O pequeno é filho de Dona Cirani, mulher que foi ví.tima de feminic.ídio cometido pelo próprio companheiro em 16 de fevereiro de 2025. Desde então, os filhos enfrentam uma dura batalha pela sobrevivência. Eles vivem uma vida difícil, marcada pela falta da mãe, em condições precárias e com poucas perspectivas de recomeço.
No vídeo ele aparece sujo, descalço e chorando, dizendo que, se a mãe ainda estivesse viva, ele não estaria naquela situação. “Se minha mãe tivesse viva, eu não estaria sujo.”
A frase, dita com a pureza e a dor de uma criança, tem escancarado a dura realidade por trás da vio.lência doméstica.
O vídeo mostra não só a dor, mas também o abandono que muitas crianças enfrentam após perderem suas mães para a violência. A imagem do menino representa milhares de órfãos do feminicídio no país — crianças que herdam o luto, a saudade e a falta de amparo.
O caso ganhou repercussão nacional após ser mostrado pelo jornalista Willian Vieira, que visitou a comunidade e registrou o cenário de abandono e resistência dessas crianças. Ele deu início a uma campanha solidária para construir uma casa segura e oferecer melhores condições de vida para a família.