quarta-feira, 13 de julho de 2022

Anitta pede a Lula para legalizar maconha em live com Filipe Rett

A cantora Anitta defendeu a legalização da maconha durante uma transmissão ao vivo com o rapper Filipe Rett. Para apoiar essa pauta política, ela também pediu ajuda a Lula, o pré-candidato do PT à Presidência em quem ela já anunciou que vai votar recentemente.

"Acho que proibir as drogas não faz com que as pessoas parem de usar. Em vez de estarem colaborando com essa guerra na favela que só mata o pobre, gente que não tem nada a ver com isso e só deixa rico esse povo que não paga imposto e que lava dinheiro, tinha que virar empresa, gerar emprego", disse a cantora. "Eu sou a favor de virar tudo empresa legalizada", concluiu ela.

As declarações foram feitas na ocasião da live de lançamento do clipe da música "Tudo Nosso", feita em parceria com Rett, nesta terça (12), pelo Instagram.

Segundo a cantora, seria preciso vender a droga com as advertências dos seus prejuízos à saúde. "[Tem que] colocar igual no cigarro: Se fumar, acontece isso e isso. Quer se foder? Então se fode aí. Se beber, acontece isso e isso. Quer se foder, então vai. Cada um com seu direito. A mulher quer abortar, aborta."

Ela ainda pediu ajuda ao candidato e líder nas pesquisas eleitorais, o ex-presidente Lula. "Será que o Lula apoia isso, gente? Apoia essa legalização aí para nós", disse ela, se dirigindo ao político.

Anitta ainda afirmou que já experimentou maconha em Los Angeles, onde a droga é legalizada, mas disse que não gostou. "Isso me dá um negócio estranho, eu fico me sentindo meio lesada. Não consigo falar, mas minha cabeça fica com vários pensamentos e isso me dá muita agonia", disse Anitta. "O único negócio que eu faço é beber", afirmou ela em seguida, mostrando uma taça à câmera.

Primeiro bate e depois resolve consolar, diz irmã de petista morto sobre ligação de Bolsonaro

Uma das irmãs de Marcelo de Arruda, Luziana de Arruda criticou nesta quarta-feira (13) o uso político do vídeo de seus irmãos conversando com Jair Bolsonaro (PL) e disse que o presidente só se compadeceu da vítima após declarações minimizando o caso.

Luziana reprovou declarações do presidente e do vice, Hamilton Mourão e disse que resolveram consolar a família devido às proporções que o caso tomou.

"[O vídeo da conversa com os irmãos] Foi usado para cunho político, quando as declarações do senhor presidente da República e do seu vice não foram as declarações legais", disse.

Marcelo de Arruda foi assassinado a tiros pelo policial penal bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho após ele invadir sua festa de aniversário com temática do PT. Jorge também foi baleado e está internado em estado grave.

O presidente criticou a violência de "petistas" que chutaram a cabeça de Jorge, após a troca de tiros com Marcelo. Ferido, no chão, foi alvo de chutes de convidados que estavam na festa do militante do PT.

Bolsonaro disse ainda esperar a conclusão da investigação "para a gente ver que teve problema lá fora, onde o cara que morreu, que estava lá na festa, jogou pedra no vidro daquele cara que estava com o carro do lado de fora". "Depois, ele voltou e começou o tiroteio lá e morreu o aniversariante."

Mourão minimizou o caso ao falar que ocorre "todo final de semana", com "gente que provavelmente bebe e aí extravasa as coisas".

"De repente eles resolvem se compadecer da nossa família, resolvem querer nos ouvir", disse. "Acho que ele viu que a coisa tomou proporção gigantesca e resolveu voltar atrás das palavras."

"Depois que bate ele resolve consolar. A mesma mão que pune é a mesma mão que afaga?", disse.

Ela também criticou o modo como o vídeo foi divulgado. "Para nós foi um choque o que aconteceu e ver daquele jeito a divulgação do vídeo", disse.

