quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Silêncio quebrado: Clubes militares denunciam prisão arbitrária de generais

Fotos: Marcelo Camargo/Agência Brasil // Ton Molina/STF // Fellipe Sampaio/STF
Os Clubes Militares do Brasil (Clube Militar, Clube Naval e Clube da Aeronáutica) emitiram uma nota conjunta nesta quarta-feira (26), criticando a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de decretar a prisão de militares condenados por participação na trama golpista.

Na nota, as entidades expressaram “apreensão” e afirmaram que as prisões imediatas, após a conclusão do julgamento, são preocupantes e não deveriam ser tratadas como um mero ato protocolar. O comunicado faz referência específica às contestações levantadas pelo ministro Luiz Fux, que foi o único a votar pela absolvição de alguns réus em julgamentos de núcleos anteriores e expressou ressalvas quanto à condução dos processos e às penas aplicadas.

Os clubes argumentam que a prisão imediata compromete a percepção de segurança jurídica e questionam a condução do processo, alegando desrespeito ao “passado ilibado” dos oficiais condenados, entre eles os generais da reserva Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, e o almirante Almir Garnier. A nota enfatiza que discordar da decisão judicial não significa atacar as instituições, mas sim exercer o direito de crítica.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Faça seus comentários com responsabilidade, não nos responsabilizamos por comentários de terceiros.