sábado, 6 de agosto de 2022

Mais um secretário está deixando o governo Izolda

O secretário executivo da Secretaria de Cidades, Paulo Henrique Lustosa, está deixando o governo Izolda. Foi atropelado pela crise interna com o PP, seu partido.

O secretário Marcos Cals convidou o ex-prefeito de Russas, o agrônomo Weber Araújo, para o cargo.

Com Roberto Moreira

Roberto Cláudio, Domingos Filho e Amarílio Macedo recebem apoio de vereadores e lideranças políticas de Fortaleza

O candidato Roberto Cláudio (PDT) esteve reunido, na noite desta sexta-feira (05.08), ao lado do candidato a vice-governador Domingos Filho e do candidato a senador Amarilio Macedo, com 177 vereadores e suplentes de vereadores de Fortaleza. 

A reunião marcou o início da mobilização de um grupo de lideranças que somaram, na última eleição na Capital, mais de 506 mil votos.

“Estamos trazendo para a campanha quem realmente conhece a alma e o povo de Fortaleza. Desde que Roberto Cláudio iniciou sua gestão, foram essas as lideranças que trabalharam,  trazendo as demandas e fazendo o melhor pelo nosso povo”, disse o vereador Antonio Henrique, presidente da Câmara Municipal de Fortaleza.

O ex-prefeito Roberto Cláudio destacou o trabalho que foi feito em Fortaleza, durante os seus dois mandatos, “graças a histórias que construímos juntos. Eu vejo no rosto de vocês, o espelho da luta de que participamos para atender os sonhos e as necessidades da nossa gente, da população mais carente de Fortaleza, no tempo em que estávamos na Prefeitura e, ao lado de cada um de vocês, buscamos sentir o coração do nosso povo”, disse Roberto Cláudio, destacando que, agora, “o desafio é trabalhar com muita dedicação para fazer o melhor por todo o Ceará. 

“Estamos ao lado deste homem fantástico, um empresário com profunda sensibilidade social e humana que é o Amarilio Macedo que será, pela força do povo do Ceará, o nosso próximo senador da República. Estamos junto com este grande líder que é o Domingos Filho, um homem que conhece a alma da gente cearense, a partir lá do interior e que me acompanhará nesta jornada. E nós vamos rumo à vitória, pelo bem do nosso Ceará”, concluiu Roberto Cláudio.

Por Roberto Moreira

Saiba quem são os candidatos a governador e vice no Ceará

Conforme estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as convenções partidárias c nesta sexta-feira (5)
Conforme estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as convenções partidárias começaram no dia 20 de julho e terminaram nesta sexta-feira (5). Essas reuniões são fundamentais para a definição das concorrências dos partidos políticos. Sendo assim, todos os candidatos para os governos estaduais estão definidos. A seguir, confira quem são os candidatos para governador e vice no Ceará.

O pleito contará com a disputa entre:

-Capitão Wagner (União Brasil) e Gomes de Matos (PL)
O deputado federal Capitão Wagner (União Brasil) realizou convenção nesta sexta-feira (5), em um centro universitário em Fortaleza, para oficializar a candidatura a governador. Na solenidade, o presidente do UB no Ceará confirmou o ex-deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PL) como candidato a vice-governador.
-Roberto Cláudio (PDT) e Domingos Filho (PSD)
O PDT aprovou em convenção estadual, no dia 24 de julho, a candidatura de Roberto Cláudio ao Governo do Ceará e de Domingos Filho (PSD) a vice-governador da chapa nas eleições de 2022. A oficialização aconteceu em convenção do partido, realizada em uma quadra de uma escola particular em Fortaleza.
-Elmano de Freitas (PT) e Renata Almeida (MDB)
Após romper a aliança de 16 anos com o PDT no Ceará, o PT oficializou Elmano de Freitas como candidato do partido ao Governo do Ceará e Renata Almeida foi anunciada como candidata a vice.
E partidos de esquerda com menor expressão na cena política atual, também lançaram suas candidaturas para o Governo do Ceará neste ano. Os nomes dos candidatos são: Chico Malta (PCB), Serley Leal (UP) e Zé Batista (PSTU).