Luziana, 44, é a caçula dos sete irmãos e era bastante próxima de Marcelo. Ela disse que ainda não conversou com os irmãos sobre o episódio.

A ligação por vídeo foi feita pelo deputado bolsonarista Otoni de Paula (MDB-RJ), que esteve na casa de um dos irmãos de Marcelo, com o aval de Bolsonaro, para intermediar a conversa. Segundo ele, o presidente conversou com dois irmãos do petista assassinado: José e Luiz de Arruda.

Luiz disse à reportagem nesta quarta que a família ainda não tomou nenhuma decisão sobre o convite de Bolsonaro para visitar o Palácio do Planalto na quinta (14) e participar de uma entrevista coletiva.

A reportagem apurou que entre parte dos familiares esse pedido sofre muita resistência. Segundo relatos, a viúva de Marcelo, Pâmela Suellen Silva, teria decidido participar apenas se fosse em uma coletiva aberta, onde ela pudesse falar livremente.

Ela disse ter ficado surpresa com o telefonema do presidente aos irmãos de Marcelo, que não estavam na festa. "Absurdo, eu não sabia", afirmou ao UOL.

Ao Globo ela disse que Bolsonaro está usando a situação politicamente. "Acredito que Bolsonaro está preocupado com a repercussão política, porque, tanto no vídeo que fez no cercadinho como no que conversa com os irmãos do Marcelo, Bolsonaro diz que estão tentando colocar a culpa nele."

A reportagem tentou contato diversas vezes com Pâmela, sem resultado.

Anteriormente, o filho de Marcelo, Leonardo de Arruda, 26, havia dito à Folha de S.Paulo que a família está incomodada com a tentativa de responsabilizar Marcelo pelo caso.

"O ódio não está em mim, na nossa família. A gente estava comemorando, não foi a gente que procurou isso. Não foi a gente que matou. A gente não odeia ninguém", afirmou.

Luva de Pedreiro entrega própria camisa após não conseguir dar autógrafo

O influenciador Luva de Pedreiro passou por uma situação inusitada. Ao não conseguir dar um autógrafo para seu fã, ele não pensou duas vezes e tirou a própria camisa para entregar para o garoto.

Iran Ferreira estava em um shopping e alguns fãs o abordaram. O primeiro conseguiu que o influenciador assinasse seu tênis, mas o segundo não teve a mesma sorte. O garoto foi pedir para Luva autografar sua camiseta, mas como ela era de uma cor próxima a da caneta a tinta não pegou.

Na mesma hora em que percebeu que não seria possível assinar, Iran falou: "Vou te dar uma camiseta". O menino não acreditou no que estava acontecendo e ficou dizendo: "É mentira isso. Calma que eu vou passar mal".

Na sequência, Luva entregou a camisa que havia acabado de tirar e o garoto logo a abraçou. A camiseta entregue foi a que o influenciador havia ganhado do Renan Lodi, lateral do Atlético de Madri.

Depois de passar o choque pela situação, o menino agradeceu Iran e vestiu o presente.

PMs candidatos batem recorde em SP e miram voto bolsonarista

A corrida eleitoral deste ano em São Paulo terá o número recorde de 80 policiais militares da ativa, entre praças e oficiais, que tentarão vaga na Assembleia Legislativa paulista ou na Câmara dos Deputados.

Esses PMs representam mais da metade dos ao menos 135 integrantes das forças de segurança que disputarão o pleito em 2022.

Em 2018, quando o país passava por uma guinada conservadora e que levou, por exemplo, o major Olímpio Gomes (na época, pelo PSL) ao Senado com 9 milhões de votos, foram 73 praças e oficiais que pediram afastamento da corporação para concorrerem.

Dez anos atrás, em 2002, foram 34, contra 49 em 2006, 33 em 2010 e 40 em 2014, segundo dados da PM paulista.

