terça-feira, 2 de dezembro de 2025

No Peru, pré-candidato escapa de ataque a tiros em plena campanha

O pré-candidato à presidência do Peru, Rafael Belaúnde Llosa, sobreviveu a um ataque a tiros nesta terça-feira (2) enquanto circulava pela província de Cañete, região de Lima. O veículo em que estava foi alvejado ao menos três vezes na cabine, e o político sofreu apenas pequenos cortes causados por estilhaços. A Polícia Nacional confirmou que ele está fora de perigo.

Belaúnde se dirigiu em seguida a uma delegacia para formalizar a denúncia. Lideranças políticas locais condenaram o ataque e exigiram ação rápida das autoridades. Para Gino Costa, ex-ministro do Interior, “a Justiça deve punir os responsáveis com rapidez e rigor”, enquanto Pedro Cateriano, ex-presidente do Conselho de Ministros, classificou o episódio como “um mau início de campanha”.

O político concorre pelo partido Libertad Popular e já ocupou o Ministério de Energia e Minas em 2020, mas deixou o cargo cedo devido à falta de apoio no Parlamento. Neto do ex-presidente Fernando Belaúnde Terry, deposto por um golpe militar nos anos 1960, Rafael Belaúnde enfrenta agora um cenário político tenso, com sucessivas mudanças de governo e eleições gerais marcadas para abril de 2026.

O episódio reforça a instabilidade política no Peru e a violência que ronda campanhas eleitorais no país.

Deputados da base de Elmano trocam acusações na Assembleia

Foto Júnior Pio/José Leomar/Alece
Adversários políticos em Iguatu, os deputados estaduais Agenor Neto (MDB) e Marcos Sobreira (PSB), ambos da base do governador Elmano de Freitas (PT), protagonizaram um embate na sessão plenária desta terça-feira, 2, na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece). A troca de acusações levou ao encerramento da sessão por falta de quórum, o que irritou Agenor.

Ex-prefeito do município, Agenor utilizou o tempo de discurso para afirmar que o atual prefeito de Iguatu, Roberto Filho (PSDB), tem usado as redes sociais de forma recorrente para atacá-lo.

"Estou falando pela humilhação que os funcionários públicos de Iguatu estão passando neste exato momento. Quem viu, nas redes sociais, um vídeo de uma funcionária, mãe com dois filhos, chorando, dizendo que votou nesse prefeito e que está passando pela maior humilhação da vida dela", declarou.

Ele prosseguiu: "Por que ela está passando por essa humilhação? Porque ela exerceu o seu direito como funcionária de fazer greve. Mas por que essa greve? O sindicato e os funcionários públicos de Iguatu estão em greve por vários motivos, mas o choro foi em virtude dela receber seu salário com desconto de R$ 1 mil, como punição por estarem em greve", acusou.

Em seguida, chamou a atual gestão de “cruel” e “pior da história da cidade”, além de afirmar ter quitado milhões em precatórios herdados da gestão anterior. Agenor também fez outras acusações, dizendo que o prefeito estaria sendo investigado pela Polícia Federal e que a Prefeitura não teria repassado ao hospital municipal diversos recursos previstos.

Reação

Em resposta, o deputado Marcos Sobreira rebateu Agenor e afirmou que a Prefeitura de Iguatu já pagou, somente na atual gestão, mais de R$ 25 milhões em precatórios deixados por Agenor e que, “novamente teve semana passada”, R$ 15 milhões bloqueados pela Justiça.

"Em 11 meses de gestão, são R$ 40 milhões que o deputado Agenor enquanto prefeito deixou para o povo de Iguatu e a conta tá sendo paga agora", declarou.

Sobre a greve, Sobreira disse que os servidores têm direito de reivindicar, mas afirmou que não entraria no mérito porque houve uma decisão do Tribunal de Justiça suspendendo o movimento. Acrescentou, porém, que gestões anteriores teriam promovido episódios de espancamento contra funcionários públicos durante paralisações.

