sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Ceará precisaria comprar 15 toneladas de pescado por dia, mas não pagará preço de exportação

Foto Davi Rocha
O governador do Ceará, Elmano de Freitas, disse nesta quinta-feira (7), em Brasília, que o programa Ceará Sem Fome demandaria cerca de 15 toneladas de pescados por dia. O produto deverá ser adquirido pelo Estado como forma de mitigar o impacto do tarifaço de Trump. O setor é um dos mais afetados no Ceará. 

Além do programa, escolas e hospitais cearenses devem receber produtos que seriam exportados para os Estados Unidos. Elmano afirmou ainda que o Governo do Ceará não pagará os preços de exportação desses produtos perecíveis.

"Nós temos um programa de combate à fome no Ceará que faz todo dia 130 mil refeições. Se nós comprarmos o peixe para um dos dias dessa alimentação, são 15 toneladas por dia. Então nós vamos comprar e essa é a solução que estamos tendo. Temos que equalizar ainda o preço porque evidentemente esse pescado é de um patamar de qualidade superior, com preço superior, mas nós não vamos poder comprar no mesmo preço que se era vendido na venda para exportação", disse ele em coletiva, após reunião com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

Segundo Elmano, ainda não há um percentual de depreciação definido e essa negociação ainda não teria começado com os setores de perecíveis impactados.

"Isso é o que vamos sentar para negociar, para conversar. Evidentemente essa empresa não pode querer ter a mesma taxa de lucro que ela teria na exportação. Não é razoável. Nós estamos querendo apoiar as empresas, manter as empresas funcionando. Queremos evitar que tenha prejuízo e, o que é mais grave, que o produto se perdesse. Estamos falando de produtos perecíveis", resumiu.

Medidas de mitigação

A compra de produtos é uma das medidas anunciadas pelo Governo do Estado para mitigar os impactos do tarifaço de Trump. Nessa quarta-feira (6), foram divulgadas outras ações, como a antecipação do pagamento de créditos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tributo estadual com maior arrecadação e concessão às empresas de auxílio financeiro, nos moldes da Lei de Responsabilidade Fiscal, e incentivos fiscais por meio do Fundo de Desenvolvimento Industrial do Ceará (FDI).

As medidas foram aprovadas por unanimidade, em regime de urgência, na quarta-feira (6), na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece).

Com informações do Diário do Nordeste

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