Um vídeo divulgado nas redes sociais chamou atenção pela forma como um grupo de fiéis participou de um culto evangélico. Nas imagens, os integrantes aparecem dançando ao som de guitarra, fazendo gestos com as mãos e girando pelo salão durante a celebração, prática associada a manifestações pentecostais.
A gravação dividiu opiniões entre internautas. Enquanto parte do público afirma que cada pessoa deve expressar sua fé da maneira que acredita, outros argumentam que esse tipo de ritual não caracteriza um culto tradicional. O episódio segue repercutindo nas plataformas digitais.
Naline Freitas de Lima Matos, 40 anos, é da Igreja Pentecostal Resgatando Vidas. Ela fundou o ministério em Embu das Artes há 11 anos, que atrai a atenção por suas atividades, como as danças em cultos
Nas redes, Naline é conhecida como “Bispa Naline” e compartilha cultos e ações da igreja. Os vídeos em que aparece “dançando” chamam mais atenção e geram controvérsia: alguns apoiam, outros criticam.
“Não dançamos, marchamos. Marcha não é mistério, são armas, e através delas quebramos os laços do inimigo. A marcha é a ferramenta que trabalhamos diante da presença do Senhor. Muitos interpretam como dança e fazem até comparações, mas eu sei o que busco e o que habita em mim”, afirma Naline.
As marchas de Naline são comparadas a manifestações de religiões de matriz africana e a coreografias do axé. A maior parte das críticas vem de pessoas da mesma vertente religiosa, que dizem que ela “destoa do Evangelho”.
A relação dela com a igreja evangélica começou ainda na infância, quando a mãe, missionária, a levava aos cultos. “Eu nunca conheci outras religiões. Uma parte da minha família, em Recife, é do candomblé e da quimbanda, mas eu nunca tive vontade de conhecer”, afirma.
Com informações UOL e Portal Pentecoste