Heitor Férrer pediu ao Governo para avaliar a situação da tabela do ISSEC para os profissionais de Saúde.
Foto: ALECE
Em seu pronunciamento na tribuna da Assembleia, na tarde desta quinta-feira (22), o deputado Heitor Férrer (União) destacou o drama de médicos que atendem pelo Instituto de Saúde dos Servidores do Estado do Ceará (ISSEC), que segundo ele, estão deixando de atender pelo sistema por falta de condições de trabalho. Além da demora para pagamento, a tabela é outro motivo de reclamação dos profissionais de saúde, conforme denúncia feita pelo parlamentar.
De acordo com ele, há casos em que médicos esperam até nove meses para receberem pagamentos por um atendimento prestado aos servidores do Estado. Em se tratando da tabela ISSEC, Heitor Férrer afirmou que uma consulta eletiva no Instituto custa R$ 70, enquanto que uma de urgência seria R$ 50.
“Um técnico de impressora cobra por um serviço de 5 minutos R$ 150. O médico do ISSEC recebe R$ 70 por uma consulta eletiva, e uma de urgência ele recebe R$ 50. Isso com todos os riscos de uma consulta de urgência. As nossas entidades de classe têm que estar atentas para isso. A tabela do SUS está há mais de 10 anos sem qualquer reajuste. Passa Governo e sai Governo e essa tabela sem corrigir a inflação do período. Um desrespeito para a classe de saúde”, reclamou.
De acordo com ele, por conta disso, os médicos estão saindo do ISSEC “porque não aguentam a tabela, ainda que entram sabendo. Eles não sabem é que vão receber depois de nove meses”. O deputado destacou, ainda, que um novo edital foi aberto visto que as especialidades estavam sendo esvaziadas. No entanto, a tabela usada no edital, segundo disse, é uma versão de 2018, ou seja, de sete anos atraás.
“As entidades deveriam orientar os profissionais a não entrarem nisso. Obriga o patrão a repensar os seus preços. Uma visita hospitalar a um paciente é algo tão sério, porque ele vai ali levando uma esperança de cura. R$ 60. Isso tem que mudar. Não pode continuar um pagamento tão vil”, pontuou. Ele solicitou ao Governo do Estado que repense um pagamento mais efetivo.
Corroborando com Sargento Reginauro (União) destacou a importância do ISSEC para os servidores, mas destacou que têm percebido muitos problemas que os funcionários vêm enfrentando, como dificuldades às vésperas do parto,tratamento de câncer não sendo coberto,falta de leito e outras questões. “Fala-se tanto do SUS e ninguém se preocupa de fato com isso”, lamentou.
Com Blog do Edison Silva