A simpatia das forças policiais é disputada pelos candidatos ao governo paulista, uma vez que, além dos mais de 100 mil policiais, há familiares, conhecidos e diversos setores da população influenciados pela categoria.

No caso de candidatos policiais, então, há ainda a vantagem de que necessariamente farão campanha colada a algum candidato ao governo do estado.

Em São Paulo, há aversão desse grupo pelo PSDB, apontado como culpado pelos salários considerados insatisfatórios. Por outro lado, existe simpatia à figura de Jair Bolsonaro (PL) e também a Tarcísio de Freitas (Republicanos), pré-candidato do presidente ao governo paulista.

Inclusive, há relatos de policiais fazendo campanha para o candidato ao Governo de SP de Bolsonaro até dentro dos quartéis.

Visando esse grupo, Tarcísio tem prometido reavaliar o uso das câmeras dos uniformes dos policiais que, segundo ele, não podem ser visto como suspeitos.

Já a administra estadual e Rodrigo Garcia (PSDB) têm feito diversos acenos a este grupo, que vão do aumento de salário a compra de equipamentos.

A disputa neste pleito ganha ares de uma disputa particular porque, diante de um cenário menos favorável do que quatro anos atrás, os novos candidatos precisarão disputar votos entre si e, também, com outros policiais eleitos, com equipes de campanha já estruturadas há tempos.

Entre os neófitos está o capitão Rafael Telhada que tem no currículo ser filho do deputado estadual Coronel Telhada. O pai, ex-comandante da Rota (tropa de elite da PM), deve concorrer à Câmara de Deputados e, Telhadinha, como é conhecido, à Assembleia. Ambos são filiados ao Progressistas.

"Agora é hora de saber se realmente se as pessoas reconhecem o trabalho da gente, ou não. [...] Espero que as pessoas transfiram esse carinho, esse apoio ao meu trabalho para a pessoa do meu filho também", disse o deputado.

Ele afirma esperar por uma eleição mais difícil por conta do grande número de candidatos e, também, pelos ataques dos concorrentes.

"É aquela situação. Cada um corre atrás do seu prejuízo. Porque muita gente não tem história e, em vez de apresentar uma proposta, apresentar o que fez, fica apontando o dedo para os outros e criticando. Acho que isso não tem resultado, porque as pessoas estão de saco cheio disso", afirmou ele.

De acordo com levantamento feito pelo jornal Folha de S.Paulo no "Diário Oficial" do Estado, ao menos 16 mulheres policiais vão concorrer a uma vaga no parlamento -ou cerca de 20% do contingente de candidatos da ativa. Entre elas está Fátima Aparecida dos Santos de Souza, conhecida como Pérola Negra.

Mulher negra e mãe de cinco filhos, ela concorreu em 2018 ao governo paulista como vice do major Costa e Silva (Democracia Cristã).

Outro candidato pela PM é o tenente Flávio Gonçalves da Costa, o tenente Bahia. Em 2019, o oficial viveu uma tragédia particular ao perder a mulher, a enfermeira Jéssica Victor Guedes, no dia do casamento.

Ela estava grávida de seis meses, passou mal na porta da igreja, e foi submetida a um parto de emergência. A criança (Sophia) foi salva, mas a mãe morreu após o procedimento.

O policial se tornou, depois disso, militante na defesa dos direitos da mulher, das mães e de crianças, em especial as prematuras.

"Sou militar, mas eu não sou da política da bala. Na verdade, eu trago coisas de cunho social. Projetos que efetivamente vão valer a pena na vida de uma pessoa", disse o oficial, que se diz bolsonarista, que tem atualmente mais 500 mil seguidores só no Instagram.

Para Rafael Alcadipani, professor da área de segurança da FGV (Fundação Getulio Vargas), as candidaturas têm impacto negativo para a corporação.