Com GCMais

Mais de 23 milhões de eleitores estão aptos a votar

Votação será realizada no dia 2 de outubro
Mais de 156,45 milhões de pessoas estão aptas a votar no próximo dia 2 de outubro, quando os brasileiros começarão a escolher o próximo presidente da República, além dos futuros governadores, senadores e deputados federais, estaduais e distritais. Neste universo heterogêneo de cidadãos, ao menos 23,34 milhões de eleitores e eleitoras atenderão ao compromisso cívico por vontade própria, já que não são obrigados a votar.

A Constituição Federal estabelece o voto facultativo, ou seja, opcional, para os jovens de 16 e 17 anos de idade; pessoas com 70 anos ou mais e também para analfabetos. Só os eleitores que declaram não saber ler, nem escrever, ultrapassam os 6,33 milhões de pessoas, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Um número que representa cerca de 4% de todas as pessoas em condições legais de votar.

A diarista Maria Sônia Ribeiro da Silva, 50 anos, é uma dessas pessoas. Ainda que, a rigor, sua participação nos pleitos anteriores não tenha sido exatamente espontânea. “Até hoje, eu não sabia que não era obrigada a votar”, reagiu a diarista ao ser informada, pela reportagem, que, na condição de analfabeta, não teria sofrido sanções caso tivesse deixado de votar em eleições passadas. Abolido em 1881, o direito dos analfabetos ao voto só foi restituído em 1985, por meio de uma Emenda Constitucional que garantiu a uma parcela da população que, à época, era ainda maior, o direito a ajudar a escolher seus representantes políticos.

“Eu votava porque achava que era o jeito. Que perderia o título de eleitor, pagaria multa, caso não comparecesse. Até falei com meu marido que, se não fosse obrigatório, eu não votaria mais, porque é sempre a mesma coisa, as mesmas promessas. Por outro lado, também acho importante a gente participar, tentarmos fazer com que o país melhore. Tanto que, agora, sabendo que não sou obrigada, acho que vou repensar e, talvez, continuar indo votar”, destacou a diarista, explicando que costuma se informar sobre política pelos telejornais e conversando com parentes e amigos e na hora de votar, leva consigo uma “cola” com o número dos seus candidatos.

De acordo com o último censo populacional realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, a taxa de analfabetismo entre a população de 15 anos ou mais tinha caído de 13,63%, em 2000, para 9,6%, totalizando 13.933.173 em 2010. Pelos dados disponibilizados pelo TSE, este ano, o maior número de eleitores que se autodeclararam analfabetos no momento do alistamento eleitoral tem entre 70 a 74 anos de idade, superando as 730 mil pessoas.

Jovens e Idosos
Além dos analfabetos, há, entre os dito eleitores espontâneos, 815.063 pessoas com 16 anos de idade e outros 1.301.718 que já completaram 17 anos. Juntos, os dois grupos somam 2.116.781 eleitores. Um número cerca de 50% superior aos 1.400.617 registrados em 2018.

Já o total de eleitores e eleitoras com mais de 70 anos de idade aumentou de 12,02 milhões, em 2018, para 14.893.281, em 2022. Destes, 184.438 têm mais de 100 anos – dentre os quais, 45,4 mil não sabem ler ou escrever.

Favorável à tese de que o voto deveria deixar de ser obrigatório e passar a ser facultativo para toda a população brasileira, o cientista político Antonio Lavareda acredita que o crescente número de pessoas votando sem ser obrigadas indicam um “maior nível de consciência cívica” e de interesse pela política.

“As pesquisas têm demonstrado que as pessoas vêm manifestando um inusual grau de interesse pela política, mais especificamente pelo pleito deste ano. O que pode ser um indicador de que a participação eleitoral pode vir a ser maior que na eleição de 2018, quando a abstenção superou os 30 milhões de eleitores”, disse Lavareda à Agência Brasil.