Ele encerrou pedindo desculpas por tratar do tema no plenário, lembrando que havia um acordo com a Presidência para que não fosse abordado. "Mas, infelizmente, quem deu a palavra ao presidente não tem palavra. Peço desculpas aos senhores deputados, mas lamento que a eleição no Iguatu não tenha acabado", finalizou.

Com informações do O Povo

PM acusado de ameaçar testemunha de homicídio é preso no Ceará

O caso passou a ser investigado no DHPP
O sargento é um dos denunciados pelo assassinato
A Justiça determinou a prisão do sargento da Polícia Militar do Ceará (PMCE) Everaldo Moreira Florêncio. O agente é acusado por um crime de homicídio e, conforme documentos, tentou interferir no processo colocando a instrução criminal em risco.

O policial teria ameaçado pelo menos uma testemunha do caso do assassinato da vítima Weider Pereira de Oliveira. O Ministério Público do Ceará (MPCE) pediu a prisão preventiva do réu e o juiz da 1ª Vara Criminal de Quixadá decretou a prisão.

Há informações de que ficou constatado que o chip do celular utilizado para mandar mensagens ameaçando uma testemunha era do PM.

'TEU DIA TÁ CHEGANDO' 
A testemunha teria recebido ameaças via Whatsapp. Em uma das ocasiões de audiência de instrução presencial, a assistência de acusação destacou que as testemunhas preferiam ser ouvidas por videoconferência indicando que elas se sentiam constrangidas na presença dos réus.

Em março de 2023, as mensagens foram encaminhadas no Whatsapp: "Teu dia tá chegando e da tua raça todinha. Vou mandar tudo pra vala do jeito que fiz com esses dois vagabundos. Tu tá confiando na Justiça. Ela não vai dá a vida a tua não... Vai ser um por um".
INVESTIGAÇÃO COMPLEXA 
De acordo com a acusação, o assassinato aconteceu em decorrência de uma sequência de episódios, iniciada ainda no ano de 1999.

Everaldo Moreira foi denunciado junto a James de Oliveira Bandeira pela morte de Weider. A dupla também é acusada de outro homicídio, o qual também teria participado James, além do irmão de Everaldo, o também sargento PM Edwardes Moreira Florêncio e o pai deles Edivardo Florêncio de Almeida. Ambos os crimes aconteceram em Banabuiú, no ano de 2018.

FICHA CRIMINAL 
Na ficha do policial Everaldo Moreira Florêncio há ainda antecedentes por um crime de corrupção passiva. De acordo com denúncia feita pelo Ministério Público do Ceará, em 2015, o PM apreendeu uma arma de fogo, mesmo estando de licença para tratamento de saúde e ordenou ao suspeito de portar a arma que pagasse R$ 500 para não ser denunciado.

Homem transfere R$ 50 mil por engano via Pix, tenta recuperar o dinheiro e descobre que, além da restituição, Justiça fixou R$ 10 mil por dano moral

Uma transferência bancária feita por engano acabou em disputa judicial, gerando devolução de valores e indenização, após o recebedor se recusar a restituir o depósito duplicado.
Um erro na hora de transferir dinheiro terminou na condenação de um recebedor à devolução de R$ 50 mil e ao pagamento de R$ 10 mil por dano moral, depois que ele se recusou a restituir um depósito feito em duplicidade.

A decisão, tomada pela Segunda Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), reforça que manter valores recebidos por engano configura enriquecimento sem causa e pode gerar não só obrigação de devolver o dinheiro, mas também indenização.

Como o erro na transferência gerou disputa judicial
O caso teve origem em um contrato de empréstimo que previa a quitação de parcela por transferência bancária.

Ao efetuar o pagamento, o devedor acabou realizando duas transferências de R$ 50 mil para a mesma pessoa, a partir de contas diferentes, o que resultou em crédito em duplicidade na conta do beneficiário.

Assim que percebeu o equívoco, o pagador comunicou o recebedor e pediu a devolução da segunda transferência.