"Eu considero que nenhuma polícia do mundo tem tantos candidatos. A lei no Brasil é muito fraca e favorece a politização partidária das polícias. Hoje, o policial sai para ser candidato e pode voltar à instituição gerando grande politização das fileiras", diz ele, que defende a aprovação de uma lei de quarentena para que o policial pudesse ser candidato.

Alcadipani disse, ainda, que "as instituições, que deveriam ser de Estado, estão sendo instrumentalizadas pela política partidária."

A Polícia Civil terá, segundo dados da Secretaria da Segurança, 24 policiais na disputa ao parlamento estadual e federal.

Um dos destaques é o delegado Carlos Alberto da Cunha, conhecido como delegado Da Cunha, um fenômeno nas redes sociais com mais de 3,7 milhões de inscritos, só no Youtube.

Ele ganhou fama com a divulgação nas redes sociais de operações policiais. Depois de manifestar intenção de candidatar-se ao governo de SP, tentará uma vaga como deputado federal.

Entre os delegados também há uma disputa particular entre representantes de classe. O delegado Gustavo Galvão Bueno, presidente da Associação dos Delegados, disputa uma vaga como deputado estadual, assim como a presidente do Sindicato dos Delegados, Raquel Gallinati.

As eleições deste ano terão, ainda, oito policiais penais -nova denominação para os agentes penitenciários. Esse é um candidato a menos do que em 2018. Um dos concorrentes é o sindicalista conhecido como Fábio Jabá (PSB), um dos raros agentes ligados à esquerda.

Jabá diz que, embora não negue o perfil ideológico diferente do resto da própria categoria, sua ideia como pré-candidato é focar nas questões relativas aos agentes, que não são representados pelos policiais hoje eleitos. Ele acredita que os colegas irão reconhecer o trabalho dele como sindicalista.

"A grande maioria é de direita, mas nossa categoria viu que o sindicato funcionou."

De acordo com a Prefeitura de São Paulo, até a última sexta-feira (8), três guardas municipais haviam solicitado afastamento para concorrer às eleições. Em 2018, foram 12 e, em 2014, foram 8.

Cresce consumo de bebida e drogas por adolescentes; cai uso de preservativo

Mesmo antes da pandemia, os jovens brasileiros já estavam mais vulneráveis, se cuidando menos e se expondo mais a riscos, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (Pense), divulgada na manhã desta quarta-feira, 13, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nos últimos dez anos, houve um aumento no consumo de álcool e drogas e uma redução significativa no uso de preservativos nessa faixa etária.

O trabalho comparou os dados das quatro edições da pesquisa, 2009, 2012, 2015 e 2019. Foi feito com alunos do 9º ano do ensino fundamental (entre os 13 e os 17 anos) das redes pública e privada em todas as capitais brasileiras. Envolveu 159 mil pessoas. Embora tenha sido feito antes da crise da covid-19, o trabalho já indica uma crescente vulnerabilidade entre os adolescentes, que pode ter aumentado depois da crise sanitária.

A experimentação de bebida alcoólica cresceu de 52,9% em 2012, para 63,2% em 2019. O aumento foi mais intenso entre as meninas (de 55% para 67,4% no mesmo período) do que entre os meninos (de 50,4% para 58,8%). O consumo excessivo de álcool (quatro doses para as meninas, e cinco para os meninos, em um mesmo dia) também aumentou. Foi de 19% em 2009 para 26,2% em 2019 entre eles e de 20,6% para 25,5% entre elas. A experimentação ou exposição ao uso de drogas cresceu em uma década. Foi de 8,2% em 2009 para 12,1% em 2019.

Alerta sobre saúde mental entre os jovens

A saúde mental dos jovens em 2019 - portanto antes da pandemia e do isolamento social - já era considerada preocupante, sobretudo entre as meninas. Pelo menos 45,5% delas (contra 22,1% deles) relataram a sensação de ninguém se preocupar consigo. Mais grave ainda, 33,7% delas (contra 14,1% deles) disseram sentir que a "vida não vale a pena".

