúde. Em sua avaliação, não haverá avanço na melhoria dos serviços prestados na área se ideologias forem colocados à frente do dever institucional do Estado. Sargento Reginauro (UB) disse que “paixões ideológicas precisam ser deixadas à parte nesse momento”. “Precisamos debater a ineficiência do sistema de saúde pública no Brasil”.
Blog do Edison Silva

Policial civil é preso ao prestar depoimento após denúncia de agressões à ex-namorada

Ele foi preso ao prestar depoimento sobre o caso
Segundo a vítima, relacionamento de dez meses foi marcado por ameaças e violência
Um policial civil suspeito de agredir a ex-namorada foi preso no momento em que foi prestar depoimento na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), em Fortaleza. A vítima chegou a publicar fotos com hematomas espalhados pelo corpo.

Em nota, a Polícia Civil disse que cumpriu, na última quarta-feira (12), um mandado de prisão preventiva em desfavor de um policial civil, de 34 anos, investigado por lesão corporal no âmbito de violência doméstica.

A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) afirmou que foi aberto um processo disciplinar em desfavor do policial civil e determinou o afastamento preventivo do homem. O inquérito vai ser investigado na Delegacia da Mulher.

A mulher, de 33 anos, relatou que foi seguidamente agredida, durante o relacionamento, tanto de forma física, quanto de forma psicológica e até sexual. Também disse que foi ameaçada de morte duas vezes.
Segundo a vítima, o policial chegou a usar sua arma de trabalho contra ela e que, por conta do ciúme excessivo, fazia várias ameaças.

No início do mês de julho, ela pediu uma medida protetiva contra o suspeito, mas chegou a reatar o relacionamento com o homem.

Ainda em relato, após uma outra agressão, ela decidiu encerrar o relacionamento e fazer a nova denúncia.

Ciclone deixa mais de 800 mil sem energia no RS; estado tem 20 feridos e 1 morto

A passagem do ciclone extratropical gerou diversos estragos no Rio Grande do Sul, incluindo falta de energia, queda de árvores e interdição de estradas. O governador em exercício do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza (MDB), confirmou nesta quinta-feira (13/7) que os temporais causaram ao menos uma morte e deixaram pelo menos 20 pessoas feridas.

De acordo com Gabriel Souza, a morte aconteceu na cidade de Rio Grande (RS). A pessoa foi atingida por uma árvore que caiu. As rajadas de vento chegaram a 140 quilômetros por hora no município.

Porto Alegre amanheceu com cerca de 15 mil clientes sem luz. Além de provocar a queda de árvores, a ventania quebrou vidros de alguns prédios na cidade.

Os fortes ventos do ciclone extratropical destruíram parte da rede elétrica do estado, deixando mais de 825 mil moradores sem energia.

No total, são mais de 825 mil pessoas sem energia em todo o estado, e há registros de um morto e 20 feridos já confirmados, de acordo com dados dos boletins de ambas concessionárias de energia que atendem a região (a CEEE-Equatorial e RGE) e com informações da Defesa Civil.

Dois municípios haviam decretado situação de emergência até a manhã desta quinta: Vera Cruz (RS) e Sobradinho (RS).

A Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul decidiu suspender as aulas na rede estadual de ensino. Desde a tarde de quarta-feira (12/7), a Defesa Civil alerta para enxurradas e inundações gradativas. O alerta é válido até 17h desta quinta.

Metrópoles

O estranho caso (clínico) do homem que ficou com a língua verde e peluda

Um homem de 64 anos, residente do estado norte-americano de Ohio, ficou com a língua verde e “peluda” depois de fumar enquanto tomava o antibiótico ‘clindamicina’, para tratar uma infecção nas gengivas.

O caso foi estudado e as conclusões agora publicadas na revista científica ‘New England Journal of Medicine’.

No artigo, os investigadores explicam que se trata de uma “língua pilosa”, condição causada pelo acumular de ‘pele morta’ nas partes da língua que contêm papilas gustativas.

Apesar de inusitado, o caso não é único. De acordo com a Academia Americana de Medicina Oral (AAOM), cerca de 13% dos norte-americanos são afetados por esta condição. As línguas é que ficam, normalmente, mais amareladas e negras do que verdes como do homem em estudo.

Ainda que pareça estranha, a condição é considerada pelos especialistas “inofensiva e temporária”.

As causas

De acordo com os autores do estudo, os cigarros têm um impacto a longo prazo na saúde da boca, inclusive criando o ambiente ideal para o acumular de bactérias e ‘formação de placas’. Aliado a isso, os antibióticos podem alterar a microbiota da boca.

Neste caso, o homem, que é fumador, ficou assim depois de tomar ‘clindamicina’.

