Mais do que auxiliar futuros condutores de veículos, as autoescolas atuam como agentes de transformação social, combinando educação, responsabilidade com a vida e impacto econômico. Com 359 unidades em atividade e mais de 5 mil empregos diretos gerados, o setor vai além da formação de motoristas e colabora ativamente com a segurança no trânsito, a inclusão social e o desenvolvimento regional.
Desde o retorno das atividades após a pandemia, as autoescolas passaram por um processo acelerado de modernização. De acordo com Eliardo Martins, presidente do Sindicato das Autoescolas do Estado do Ceará, mais de 90% do curso teórico já é oferecido de forma remota e ao vivo, com interação em tempo real entre aluno e educador de trânsito. Isso amplia o acesso e reduz custos, permitindo que o cidadão possa se preparar no conforto de casa, sem comprometer a qualidade do ensino.
Além da digitalização dos conteúdos, o setor se prepara para novas atualizações tecnológicas. “Esperamos que em breve as normas permitam o uso de veículos elétricos e automáticos na formação de condutores, o que trará mais economia e segurança para o futuro do trânsito”, afirma Eliardo. A medida visa alinhar a formação à realidade dos próximos anos, em que veículos com câmbio manual tendem a desaparecer do mercado.
Programas como a CNH Popular, que oferece gratuidade para pessoas em situação de vulnerabilidade, e o ABCDetran, que alfabetiza gratuitamente candidatos em parceria com as autoescolas, são exemplos de como o setor atua pela democratização do direito de dirigir. Também há iniciativas específicas para pessoas com deficiência, com infraestrutura adaptada e intérpretes de Libras.
A formação de condutores é parte de um tripé fundamental para a segurança viária: educação, fiscalização e engenharia de trânsito. Eliardo Martins destaca que, desde que as autoescolas se tornaram obrigatórias no processo de habilitação, os índices de mortalidade no trânsito vêm caindo ou se estabilizando. “A educação não resolve tudo sozinha, mas é uma parte essencial do processo”, afirma.
Com informações do Diário do Nordeste