Foto Thiago Gadelha
Não haverá redução na conta de energia elétrica em novembro. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) decidiu manter a Bandeira Tarifária Vermelha – Patamar 1, o que representa uma cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Segundo a engenheira elétrica Marília Brilhante, essa medida é necessária porque as usinas termelétricas, que possuem custo mais elevado de produção, precisam ser acionadas devido ao baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas. Ela reforça que a melhor forma de minimizar o impacto é economizar energia.
O valor adicional é menor do que o cobrado nos dois meses anteriores, quando vigorava o Patamar 2 da bandeira vermelha, com acréscimo de R$ 7,87 a cada 100 kWh. De acordo com Felício Santos, diretor adjunto de Assuntos Regulatórios do Sindienergia Ceará, o acionamento das termelétricas está diretamente relacionado à escassez de chuvas e à consequente redução no volume de água dos reservatórios. Ele explica que o atual patamar reflete tanto a falta de chuvas neste período quanto as perspectivas climáticas desfavoráveis para os próximos meses, especialmente nas regiões que abastecem as principais hidrelétricas do país.
Para enfrentar esse cenário, o engenheiro elétrico Gilmar Ribeiro recomenda atitudes simples que ajudam a reduzir o consumo de energia.
Entre elas estão diminuir o tempo de banho com chuveiro elétrico, utilizar o ar-condicionado em temperaturas entre 23ºC e 24ºC, desligar aparelhos em modo stand-by e evitar abrir a geladeira com frequência. As bandeiras tarifárias, criadas em 2015, têm justamente o objetivo de sinalizar ao consumidor as variações no custo de geração de energia — que aumenta quando há necessidade de recorrer às termelétricas, refletindo diretamente na conta de luz.
Com informações da Mais FM