“O crescimento do número de eleitores com 70 anos ou mais e de jovens com 16 e 17 anos acompanha o manifesto interesse do restante da população pelo pleito deste ano. E será muito bom para o processo democrático se a alienação eleitoral registrada na última eleição for menor”, acrescentou o cientista político ao pontuar que, apesar das poucas pesquisas acadêmicas sobre os eleitores espontâneos, é possível afirmar que, confirmada a hipótese deles serem mais interessados, tendem a ser mais “ideologizados”, tendo preferências mais “articuladas e consolidadas”. “Com isso, quem tende a ser menos beneficiado por estes votos são os candidatos situados mais ao centro do espectro político ideológico”.

Professora e pesquisadora do Centro de Estudos de Opinião Pública (Cesop), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a também cientista política Rachel Meneguello considera que a motivação para o voto espontâneo está associada ao interesse pela política e à percepção da importância de que, em uma democracia representativa como a brasileira, os cidadãos devem assumir a responsabilidade de ajudar a escolher seus líderes políticos.

“As pesquisas mostram que, nos últimos 20 anos, se o voto não fosse obrigatório, não menos que 40% dos eleitores iriam votar. Ainda assim, o eleitorado entende o ato de votar como um ato cívico que faz parte de sua vida política – a ponto de, na redemocratização, após a ditadura militar, [o direito a] votar para presidente em eleições diretas ter sido um dos pontos centrais das campanhas que envolveram grande parte da população”, destacou Rachel.

De acordo com a cientista política, as pesquisas existentes indicam que a maioria dos eleitores que votam por vontade própria possuem maiores escolaridade e renda média, mas também exigem campanhas públicas específicas.

“O acesso à informação geral e à informação política é um fator central para a mobilização política e esses grupos [no geral] têm maior acesso, contudo, dependem mais de campanhas específicas. Neste ano, por exemplo, vimos a campanha do TSE destinada a estimular o envolvimento dos mais jovens”, frisou Rachel, que também espera uma menor abstenção eleitoral para este ano, mas ao contrário de Lavareda, defende a manutenção do voto obrigatório para os demais eleitores.

“Entendo o voto obrigatório como um dever cívico muito positivo. O eleitor deve praticar a responsabilidade pela escolha dos representantes que votam por ele no Congresso, assembleias ou câmaras municipais. O que pode ser aperfeiçoado no caso brasileiro é a organização do sistema partidário, de forma que os partidos de fato consigam organizar a informação política para os eleitores, pois sabemos que a média do eleitoral tem dificuldades em localizar-se no sistema de partidos e definir as escolhas de deputados federais, estaduais e senadores em um sistema partidário fragmentado como é o sistema brasileiro”, explicou.

GCMais

sexta-feira, 5 de agosto de 2022

Estavam mortos e ressuscitaram. Agora vão invadir sua casa

Os políticos que estavam aparentemente enterrados em cova rasa em razão de esquemas de corrupção estão de volta, para assombrar o Estado e o País. Contribuiu para que esses esqueletos ressuscitassem e se habilitassem para disputar a eleição deste ano o recuo dos tribunais.

Era impensável até inicio de 2020 o quadro que se vê hoje.  Eles estão de volta - com a mesma sede de poder, o mesmo discurso enganador, o mesmo desejo de se apossarem das instituições e usufruirem de suas benesses. São, reconhecidamente, predadores do bem público, usurpadores da fé e da esperança de um povo.

Ainda que se atribua falhas do juiz Sérgio Moro e do Ministério Público, essas figuras de fato delinquiram. Tanto que suas condenações em primeiro e segundo graus foram avalizadas pelas cortes superiores.

O País não mudou. E o que está ai é a prova mais cabal de que o poder de um político no Brasil não se esgota com uma algema, que logo é retirada sob os mais variados pretextos, a maioria com base em teses jurídicas suspeitas. Talvez porque a corrupção esteja arraigada na própria sociedade brasileira.

