quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Febre do morango do amor perde força e preço da fruta cai 50% no Ceasa

Foto Ismael Soares
Assim como seu surgimento ganhou popularidade nas redes sociais, a suposta "morte" do morango do amor também passou a ser amplamente comentada. A brincadeira reflete a queda na demanda pelo produto após o pico de vendas. Consequentemente, o preço da fruta, principal matéria-prima para o doce, despencou 50% na Ceasa de Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza.

No mês passado, a caixa de morangos grandes com 1 kg (composta por quatro bandejas) chegou a ser vendida por R$ 100, valor máximo no varejo. Agora, segundo o analista de mercado da Ceasa, Odálio Girão, o mesmo produto está custando, no máximo, R$ 50 e pode ser encontrado até por menos.

"Estamos com boa oferta de morango no mercado, e o preço está declinando. Temos variação de R$ 25, R$ 30 e até R$ 50, essa última é com aquele morango premium, usado bastante para o morango do amor", lista.

O especialista ainda explica que o Ceará tem uma produção baixa da fruta. "Não chega nem a meia tonelada durante esse período", comenta. Sendo assim, o grande volume de produto comercializado por aqui vem de estados como Minas Gerais (90% da comercialização), São Paulo e Bahia.

"O morango está com boa oferta, o preço tá bom, não está faltando e as pessoas ainda estão buscando. Então, o morango do amor ainda faz parte da nossa expectativa de venda desse morango no mercado", diz Girão.

Doceira há nove anos, Michele Sampaio, de 47 anos, já sentiu a baixa dos valores da caixa de morangos nos últimos dias. Ela conta que, no auge da trend das redes sociais chegou a pagar R$ 80 pelo quilo da fruta, mas atualmente está pagando R$ 40.

Sem loja física, atendendo pelo WhatsApp, Instagram e por plataforma de delivery, Michele lembra que começou a fazer o morango do amor quando a "febre" já estava ocorrendo. "Comecei quase no fim, mas foi muito bom. Hoje, diminuiu a saída, mas continuo vendendo", relata.

A doceira afirma que manterá o produto no seu catálogo, pois acredita que "ele veio para ficar". "Vai ser mais um item na vitrine de doces", ressalta

Com informações do Diário do Nordeste

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