"Calcula-se que 50% dos transtornos mentais dos adultos começam antes dos 14 anos, na adolescência, uma época de intensidade emocional, maturação do cérebro e descontrole emocional, que pode trazer à tona problemas", afirmou o gerente da pesquisa, Marco Antonio de Andreazzi. "E a pandemia afetou isso de maneira muito séria, o impacto ainda será verificado nos próximos anos."

Como mostrou o Estadão, escolas públicas e particulares têm visto episódios de crises de ansiedade e dificuldades dos alunos com a retomada de aulas presenciais, após longo período de pouco convívio social imposto pela quarentena anticovid.

Insatisfação com o corpo

De 2009 a 2019, cresceu o número de estudantes insatisfeitos com o corpo. Entre os que reclamavam de serem gordos e muitos gordos, passou de 17,5% para 23,2% em 2019. Já entre os que se consideravam magros ou muito magros, a taxa era de 21,9% e chegou a 28,6%.

"As estimativas da série histórica revelaram algumas tendências, no que se refere a comportamentos de risco entre adolescentes, tais como insatisfação com a imagem corporal, uso de preservativos, consumo de alimentos não saudáveis, cigarro, álcool, outras drogas, saúde mental", sustenta o trabalho.

"Ou seja, ainda que os resultados se refiram a uma realidade pregressa (à epidemia), esta já evidenciava comportamentos de vulnerabilidade dos escolares brasileiros, profundamente intensificados pela pandemia. Esse cenário demanda intervenções urgentes."

O porcentual de escolares que sofreram agressão física por um adulto da família teve aumento progressivo no período, passando de 9,4%, em 2009, para 11,6% em 2012 e 16% em 2015. Em 2019, houve uma mudança no quesito e 27,5% dos escolares relataram ter sofrido alguma agressão física cujo agressor tenha sido o pai, mãe ou responsável. Já 16,3% dos escolares sofreram agressão por outras pessoas.

Entre 2009 e 20019, caiu de 72,5% para 59%, o porcentual de estudantes que tinham usado camisinha na última relação sexual. Mais uma vez, a situação foi mais preocupante entre as meninas. Caiu de 69,1% para 53,5%. Entre os meninos, a queda foi de 74,1% para 62,8%.

A boa notícia ficou por conta do alcance da internet. O porcentual de alunos que relataram dispor de acesso à rede em casa chegou a 93,6% em 2019. Foi um aumento de 76,8% desde 2009.

Nesse quesito, a diferença entre estudantes de escola pública e privada, que era grande, despencou 36,2 pontos porcentuais no período. Em 2009, os alunos de escolas públicas que tinham internet em casa eram 43,9%. Dez anos depois, esse índice chegou a 91,6%.

Veja alguns pontos de atenção sobre a saúde dos jovens:

Riscos do álcool. O álcool repercute na neuroquímica de áreas cerebrais ainda em desenvolvimento, associadas a habilidades cognitivo-comportamentais, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Isso resulta em desajuste social e atraso na aquisição de habilidades próprias da adolescência.

Como abordar. Para a SBP, é preciso que os pais tenham diálogo aberto com os filhos e estabeleçam normas claras. Por exemplo, proibir a oferta e o consumo de bebidas alcoólicas em festas de aniversário que tenham a participação de crianças e adolescentes e evitar a glamourização das "bebedeiras" nas festas de família.

Presença é prevenção. Estar presente na vida dos filhos é um dos fatores de prevenção contra o uso de drogas. Para a SBP, é preciso que os pais tenham conhecimento do que as crianças e adolescentes fazem no tempo livre. Além disso, momentos juntos, como os das refeições, são importantes para o compartilhamento de pensamentos e atitudes.

