quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Pesquisa da Universidade Federal do Ceará aponta que dormir em rede ajuda bebês prematuros internados a ganhar mais peso

Foto Reprodução 
O uso de redes de dormir em unidades de saúde neonatal já é uma técnica comum no Ceará e em outros locais do Nordeste para ajudar o recém-nascido a relaxar. 

Mas um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) mostrou que o benefício da chamada redeterapia vai além, com impacto positivo para o ganho de peso, principal marcador de crescimento e desenvolvimento.

Durante os dias ou meses em que está hospitalizado, o bebê prematuro passa por manipulações — como troca de fralda, banho, pesagem e coleta de exames — que são necessárias, mas podem causar dor e desconforto. Isso provoca estresse e o faz gastar energia, prejudicando o tempo e a qualidade do sono, fatores importantes para o crescimento.

É nesse contexto que técnicas não farmacológicas como o uso de rede de dormir e a hidroterapia (imersão em água aquecida) são utilizadas para gerar relaxamento. Apesar de já executarem essas estratégias com alguns bebês, pesquisadores do Curso de Medicina de Sobral decidiram investigar o impacto delas para o aumento do peso desses pacientes.

Mas um alerta dos pesquisadores é que essas técnicas devem ser usadas apenas no ambiente hospitalar, portanto não devem ser usadas em casa por apresentarem riscos se não forem acompanhadas por profissionais de saúde.

A tese da equipe é de que o uso da rede, isoladamente ou associada à hidroterapia, ajuda a simular as características tranquilas do ambiente intrauterino. Com formato côncavo, ela reproduz parcialmente o posicionamento do bebê dentro do útero materno, onde o bebê se sente confortável.

“Durante essas aplicações no ambiente de trabalho, observamos que as crianças que realizavam essas técnicas dormiam mais e com o sono mais profundo. Com isso, relaxavam mais, perdiam menos energia porque choravam menos e passavam a maior parte do tempo dormindo”, explica Jeferson de Sousa Justino, um dos autores do estudo publicado em julho no periódico Jornal de Pediatria, da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Com informações do Diário do Nordeste.

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