A resposta, porém, foi negativa. O destinatário tentou justificar a retenção alegando que usaria o valor para compensar outra dívida, não prevista no contrato.

Os desembargadores entenderam que essa compensação unilateral não tinha respaldo contratual e violava o dever de boa-fé objetiva.
Decisão do TJMT obriga devolução de R$ 50 mil enviados por engano e fixa R$ 10 mil em dano moral após recusa do recebedor.

No acórdão, a turma destacou que, ao manter em sua conta a quantia transferida duas vezes, sem autorização e sem justificativa válida, o recebedor incorreu em enriquecimento sem causa, o que legitimou a intervenção do Judiciário para determinar a restituição.

Provas determinantes para a condenação
A relatoria enfatizou que o conjunto de provas estava bem estruturado.

Extratos bancários, comprovantes de transferência e uma ata notarial de conversas em aplicativo de mensagens permitiram reconstituir a sequência dos fatos: pagamento da parcela, repetição do depósito e ciência do erro pelo recebedor, seguida da recusa em devolver o montante.

Com essa documentação, o colegiado afastou dúvidas sobre a origem do crédito em duplicidade e sobre a resistência em restituir o valor.

A retenção foi considerada indevida, pois não havia qualquer cláusula que autorizasse o credor a se apropriar de quantia excedente para compensar débitos diversos.

Na parte financeira, o TJMT determinou a devolução dos R$ 50 mil, corrigidos pelo IPCA e com juros pela taxa Selic, ambos contados desde a data do erro, em 7 de março de 2019.

A corte também fixou indenização por dano moral em R$ 10 mil, a ser atualizada pelos mesmos índices, a partir da citação.

O que muda para quem erra transferências via Pix
Embora o processo trate formalmente de uma transferência bancária tradicional, ocorrida antes da implantação do Pix, o entendimento firmado dialoga diretamente com situações atuais envolvendo transações instantâneas.

Em operações eletrônicas, seja TED, DOC ou Pix, o ponto central permanece o mesmo: quem recebe valor que não lhe é devido tem o dever jurídico de restituir.

Quando, mesmo avisado do erro, o recebedor se recusa a devolver o dinheiro, abre-se espaço para responsabilização civil, que pode incluir devolução do principal e pagamento de danos morais.

No universo do Pix existe, porém, uma camada operacional específica: o Mecanismo Especial de Devolução (MED), criado pelo Banco Central para lidar com situações de fraude ou falhas operacionais das instituições participantes.

Nesses casos, a vítima pode pedir a devolução junto ao próprio banco em prazo limitado.

O sistema permite o bloqueio cautelar dos valores na conta do recebedor durante a apuração, aumentando as chances de recuperação do dinheiro.

Mesmo com o aperfeiçoamento do MED, o mecanismo não substitui a via judicial: ele atua como um caminho administrativo inicial que pode ser acionado logo após o problema.

Decisões recentes sobre Pix enviado por engano
Tribunais de diferentes estados já vêm julgando casos em que o erro ocorre especificamente em transferências via Pix.

Em decisão do 2º Juizado Especial Cível de Águas Claras, no Distrito Federal, um homem que recebeu R$ 4 mil por engano foi condenado a devolver integralmente o valor, após o remetente digitar equivocadamente a chave Pix ao tentar transferir recursos entre contas próprias.

No processo, o autor relatou que tentou contato com o destinatário, mas foi ignorado e bloqueado em aplicativos de mensagem.

A instituição financeira informou que não poderia estornar ou bloquear a quantia sem ordem judicial.

Ao analisar o caso, a juíza destacou que, embora o erro na digitação tenha sido do remetente, o beneficiário não poderia se manter com valor que sabia ser alheio.

A decisão frisou que, se alguém se enriquece sem justa causa às custas de outra pessoa, surge a obrigação de restituir o que foi recebido indevidamente.

Por que a recusa pode gerar dano moral
Nem todo engano em transferência de dinheiro resulta automaticamente em dano moral.