Somos um povo sem memória - ou não teria caído no absoluto esquecimento - inclusive da imprensa que se autointitula profissional - o que eles fizeram, ao roubar descaradamente o País.

Agora se preparam para invadir sua casa prometendo o que não podem honrar. É o estelionato de toda campanha eleitoral. Agora pior, com esses fantasmas retornando com a cara mais limpa do mundo. 

Por Raimundo de Holanda

Duas pessoas morrem após helicóptero cair no meio de avenida

Foto: Reprodução/Tv Bandeirantes
Duas pessoas morreram após um helicóptero cair nesta sexta-feira (5) na avenida Fernando Mendes de Almeida, no bairro Parque Taipas, na zona norte de São Paulo. 

Conforme informações do Corpo de Bombeiros (PMESP) seis viaturas foram encaminhadas para o local do acidente. Segundo o capitão André Elias, a informação inicial é de que a aeronave que caiu era de pequeno porte. 

O caso aconteceu próximo a uma chácara, perto de uma torre de alta tensão. As vítimas ainda serão identificadas.

Bolsonaro diz que Brasil “já saiu” da crise dos combustíveis

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira (5/8) que, enquanto o mundo sofre com o aumento ou escassez de combustíveis, “o Brasil já saiu dessa crise”. O chefe do Executivo disse ainda que o país está “partindo para a gasolina mais barata do mundo”. As declarações ocorreram durante participação em um evento privado em Montes Claros, Minas Gerais.

“Fazemos o máximo pelo nosso Brasil. Enfrentamos pandemia, uma seca, guerra lá fora com consequências para todo mundo, em especial, na questão humanitária e econômica. Vencemos obstáculos. O Brasil é uma referência para o mundo graças a políticas que adotamos pegando o norte dado pela nossa população. Estamos partindo para a gasolina mais barata do mundo. O mundo todo vem sofrendo com os combustíveis. O Brasil já saiu dessa crise. O Brasil é um país bem relacionado com o mundo todo”, bradou.

“O que eu mais quero é, quando entregar o comando desta nação, entregar de uma maneira melhor, muito melhor do que recebi em 2019”, completou.

Bolsonaro também acenou ao povo mineiro, o segundo maior eleitorado com 10,41% do total de eleitores do país, com histórico decisivo nas eleições. Após negociações frustradas com o pré-candidato à reeleição, o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), que declarou apoio ao presidenciável de seu partido, Luiz Felipe D’Ávila, e aparece como favorito nas pesquisas, o presidente lançou, como líder do executivo local, o senador Carlos Viana (PL).

O chefe do Executivo aproveitou para relembrar a facada recebida em 2018 em Juiz de Fora e disse ter o estado ‘no mais alto conceito’.

Vídeo: Bolsonaro estreia no metaverso em reunião com auxiliares e o Ministro das Comunicações

O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de uma reunião no metaverso ao lado do ministro das Comunicações, Fábio Faria, e do presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), Carlos Manuel Baigorri. A estreia do mandatário nesse tipo de tecnologia foi compartilhada nas redes sociais hoje.

Faria e Baigorri participaram da reunião diretamente do polo tecnológico do Vale do Silício, na Califórnia (EUA). “Todos ficaram impressionados com o que o governo tem feito de inovação nos últimos anos. […] Primeira vez que um presidente da República faz uma reunião no metaverso”, diz o ministro das Comunicações no vídeo.

Usando um óculos de realidade virtual, Bolsonaro aproveitou a oportunidade para exaltar o setor de jogos eletrônicos no Brasil e fez um aceno para jovens e mulheres, grupos que registram alta rejeição ao presidente, de acordo com pesquisas de intenção de voto.
“Desde o início do nosso governo nós baixamos, praticamente zeramos [impostos], vários equipamentos usados pelos ‘gamers’ no Brasil. Nós sabemos que o número de pessoas que jogam games no Brasil e no mundo é algo fantástico, principalmente jovens, entre jovens, cada vez mais mulheres”, disse o presidente na reunião.