Saúde mental. Para identificar sinais de transtornos mentais, é preciso estar atento a alterações de comportamento, como crises de choro e acessos de raiva. Sinais como cansaço, queda da concentração e exageros nos padrões alimentares (comer muito ou comer muito pouco) também devem ligar o alerta. Em caso de dúvida, busque um profissional (psicólogo ou psiquiatra).

Sexo protegido. Sobre as relações sexuais na adolescência, é preciso que os pais conversem com seus filhos sobre o assunto. Casos de repercussão na TV ou nas mídias sociais podem ser ganchos para trazer o assunto à tona e ouvi-los. Se os pais não se sentem confortáveis, podem pedir ajuda a um especialista. O pediatra, por exemplo, deve apresentar os métodos contraceptivos e enfatizar a necessidade do uso de preservativo.

Papa nomeia mulheres para conselho do Vaticano pela 1ª vez na história

O papa Francisco nomeou três mulheres, duas freiras e uma advogada para fazer parte de um dos principais conselhos do Vaticano que, entre outras funções, aconselha na escolha dos bispos ao redor do mundo. É a primeira vez na história que mulheres participam do grupo.

A nomeação ocorreu nesta quarta-feira (13). As escolhidas foram Raffaella Petrini, vice-governadora da Cidade do Vaticano, Yvonne Reungoat, freira e ex-superior geral de uma ordem religiosa e Maria Lia Zervino, presidente da União Mundial da Igreja Católica Organizações de Mulheres.

Outros 11 novos membros, entre cardeais, bispos e padres, também foram designados para o conselho, em mandatos que duram cinco anos. O grupo se reúne duas vezes ao mês para discutir a indicação de novos bispos.

Em entrevista no mês passado, o papa Francisco já havia manifestado o interesse em colocar mulheres na instância decisória do Vaticano. “As coisas estão se abrindo um pouco”, disse à agência de notícias Reuters.

Anteriormente, o pontífice nomeou outras mulheres para diferentes departamentos do Vaticano, como a Irmã Alessandra Smerilli, número dois do escritório de desenvolvimento que trabalha com questões de justiça e paz — e Nathalie Becquart, co-subsecretária do Sínodo dos Bispos.

Metrópoles

Fenômeno raro: Sete trombas d’água aparecem simultaneamente sobre oceano

Sete trombas d’água se formaram ao mesmo tempo sobre o oceano, entre os municípios de Kustav e Pyhämaa na Finlândia. Esse é um fenêmeno raro. O momento foi compartilhado pela Guarda Costeira do país em seu perfil no Twitter.

Tromba d’água é um fenômeno meteorológico caracterizado por uma coluna de ar giratória sobre um corpo de água que condensa o vapor e sempre está associado a nuvens de tempestade.

Equipe conta como conseguiu flagrar anestesista que estuprava pacientes durante partos

Celular estava escondido - Foto: Divulgação
A equipe médica que registrou em vídeo o momento em que o anestesista Giovanni Quintella, 32, estuprava uma paciente que estava sedada dando à luz, contou à polícia detalhes de como conseguiu organizar o flagrante.

As profissionais contaram que pediram a troca da cirurgia, que era a terceira daquele dia, para outra sala onde conseguiram colocar o celular em um armário de vidro fumê com a câmeras ligada, sem que Giovanni percebesse.

Elas contam que já estavam desconfiadas do profissional pelo fato de ele anestesiar totalmente as pacientes sem necessidade alguma e de sempre criar uma barreira para que a equipe não visse o rosto da vítima.

Movimentos estranhos, comportamento defensivo e outras condutas estranhas como o olhar dele intimidando a equipe sempre que alguém chegava perto já tinham chamado a atenção de todos. Então, os integrantes da equipe decidiram filmar o procedimento para saber se estavam certos.

Ao final da cirurgia, eles ficaram chocados ao assistir a cena do anestesista colocando o pênis na boca da mulher desacordada. Imediatamente a polícia foi chamada e Giovanni acabou preso dentro do hospital.