Para o tratamento, os médicos recomendaram que o norte-americano esfregasse suavemente a língua, quatro vezes ao dia. Além disso, aconselharam-no a deixar de fumar.

Notícias ao minuto

Homem é preso por estuprar sogra de 90 anos

Um homem de 49 anos foi preso, na tarde desta quarta-feira (12), por estuprar a própria sogra, de 90 anos, e gravar o ato, em Casa Nova (BA).

O genro foi preso no local em que trabalhava, no distrito de Santana do Sobrado, por estupro de vulnerável. Um mandado de prisão foi expedido pela Justiça após a família registrar denúncia à polícia.

Além da idade avançada, a vítima teria “problemas psicológicos” e debilitações físicas, segundo a Polícia Civil da Bahia.

A família descobriu os abusos sexuais porque, segundo a polícia, o investigado teria divulgado vídeos dos estupros e um deles chegou até um familiar. A idosa passou por exames periciais no Departamento de Polícia Técnica.

O homem foi ouvido na Delegacia de Casa Nova e encaminhado ao presídio. “O homem, além de violentar a idosa, gravou imagens e divulgou. Os familiares tomaram conhecimento das imagens e realizaram a denúncia. Solicitamos ao Judiciário o mandado de prisão, que foi expedido e cumprido”, disse Arnóbio Soares, delegado de Casa Nova.

UOL

Deputados já discutem novo pedido de impeachment de Lula após fim de escolas cívico-militares

Integrantes de partidos de oposição na Câmara, como o PL, o PP e o Republicanos, já avaliam apresentar um novo pedido de impeachment de Lula após o Ministério da Educação decidir acabar com as escolas cívico-militares.

A decisão do MEC (de Camilo Santana) foi divulgada nesta quarta-feira (12). Entre as justificativas apresentadas, o ministério argumentou que as escolas cívico-militares eram dispendiosas, em virtude dos salários pagos aos militares que trabalhavam como monitores ou assessores, e que os colégios incentivavam a aversão a pobres.

“Já pedi para o meu departamento jurídico fazer uma análise quanto a prática de improbidade administrativa e/ou crime de responsabilidade por parte do presidente da república, já que está evidente que a medida do governo petista foi baseada em questões meramente ideológicas, sem qualquer lastro técnico ou científico, gerando prejuízos para a educação básica nacional”, afirmou a este site o deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS).

A decisão do governo Lula gerou reações importantes também no Senado. O ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) classificou a medida como “revanchista”. Eduardo Girão (Novo-CE) disse que a decisão foi “lamentável”.

Caso seja protocolado o pedido de impeachment, esse será a 12ª denúncia por crime de responsabilidade contra o petista.

O Antagonista

País gastou quase R$ 100 milhões em escolas cívico-militares; programa teve uma das 15 maiores verbas da educação básica

Foto: Reprodução
O governo Bolsonaro gastou, entre 2020 e 2022, quase R$ 100 milhões em escolas cívico-militares. Já em 2023, a administração do presidente Lula não empenhou mais nenhum recurso e, na última segunda-feira, determinou o fim do programa.

A decisão do encerramento do programa foi informada através de um ofício enviado a secretários estaduais de todo o país esta semana, datado da última segunda-feira.

O documento, endereçado aos secretários estaduais, informa que foi “deliberado o progressivo encerramento” do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares após a realização de processo de avaliação liderado pela equipe da Secretaria de Educação Básica, do Ministério da Defesa e do próprio MEC.

O ofício acrescenta que “partir desta definição, iniciar-se-á um processo de desmobilização do pessoal das Forças Armadas envolvidos em sua implementação e lotado nas unidades educacionais vinculadas ao Programa, bem como a adoção gradual de medidas que possibilitem o encerramento do ano letivo dentro da normalidade necessária aos trabalhos e atividades educativas”.

Os R$ 94 milhões empenhados nesses três anos anos, em valores atualizados pelo IPCA, estão distribuídos da seguinte forma:

2020: R$ 792 mil
2021: R$ 54,3 milhões
2022: R$ 39,3 milhões

Criado em 2019, o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim) começou a ser implementado em 2020 em 51 escolas, mas em 2021 e 2022 teve sua expansão para 216 unidades, aumentando exponencialmente os valores empenhados. No seu auge, o programa atendia apenas 0,01% das escolas públicas brasileiras.

O formato do programa determinava que educadores civis ficassem responsáveis pela parte pedagógica, enquanto a gestão administrativa passava para os militares. A União não constrói escolas novas, mas implementa, nos colégios escolhidos pelos entes federativos, o modelo cívico-militar.

O Globo