O que é metaverso?
Basicamente, metaverso é um conceito que mescla realidade aumentada e ambientes virtuais. Ele pode ser entendido como uma vivência em um espaço virtual, mas com influências da vida real nesse universo.

Especialistas afirmam que, em um futuro próximo, as pessoas estarão nesse “mundo” da internet interagindo como se estivessem “dentro” dela. Ou seja, teremos avatares virtuais que poderão conversar, trabalhar, ter uma vida social com amigos e familiares, e bens materiais em um universo online.

Por ser um ambiente virtual, para acessá-lo é preciso de algumas tecnologias como óculos de realidade virtual.

UOL

Jô Soares declama poema “Não chore à beira do meu túmulo”

O escritor, ator e humorista Jô Soares nos deixou nesta sexta-feira (5), aos 84 anos. Mas seu talento ficará para a eternidade, a exemplo dessa leitura do poema “Não chore à beira do meu túmulo”, de Mary Elizabeth. Até um dia, Jô.
Primeiro trabalho de Jô Soares
Considerado um dos maiores humoristas do Brasil, Jô Soares virou sinônimo de talk show no País, mas, no início da carreira, fez bastante sucesso com papéis icônicos do humor na televisão brasileira. O primeiro personagem de destaque de Jô Soares foi no sitcom Família Trapo, exibido pela TV Record, entre 1967 e 1971.

No princípio, Jô apenas escrevia, com Carlos Alberto de Nóbrega, o roteiro do show que tinha como personagem principal Carlo Bronco Dinossauro, interpretado pelo comediante Ronald Golias. Depois, Jô ganhou um papel, o Mordomo Gordon. O programa foi criado por Nilton Travesso, A.A. de Carvalho, Raul Duarte e Manoel Carlos.

Faziam parte do elenco ainda nomes famosos como Otelo Zeloni (Pepino Trapo), Renata Fronzi (Helena), Cidinha Campos (Verinha) e Ricardo Corte Real (Sócrates).

Apresentado ao vivo do Teatro Record-Consolação e não dos estúdios da emissora, como era feita a maioria dos programas da época, um dos motivos para o sucesso da Família Trapo era a participação de convidados especiais e a improvisação.

O episódio mais lembrado é com o ex-jogador de futebol Pelé. O Mordomo Gordon quer assustar Bronco e apresenta Pelé como o atleta que vai substituí-lo no time da rua. No entanto, o personagem de Golias não reconhece o jogador. A partir daí, Bronco, para delírio da plateia, começa a realizar uma série de testes com o Rei do Futebol, como embaixadinhas e chutes a gol.

Com o sucesso da Família Trapo, Jô Soares foi parar na Globo, em 1970, onde estreou no programa “Faça humor, não faça a guerra”, depois, o “Satiricom”, em 1973, e chegando ao programa “O planeta dos homens”, em 1977. Nas atrações, ele se dividia entre as funções de ator e roteirista.

Só nos anos 1980, o humorista decidiu investir no formato de talk show, que mistura entrevistas com celebridades, políticos ou pessoas desconhecidas com humor e música. Como não encontrou abertura na Globo, mudou para o SBT em uma negociação milionária. Assim, em 1988, estreou o “Jô Soares Onze e Meia”, que ficou no ar durante 11 anos, até 1999. Em 2000, voltou para a Globo para apresentar o mesmo formato. O “Programa do Jô” ficou no ar até 2016, quando o humorista se aposentou das telas.

GCMais

'Eu nem tinha mais coragem de pedir', diz mãe de menino que ligou para a PM por fome

Célia Arquimino Barros, 46, é a mãe de Miguel, 11. Na última terça (2), o menino ligou para a Polícia Militar de Minas Gerais para pedir ajuda, porque eles não tinham nada para comer. A família mora em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte. Na casa vivem Célia, Miguel e outros cinco filhos dela.