Os julgados recentes indicam que a indenização aparece quando a conduta do recebedor supera o mal-entendido e demonstra resistência injustificada diante de prova clara do erro.

No processo julgado em Mato Grosso, pesou o fato de o recebedor ter sido informado do depósito em duplicidade, ter ciência da origem do valor e, ainda assim, se negar a devolvê-lo.


O pagador precisou recorrer ao Judiciário para reaver quantia expressiva, cenário reconhecido como capaz de gerar abalo que ultrapassa mero aborrecimento.

Na notícia oficial sobre o acórdão, a relatora registrou que é “evidente o abalo moral decorrente da angústia e frustração diante da recusa indevida em devolver numerário de sua propriedade transferido por engano”.

Essa avaliação levou à fixação dos R$ 10 mil de indenização, considerada proporcional e com função pedagógica.

O que fazer ao perceber uma transferência feita por engano
Ao notar que um valor saiu da conta por engano, especialistas orientam agir com rapidez.

O passo inicial é comunicar o banco e registrar formalmente o ocorrido, guardando protocolos, e-mails ou mensagens que comprovem o pedido.

Se a operação tiver sido feita via Pix e houver indícios de fraude ou falha operacional da instituição, o usuário pode solicitar o acionamento do MED, dentro do prazo previsto pelo Banco Central.

Em paralelo, é prudente armazenar comprovantes de transferência, extratos e registros de conversas com o recebedor.

Quando a solução extrajudicial não funciona e o recebedor mantém a recusa, esse histórico documental costuma ser decisivo em eventual ação judicial.

VEJA A MATÉRIA EM VÍDEO AQUI.

Marcos do caso julgado em Mato Grosso
No episódio que se tornou referência, a decisão foi unânime na Segunda Câmara de Direito Privado do TJMT, sob relatoria da desembargadora Maria Helena Gargaglione Póvoas.

O julgamento ocorreu em 28 de maio de 2025, com divulgação oficial em 14 de julho de 2025.

O processo tramita sob o número 1022601-23.2021.8.11.0015. Uma característica chama atenção: o tribunal registrou a operação como transferência bancária comum e indicou que o erro ocorreu em 7 de março de 2019, antes do lançamento do Pix.

Ainda assim, os fundamentos aplicados – devolução de valores indevidos, vedação ao enriquecimento sem causa e proteção da boa-fé – se projetam sobre as discussões atuais envolvendo Pix enviado por engano.

Sabendo desse cenário e das consequências que a recusa pode gerar, se um valor alto saísse equivocadamente da sua conta hoje, qual seria seu primeiro impulso: falar com o banco, tentar contato imediato com o recebedor, acionar o MED no Pix ou buscar orientação jurídica especializada?

Como solicitar o novo RG e recebê-lo pelos Correios: conheça as regras, prazos e quem pode solicitar

A nova carteira de identidade já está disponível em todo o país e oferece mais segurança contra fraudes. Descubra como solicitar, quais documentos levar e quais são as principais vantagens do novo modelo.
Saiba como solicitar o novo RG pelos Correios, em quais estados isso já é permitido, qual o prazo e quais documentos são exigidos para a entrega domiciliar.
O novo RG, oficialmente a Carteira de Identidade Nacional (CIN), já pode ser enviado para o seu endereço por meio dos Correios, dependendo do estado em que você mora.

Quem faz o atendimento para emitir a nova identidade coleta dados biométricos ainda presencialmente, mas tem a opção de receber o documento em casa, o que evita viagens aos postos.

Estados como São Paulo e Minas Gerais já adotam esse modelo, e o envio é rastreado e integrado com o sistema do Governo Federal. Isso facilita a vida do cidadão e reduz as filas.

O que é o novo RG?
O novo RG (CIN) é uma carteira de identidade nacional que tem o CPF como número único, unificando os registros estaduais.

O documento pode ser emitido tanto em versão física quanto digital.
Além disso, possui QR Code para checagem de autenticidade e código MRZ (como os passaportes), aumentando a segurança.