Além da paciente que aparece no vídeo do último domingo (10), ao menos outras cinco também podem ter sido vítimas do médico.

Fome atravessa gerações de famílias: 'às vezes, não tenho nem R$1 para comprar pão'

São 12 pessoas vivendo com uma renda que não dá nem pra 4
Concretizou-se o temor de algumas gerações, que já sofreram com a privação de alimentos, de ver filhos e netos na mesma situação
Se tem uma coisa que passa de geração pra geração, é a vontade de uma vida melhor. Se seu avô já passou necessidade, teve algum tipo de privação, certamente a luta dele foi para que seu pai não passasse pela mesma coisa. Isso tudo pra construir um caminho melhor pra você. Quando a privação é de alimento então, a vontade de uma vida melhor para geração futura é ainda maior. Mas nem sempre é possível romper esse ciclo.

Quando lá na década de 1950, Carolina Maria de Jesus disse que “o maior espetáculo do pobre da atualidade é comer” esperava-se que a tal atualidade fosse breve e que, sobretudo, não se repetisse. Mas hoje, em 2022, comer ainda é, infelizmente, espetáculo pra muita gente. Quem passou necessidade no passado, não sonhou com esse futuro para as gerações que viriam. 

Aos 61 anos, dona Dinalva Alves dos Santos Vieira, vê a fome bater de novo à porta. E, desta vez, a porta é da casa onde estão ela, o marido, a irmã, o filho, a nora e 7 netos. Uma situação desoladora.

“A gente fica triste. Eu fico pensando na vida. Deus sabe que é muito triste.  Eu tento ajudar, mas eu não tenho condições para ajudar, né?  Aí meu neto chega aqui e fala: ‘eu tô com fome,  eu quero pão’. Eu fico com dó de ver os meninos com fome. Às vezes, eu saio e não tenho nem R$1 para comprar pão para ele”, disse, emocionada. 

Toda a família vive em um barracão na Vila Frigodiniz, em Contagem, com a renda do marido de dona Dinalva, além de um benefício do Auxílio Brasil. São 12 pessoas vivendo com uma renda que não dá nem pra 4. Com todos os adultos desempregados, o jeito é viver de ajudas e doações.

“Falta para mim, mas como eu não posso deixar os meninos com fome, eu com eles para pegarem um pacote de arroz, um pacote de açúcar, um litro de óleo, água, arroz e feijão… Não tem negócio chique não. A gente não tem condições”, relatou. 

Apesar das privações, o jeito é correr atrás de uma saída. Alguma porta que leve a mais dignidade, mais garantias, mais alimento. Mas o caminho não tem sido fácil. “Eu falo com meu filho: ‘vai arrumar um bico’.  Ele anda, anda, anda… Ele já está ficando ‘doido’. Aí eu fico preocupada. Eu fico sem dormir preocupada com os menino que estão com fome, preocupada com as coisas que vão faltar. E eu que luto”, lamentou.

E ela segue viva em busca de um futuro melhor para os netos. Como Carolina Maria de Jesus, que escreveu: “De manhã eu estou sempre nervosa. Com medo de não arranjar dinheiro para comprar o que comer”, dona Dinalva busca ajuda onde pode. “Eu chego  e falo:  ‘você não tem nada para me dar para levar para meus netos não?’ Aí quando tem as coisas, as meninas me dão uma cesta básica  ou qualquer coisa né”, contou. 

Mesmo com essa ajuda, a fome está ali, sempre à espreita. E, com uma frequência insuportável para qualquer avó, ela se manifesta nos pedidos dos netos. “O pequenininho fala: ‘ô, vó, estou querendo um biscoito. E eu respondo: ‘como é que eu compro?’ Eu fico com dó, mas não tenho condições”, disse.

