Apesar de ser um direito básico, o acesso à água ainda é desigual no Brasil como um todo. Só no Ceará, 420 mil domicílios ainda dependem de poços ou cacimbas para guardar água, e outros 40 mil utilizam fontes ou nascentes como principal forma de abastecimento.
As informações são da PNAD Contínua: Características Gerais dos Domicílios e dos Moradores 2024, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (22). O levantamento reúne dados populacionais e a caracterização de domicílios em diversos serviços.
Segundo a pesquisa, 305 mil domicílios eram abastecidos por poços profundos ou artesianos, e mais 115 mil por poços rasos, freáticos ou cacimbas. Juntos, eles equivalem a cerca de 13% do total de domicílios cearenses, estimados em 3,25 milhões.
Ainda sobre o total, 155 mil poços e cacimbas (37%) estavam localizados em áreas urbanas, enquanto a maioria - 265 mil, ou 63% - ficava na zona rural dos municípios.
No caso das 40 mil residências com abastecimento de fontes ou nascentes, 3 mil ficavam em regiões urbanizadas, enquanto outras 37 mil estavam em áreas rurais.
O Estado ainda tinha 102 mil domicílios com "outra forma" principal de abastecimento, categoria que inclui rios, açudes, lagos, caminhão-pipa e até água da chuva. Seguindo o cenário nacional para esse tipo de caso, a maioria (82%) estava em área rural.
Segundo o IBGE, serviços de saneamento básico “são de extrema importância para a melhoria das condições de vida e saúde da população”.
Com informações do Diário do Nordeste