Como funciona o envio pelo Correio
Para pedir o novo RG com envio pelos Correios, primeiro é necessário fazer o atendimento presencial para coleta de documentos, foto, assinatura e biometria.

No momento da solicitação, o cidadão pode optar pela entrega domiciliar e, se aprovado, o RG é enviado para o endereço cadastrado via Correios.

O acompanhamento da entrega pode ser feito por meio de código de rastreamento fornecido nos Correios ou por aplicativos governamentais.

Em algumas regiões, o documento só pode ser retirado presencialmente no posto onde foi solicitado. Já em outras, o cidadão tem a alternativa de receber o novo RG pelos Correios, seguindo prazos e eventuais taxas estabelecidos por cada órgão local.

Novo RG: Em quais estados o envio pelos Correios já é permitido
Atualmente, nem todos os estados oferecem a opção de entrega do novo RG via Correios. Segundo um levantamento recente:

São Paulo: Permite o envio da CIN para residência após atendimento no Poupatempo.

Minas Gerais: Também já oferece a opção domiciliar para novos pedidos.

Outros estados ainda exigem que o documento seja retirado no posto de atendimento.

Documentos necessários para pedir o novo RG
Para solicitar a Carteira de Identidade Nacional, você deve levar ao atendimento presencial:

Certidão de nascimento ou casamento, original ou cópia autenticada.

CPF, que será vinculado ao número do documento. Alguns estados também permitem incluir dados extras, como tipagem sanguínea ou nome social, desde que haja comprovação.

Prazo, validade e custo
A primeira emissão do novo RG (CIN) é gratuita.

O prazo para a entrega via Correios varia conforme o estado, mas costuma levar até 15 dias úteis em muitas regiões.

O documento tem validade de 5 a 10 anos, dependendo da idade do cidadão.

Vantagens do envio pelo Correio
  • Comodidade: você não precisa voltar ao posto para buscar o documento.
  • Redução de filas e deslocamentos: ideal para quem tem dificuldade de locomoção ou mora longe dos postos.
  • Segurança: o documento é rastreado pelos Correios, diminuindo riscos de extravio.

VEJA REPORTAGEM EM VÍDEO AQUI.

Possíveis desvantagens e cuidados

Mesmo com a entrega por correio, é importante:

Confirmar se o endereço cadastrado está correto no momento do atendimento presencial, pois os Correios usarão esse local para a entrega.

Verificar se o estado onde você solicita o RG realmente permite a entrega domiciliar, já que nem todos oferecem esse serviço.

Acompanhar o rastreamento para garantir que o documento será recebido.

O envio pelos Correios deve se expandir para mais estados conforme o novo RG se torna cada vez mais comum.

O governo também analisa formas de agilizar os processos, como ampliar postos com coleta de biometria e modernizar sistemas de rastreamento.

Para muitos brasileiros, essa nova etapa representa mais praticidade, segurança e inclusão um avanço real na modernização da nossa identidade nacional.

Fonte: ND+

Com a nova lei, quem não fizer testamento deixará a viúva sem herança: entenda por que até casamentos longos correm risco de perder tudo

Mudança em debate no Código Civil pode alterar regras históricas da herança no Brasil e impactar diretamente casais sem testamento, trazendo riscos patrimoniais, insegurança jurídica e possíveis conflitos familiares caso a proposta avance no Congresso Nacional.
Uma mudança em discussão na reforma do Código Civil pode alterar de forma direta a vida patrimonial de milhões de casais no Brasil.

A proposta, que tramita no Senado, retira o cônjuge da lista de herdeiros necessários em determinadas situações, o que significa que maridos e esposas poderão não ter direito automático à herança se não houver testamento.

O alerta foi feito pela advogada Simone Calili, especialista em Direito de Família, em publicação que ganhou forte repercussão nas redes sociais.

Hoje, a legislação garante proteção mínima ao cônjuge sobrevivente.

Independentemente de testamento, marido ou esposa integram o grupo de herdeiros necessários ao lado de filhos e pais.

Isso assegura, por lei, uma parcela do patrimônio do falecido.