Três dias após a ligação e a visibilidade que a história ganhou, a realidade da família começou a mudar. Em um primeiro momento, os policiais que receberam a ligação foram até eles e fizeram a doação de uma cesta básica. Devido à repercussão do caso, muitas outras pessoas passaram a enviar mantimentos para Miguel e sua família.
Sem emprego formal há cinco anos, a mãe, que é bombeiro civil, sonha em voltar a ter um trabalho fixo, para ter a garantia seus filhos não passarão por essa situação novamente.

A seguir, Célia conta um pouco de sua história, da angústia de ver os filhos passando fome e dos sonhos de viver uma nova realidade a partir de agora.

Eu nasci e cresci em Santa Luzia. Cheguei a morar em Ribeirão das Neves, quando eu estava com o pai das crianças, mas depois que me separei, voltei para cá. Hoje, moro com meus seis filhos. O mais velho tem 20 anos e o mais novo tem só nove meses.

Eu costumava trabalhar como bombeiro civil e segurança em eventos, mas já estou há cinco anos sem um emprego fixo. Neste período eu vivia fazendo bicos para sustentar a casa e alimentar meus filhos. Porém, com o início da pandemia, a situação piorou.

As oportunidades de trabalho diminuíram muito e nesse período o meu curso de reciclagem venceu. Eu precisava fazer o curso para tentar conseguir um trabalho, mas eu já não tinha condições de pagar pela reciclagem, que custa cerca de 500 reais.
Sem emprego, nós passamos a viver com o dinheiro que eu recebo do Auxílio Brasil, o antigo Bolsa Família. Agora, o auxílio aumentou um pouquinho, mas as coisas no mercado estão todas muito caras. Quando a gente recebe o dinheiro faz compras, mas elas só costumam durar uns 15 dias.

Depois disso, eu pedia um pouquinho de alguma coisa para os vizinhos, para os meus filhos terem o que comer. Mas chegou em um ponto que eu não tinha nem coragem de pedir mais, de tanto que eu já tinha pedido.

Eu já estava desesperada, não sabia mais o que fazer. Já tinha alguns dias que as crianças estavam comendo só mingau de fubá de manhã e à noite, porque era o que a gente tinha. As crianças pediam outras coisas, mas eu não tinha o que dar para elas.

Foi aí que o Miguel me viu chorando de desespero no sofá. Ele pegou o telefone e ligou para a polícia sem eu saber. Só depois que ele me contou que tinha ligado e pedido ajuda.

Os policiais chegaram, trouxeram uma primeira cesta básica e as coisas já começaram a mudar. Depois que eles vieram, o meu celular não parou de tocar, muita gente procurou querendo saber como ajudar também.

Miguel mostra a geladeira cheia, após família receber doações de diversas pessoas Douglas Magno/Folhapress O menino segura a porta da geladeira aberta e mostra que ela está cheia de alimentos **** Nesses três dias a gente já ganhou bastante coisa, mantimentos, frutas, fraldas para o bebê e até brinquedos para as crianças. Antes eu não tinha nada no armário e na geladeira e agora temos uma diversidade, eu posso escolher o que fazer para os meus filhos comerem.

Eu nem sei como agradecer tanta gente que ficou sabendo da nossa situação e resolveu ajudar. Toda hora tem alguém ligando querendo trazer alguma coisa para a gente. Não tem nada que pague ver o sorriso no rosto dos meus filhos.

Com essas doações, nós já temos o que comer pelos próximos três ou quatro meses. É uma alegria enorme saber que meus filhos não vão passar fome. Eu também estou conseguindo ajudar outras pessoas. Eu pude repartir um pouco do que ganhei com a minha filha mais velha, com os meus netos e outros vizinhos que estavam na mesma situação.

É muito gratificante ver que eu estava em uma situação desesperadora, não sabia o que fazer, e agora posso ajudar outras pessoas que estavam passando pelo mesmo que eu.

Meu sonho agora é conseguir um emprego de carteira assinada, para saber que todo mês eu vou ter um dinheiro que dê para suprir todas as necessidades dos meus filhos. Não quero ver eles passando fome nunca mais.