Parlamentar lamenta a quantidade elevada de projetos do Governo em regime de urgência
Foto: ALECE
Em seu pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã desta quarta-feira (30), o deputado Heitor Férrer (União) criricou o grau de subserviência do Poder Legislativo em relação ao Executivo Estadual. O parlamentar, porém, reconheceu que a Casa tem se aproximado da sociedade civil organizada com a aprovação de medalhas e outras honrarias para personalidades da sociedade cearense.
Férrer criticou a condução do Plenário 13 de Maio na fiscalização do Governo do Estado. Conforme afirmou, o Poder Legislativo não cumpre o papel constitucional. “Vemos uma Assembleia Legislativa submetida, capenga, que não cumpre bem o seu papel constitucional, que é a sua principal função, que é fiscalizar as ações do Governo”, lamentou.
Ele voltou a reclamar da aprovação de matérias do Governo do Estado em regime de urgência, o que aconteceu mais uma vez na sessão plenária desta quinta-feira. De acordo com ele, a medida é desnecessária. “Me incomoda profundamente quando são lidos projetos em urgência e vemos a Assembleia com vontade de ser submissa, subserviente ao Poder Executivo em aprovar medidas que precisariam de 30 dias para discutirmos. A urgência é desnecessária porque o Governo tem número para aprovar tudo, inclusive com meu voto”, disse.
Crítico dos projetos em regime de urgência, o opositor Sargento Reginauro (União) concordou com a análise do colega, destacando que a politica cearense se tornou confusa entre público e familiar. “O ex-governador ainda é o mandatário no Ceará e a Assembleia diz amém para tudo isto vivido aqui na Casa”, pontuou.
Heitor Férrer, por sua vez, também elogiou algumas medidas adotadas pela atual gestão da Assembleia Legislativa, como a entrega de medalhas a personalidades. Para ele, o presidente Romeu Aldigueri (PSB) tem conduzido esse trabalho com “maestria e de modo exemplar”.
“O presidente Romeu conduziu ontem a sessão solene que entregou a Medalha Dr. Paulo Marcelo Martins Rodrigues a seis médicos e uma enfermeira. Antes do Romeu, a Alece era um vazio nesse quesito. Há pouco tempo teve a Medalha Paulo Bonavides e vem aí a Otávio Lobo, que achei espetacular a ideia”, destacou.
Blog do Edison Silva