A reforma em debate muda esse ponto central.

Quando houver descendentes ou ascendentes vivos, o cônjuge pode deixar de herdar automaticamente.

Quem corre mais risco com a mudança nas regras de herança
O impacto não atinge todos da mesma forma.

Os maiores riscos recaem sobre perfis muito comuns no Brasil.

Casais em que apenas um dos cônjuges concentrou bens em seu nome ao longo da vida são os mais vulneráveis.

Também entram nesse grupo famílias recompostas, com filhos de relacionamentos anteriores, e uniões estáveis sem formalização patrimonial detalhada.

Outro ponto sensível envolve idosos.

Em casamentos longos, é frequente que imóveis, investimentos ou empresas estejam registrados em nome de apenas um dos parceiros.

Sem testamento, o cônjuge sobrevivente pode perder a segurança econômica construída ao longo da vida, ficando dependente de herdeiros ou até de disputas judiciais.
O que muda na prática se não houver testamento
Caso a proposta seja aprovada, o testamento deixa de ser apenas um instrumento de organização patrimonial.

Ele passa a ser essencial para garantir proteção ao cônjuge.

Somente por meio do documento será possível assegurar, de forma clara, que o marido ou a esposa receba herança.

Sem testamento, não haverá direito automático, ainda que o casal tenha construído patrimônio em conjunto.

A advogada Simone Calili destaca que a mudança exige atenção imediata.

Ela explica que muitas pessoas acreditam estar protegidas apenas pelo casamento.

Essa percepção pode não refletir mais a realidade jurídica.

Segundo ela, a ausência de planejamento sucessório pode resultar na exclusão total do cônjuge da herança, inclusive da parte que hoje é reservada por lei.

Regime de bens não garante proteção total
Um ponto que costuma gerar confusão é o regime de bens.

Mesmo em regimes como comunhão parcial ou universal, a herança se refere aos bens particulares do falecido.

A reforma não mexe na divisão do patrimônio comum do casal.

No entanto, ela pode excluir o cônjuge da sucessão sobre bens que estejam apenas no nome de quem morreu.

Isso significa que confiar apenas no regime de bens pode não ser suficiente.

Sem testamento, parte relevante do patrimônio pode seguir um caminho diferente daquele imaginado pela família.

Planejamento sucessório deixa de ser opção
Dados de cartórios indicam que apenas uma pequena parcela da população brasileira possui testamento formalizado.

Com a mudança em debate, esse número passa a ter peso estratégico.

Planejar a herança deixa de ser um tema distante e passa a ser uma medida de proteção familiar.

Especialmente para quem deseja garantir estabilidade financeira ao cônjuge após a morte.

Além do testamento, cresce a procura por pactos antenupciais e outras formas de organização patrimonial ainda em vida.

Especialistas alertam que a falta de informação pode gerar conflitos, insegurança jurídica e aumento da judicialização.

Alerta para famílias que podem ser pegas de surpresa
O texto ainda não virou lei e pode sofrer alterações ao longo da tramitação.

Mesmo assim, o debate já acende um sinal de alerta.

Setores do Direito de Família defendem ajustes que preservem algum nível de proteção ao cônjuge.

Enquanto isso, cresce a preocupação com famílias que não acompanham o tema.

Sem testamento, a realidade sucessória pode mudar drasticamente para viúvas e viúvos em todo o país.

O tema envolve não apenas técnica jurídica.

Ele alcança segurança econômica, expectativas familiares e o papel do casamento como estrutura de proteção patrimonial no Brasil.

Crédito da informação e do alerta: Simone Calili, advogada especialista em Direito de Família, por meio de publicação em rede social.

Como idosos acima de 60 anos podem aproveitar nova lei para zerar a conta de luz

Créditos: Reprodução/Internet
Em setembro deste ano, o Senado aprovou a Medida Provisória nº 1.300/2025, que posteriormente foi convertida na Lei Ordinária 15.235/2025. A ação trata da modernização do setor elétrico e estabelece a isenção da conta de luz para famílias de baixa renda com consumo de até 80 kWh por mês. Como resultado, idosos podem garantir uma sobrevida financeira ao final do mês.

