sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Ministras de Direitos Humanos e da Igualdade Racial visitam o Complexo do Alemão após megaoperação

As ministras dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, e da Igualdade Racial, Anielle Franco, chegaram no fim da manhã desta quinta-feira (30) ao Complexo da Penha, na Zona Norte da cidade, para ouvir moradores sobre as ações relacionadas à megaoperação.

A visita ocorreu dois dias após a megaoperação policial que deixou mais de cem mortos nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro.

Além das ministras Anielle Franco e Macaé Evaristo, estavam presentes a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) e outros parlamentares de esquerda. O grupo foi recebido por moradores e por representantes da CUFA-RJ, que denunciaram abusos e pediram investigações sobre as mortes registradas durante a ação policial.
No começo da tarde, as ministras participaram de uma reunião na Central Única das Favelas (Cufa), que fica na comunidade.

À tarde, a ministra Macaé Evaristo visita o Instituto Médico-Legal (IML) para acompanhamento dos procedimentos periciais. À noite, participa de reunião com movimentos sociais e parlamentares da Alerj.

Representantes da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, da Defensoria Pública e de outros órgãos também devem visitar o IML para acompanhar os trabalhos de perícia e identificação na tarde desta quinta.

Na manhã desta quinta, mais da metade dos corpos dos 117 suspeitos mortos já tinham passado por necropsia e começou a ser identificada no Instituto Médico-Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro do Rio.

Os corpos já periciados já começaram a ser liberados para a retirada das famílias. Como alguns dos mortos seriam de outros estados, o IML solicitou acesso a bancos de dados de fora do Rio para cruzar informações e confirmar identidades.

A ação, batizada de Operação Contenção, é considerada a mais letal da história do estado, com 121 mortos confirmados, sendo 4 policiais civis e militares.

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