quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Luiz Perillo, que recebeu transplante de cinco órgãos, morre aos 35 anos

O arquiteto brasiliense sofreu uma parada cardiorrespiratória
Luiz Perillo, 35, morreu nesta terça-feira (30), uma semana depois de se submeter a um transplante multivisceral. O arquiteto brasiliense recebeu cinco órgãos de um mesmo doador. Segundo o g1, ele sofreu uma parada cardiorrespiratória após apresentar um quadro de infecção na recuperação do primeiro ciclo do procedimento cirúrgico.

O comunicado da morte foi feito pela família de Perillo nas redes sociais. "Que o senhor te receba de braços abertos. Você lutou bravamente. Te amarei para sempre. Descanse em paz", escreveu um familiar nos 'Stories' do Instagram do arquiteto.

Perillo passou quatro anos na fila de espera do Sistema Único de Saúde (SUS) até conseguir um doador compatível para estômago, pâncreas, fígado, intestino e rim. A cirurgia foi feita há uma semana, em São Paulo.

Devido à longa espera, o arquiteto teve complicações. E uma delas ocorreu ainda antes do transplante, quando ele teve um quadro infeccioso e passou mais de uma semana internado.

Foi essa situação, inclusive, que fez com que ele passasse para uma fase emergencial do tratamento e fosse submetido logo ao transplante.

Isso porque ele descobriu que os acessos para que continuasse se alimentando e fazendo hemodiálise estavam em risco devido à trombofilia — doença que causou a perda dos órgãos.

Trombofilia
Perillo tratava uma trombofilia, descoberta ainda jovem. A doença causa formação de coágulos pelo corpo e comprometeu uma veia fundamental para o sistema digestivo, o que levou os órgãos do arquiteto à falência.

Desde 2021, o brasiliense passou mais de dois anos internado ininterruptamente, dependente de nutrição parenteral por 13 horas diárias e de três sessões semanais de hemodiálise. Nesse período, ele chegou a pesar apenas 34 quilos.

Transplante multivisceral
O transplante multivisceral, a que Perillo foi submetido, só foi incorporado ao SUS em fevereiro deste ano. O tratamento pode custar até dez vezes mais que um transplante convencional e pode ser feito por apenas cinco hospitais no País.

Diário do Nordeste

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