Dentre as principais mudanças está a alteração da Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE), com o objetivo de zerar a conta para as segmentações em situação de vulnerabilidade. Conforme as estimativas do Governo Federal, cerca de 4,5 milhões de famílias de baixa renda serão beneficiadas. Por sua vez, pessoas acima de 60 anos podem ter os mesmos direitos, desde que estejam inscritas no Cadastro Único (CadÚnico).
Foto: Divulgação/ND
A medida também é estendida às famílias com renda mensal de até três salários mínimos que tenham indivíduos com deficiência (física, motora, auditiva, visual, intelectual ou múltipla), cujo tratamento necessite de aparelhos que consumam energia elétrica. No mais, podem solicitar o desconto idosos acima de 60 anos e pessoas com deficiência que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

“Essa PEC da tarifa social da energia elétrica mostra a redução da desigualdade energética com alívio tarifário para a população de baixa renda, principalmente, […] É uma grande decisão por parte do governo, que vem beneficiar milhões de consumidores no nosso país”, explicou Chico Rodrigues, senador do PSB-RR.

Como os idosos podem solicitar a isenção?
Além de garantir gratuidade a quem consome até 80 kWh/mês e atende aos critérios, a iniciativa também prevê, a partir de 1° de janeiro de 2026, desconto em média de 12% na conta de luz para outras 55 milhões de pessoas. Para que a isenção da cobrança seja sacramentada, é necessário se inscrever no CadÚnico. No mais, o requerimento do benefício e demais informações podem ser feitos nos Centros de Referência em Assistência Social (Cras) de todo o país.

Por Iara Alencar
Formada em Comunicação Social (Jornalismo) por intermédio da Universidade Federal de Alagoas.

Bradesco encerra ciclo no Brasil e várias agências estão sendo trancadas

O Bradesco atravessa um dos períodos mais polêmicos de sua história recente após confirmar o encerramento de 342 agências, 1.002 postos de atendimento e 127 unidades de negócio entre junho de 2024 e junho de 2025. Os dados, levantados pelo Dieese, mostram que o banco responde sozinho por quase 38% de todas as agências fechadas no Brasil no período.

O impacto tem sido sentido especialmente em cidades menores, que dependiam do atendimento presencial. A repercussão negativa ganhou força no Dia Nacional de Luta, em 19 de novembro, quando sindicatos de bancários organizaram protestos em diversas regiões do país.

Em Campo Grande, o ato realizado na agência situada entre as avenidas Afonso Pena e Calógeras simbolizou a insatisfação crescente. A presidenta do sindicato local, Neide Rodrigues, criticou duramente o corte de unidades:

“Essas medidas geram um prejuízo muito grande para a sociedade. Muitos municípios estão com agências fechadas. Enquanto o Bradesco celebra lucros recordes, a realidade para os trabalhadores e clientes é de preocupação.”

No Rio de Janeiro, três agências tiveram a abertura atrasada após manifestações na Avenida Rio Branco e Rua Primeiro de Março. O diretor sindical Leuver Ludolff lembrou que 2.500 bancários foram demitidos no Brasil apenas no primeiro semestre de 2025 — sendo 293 somente no estado até outubro.

“Os idosos são os mais prejudicados, pois têm dificuldade de acessar as plataformas digitais.”

Digitalização avança, mas exclusão bancária cresce
O fechamento em massa ocorre em meio à rápida digitalização do sistema financeiro. Segundo a Febraban, 7 em cada 10 transações bancárias em 2023 foram feitas pelo celular, e o Pix movimentou 63,8 bilhões de operações em 2024. É nesse cenário que bancos vêm justificando o esvaziamento das agências físicas.

Para sindicatos, porém, a mudança aprofunda desigualdades.