Essa mesma falta de condições atinge milhares de outras famílias para além do barraco humilde onde vive dona Dinalva e os 11 parentes. E todos sofrem de um problema muito maior do que a falta de comida. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura no Brasil, desde o final de 2018, o problema do país não é de escassez de alimentos como outras partes do mundo, mas sim de desigualdade.

Desigualdade que gera fome e destrói sonhos. Desde os de Carolina Maria de Jesus, lá em 1950, quando ela disse: “Eu cato papel, mas não gosto. Então eu penso: faz de conta que eu estou sonhando”, até os de dona Dinalva, em 2022.  “Fico pensando o que que eu posso fazer…  Se eu pudesse ajudar, eu ajudava. Eu não tenho. Hoje tem, mas amanhã não tem”, finalizou.  

Hoje tem, amanhã não tem.  Quais os prejuízos disso para adultos e crianças? E vai ser assim até quando? É o que a reportagem busca  responder a partir de amanhã (14).

Maior superlua do ano é nesta quarta-feira

É possível ver o satélite natural da Terra em sua fase mais brilhante a olho nu
A partir das 17h30 desta quarta-feira (13), a maior superlua de 2022 poderá ser vista no céu. Será uma ótima oportunidade de conferir o satélite natural da Terra em sua fase mais brilhante. Com condições de tempo adequadas, ou seja, poucas nuvens no céu, vai ser possível ver o fenômeno a olho nu.

O termo superlua foi criado pelo astrólogo Richard Nolle em 1979, mas não há regras oficiais para classificá-las. Ela ocorre quando a Lua cheia coincide ou está bem próxima ao perigeu, momento em que ela mais se aproxima da Terra, e parece até 15% maior e 30% mais brilhante.

Segundo Nolle, a Lua cheia precisa ocorrer até 24 horas (antes ou depois) do momento do perigeu: nesta quarta, o satélite estará a 357.418 km da Terra (a distância mais próxima em 2022) e o perigeu ocorre às 6h08. 

O fenômeno tem relação com a órbita da Lua ao redor da Terra, que, em razão de influências gravitacionais, não é um círculo perfeito, mas sim uma elipse. Isso faz que ela se afaste e se aproxime de nosso planeta durante a movimentação. O ponto em que a Lua fica mais distante é o apogeu e o que ela fica mais próxima é o perigeu.

Esse processo ocorre todos os meses, já que a Lua demora cerca de 28 dias para dar uma volta completa na Terra. O perigeu pode ocorrer em qualquer uma das fases, mas se coincide com a Lua cheia apresenta uma superlua. Já a Lua cheia no apogeu é uma microlua.

Como observar
A superlua vai surgir a leste enquanto o Sol se põe a oeste. Em alguns casos, vai ser possível acompanhar os dois fenômenos, um de cada lado. Embora a primeira hora após a aparição seja o melhor momento para observá-la, a superlua ficará visível durante toda a noite. Logo após o nascimento da Lua no céu, ela pode mostrar tonalidades amarelada, alaranjada ou até avermelhada, graças à interação com a atmosfera.

Além disso, enquanto está próxima ao horizonte, parece ser maior em razão da perspectiva com referenciais terrestres, como prédios e árvores. Quando ficar mais alta no céu, estará igualmente ou mais brilhante — mas parecerá menor a olho nu.

Na noite de quinta-feira (14) também vai ser possível observar o satélite natural da Terra com 100% de iluminação. Ela deve surgir um pouco mais tarde no céu, por volta de 18h40. Veja, a seguir, quando ocorrem as próximas Luas cheias de 2022:
  • 11/8: Lua do Esturjão (superlua)

  • 10/9: Lua da Colheita

  • 9/10: Lua do Caçador

  • 8/11: Lua do Castor

  • 8/12: Lua Fria

Observatórios brasileiros farão eventos para destacar o fenômeno. O Planetário do Rio de Janeiro (RJ) e o Observatório Municipal de Campinas Jean Nicolini (SP), por exemplo, terão telescópios e orientações de astrônomos.