Na Bahia, mais de 130 agências fecharam nos últimos cinco anos, e moradores de algumas regiões precisam viajar até 50 km para realizar serviços básicos. Um levantamento sindical aponta que o Bradesco demitiu 2.466 funcionários entre janeiro e julho de 2025, uma média de 11,74 por dia.

O dirigente baiano Ronaldo Ornelas alerta para o risco de exclusão:
“Uma parcela significativa da população não consegue operar aplicativos bancários — seja por analfabetismo, idioma ou falta de internet.”

Justiça reage
A pressão social fez o tema chegar ao Judiciário. Em abril, o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) suspendeu o fechamento de 16 agências do Bradesco após ação do Procon estadual.

Na Bahia, onde 134 agências foram fechadas entre 2020 e maio de 2025, sindicatos pedem decisões semelhantes. A situação é crítica: quase metade dos municípios baianos (47,72%) não possui nenhum banco.

A preocupação aumenta entre consumidores e trabalhadores, que veem nas medidas um risco à continuidade do atendimento presencial para idosos, pessoas sem internet e moradores de áreas periféricas e rurais.

Sindicatos avisam que irão intensificar os protestos e pressionar por uma transição mais responsável — para que o avanço digital não deixe parte da população sem acesso ao sistema bancário.

PL convoca Michele para acertar discurso após crise no Ceará

Foto: Reprodução
A direção nacional do PL reúne-se nesta terça-feira (2) com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro para unificar o discurso do partido sobre as disputas estaduais do ano que vem, especialmente no Ceará.

O encontro ocorre após Michelle criticar publicamente a aliança da sigla com Ciro Gomes, provocando desconforto interno e reação da cúpula — que já havia referendado o apoio, com aval do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Diário do Poder

Aeroporto de Fortaleza remove cadeiras e bancos para passageiros e visitantes: 'Tem que pagar para sentar'

denuncia falta de bancos e cadeiras para passageiros no Aeroporto de Fortaleza
O arquiteto Lucas Rozzoline publicou nas redes sociais uma denúncia sobre a ausência de bancos e cadeiras no Aeroporto de Fortaleza. Ele desembarcou na capital cearense no último sábado (29) e, ao procurar um local para sentar, não encontrou os bancos e cadeiras anteriormente disponíveis para a população. "Agora tem que pagar pra sentar", brincou. Segundo Lucas, só havia assentos nas áreas de embarque e desembarque, que são acessíveis apenas para quem apresenta passagem aérea ou chega ao terminal. No saguão e nos locais onde os passageiros aguardam táxi ou carros por aplicativo, não havia bancos ou cadeiras.

O g1 entrou em contato com a Fraport Brasil, empresa que administra o Aeroporto de Fortaleza, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. “Legalmente, em espaços que são de utilização pública e coletiva, você tem que dispor de um mínimo de conforto. Imagina uma mulher grávida chegar lá, uma criança, ou um idoso, ou uma pessoa com deficiência. Então as pessoas precisam se sentar. Então a indignação pra mim foi ainda maior por causa dessa questão técnica”, explicou o arquiteto, que relatou surpresa e indignação com a situação.

 “Eu sou arquiteto urbanista, eu trabalho com acessibilidade, trabalho com patrimônio histórico. Então essas questões de uso de espaços estão dentro da minha própria profissão.

No vídeo, ficou parecendo uma opinião de uma pessoa chateada, mas ali tem um embasamento até mesmo jurídico”, complementou. Lucas contou que decidiu procurar um local para sentar enquanto esperava a namorada no aeroporto. “Então eu fui procurar cadeira pra me sentar, e procurando lugar, não achei. Aí eu pensei: ‘que estranho, aqui tinha’. Caminhei um pouco mais, e eu vi outro lugar vazio. Eu percebi: ‘então, tiraram todas mesmo. Foi planejada essa ação”, disse o arquiteto. Lucas afirmou que também viu dezenas de pessoas em pé, com bagagens e outros pertences no chão, enquanto aguardavam carros por aplicativo para sair do aeroporto. Segundo ele, todos pareciam incomodados com a situação.

G1