terça-feira, 4 de abril de 2023

Ônibus escolar cai em buraco ao atravessar passagem molhada e assusta alunos, no interior do Ceará

Estudantes foram surpreendidos, nessa segunda-feira (3), após o ônibus escolar em que eram transportados cair em um buraco, ao atravessar uma passagem molhada, na comunidade de Extremas dos Furtados, Zona Rural de Graça, região Norte do Ceará. O susto foi registrado pelos alunos, que gravaram o momento. Ninguém ficou ferido.

Nas imagens, é possível observar o momento em que o coletivo tenta seguir viagem pela via, que estava coberta pela água, mas para, repentinamente, quando um dos pneus cai em uma cratera. Na filmagem, é possível ouvir os gritos dos discentes.

Em nota, a Prefeitura de Graça informou que a passagem molhada foi reformada antes do início da quadra chuvosa, mas diante do aumento das chuvas e o grande volume de água nos rios dos últimos dias, surgiu o buraco no local, que no ficou submerso, invisível ao motorista.

"Tão logo o rio baixe seu volume de água, será providenciada a imediata manutenção", detalhou a Administração.

Caso as chuvas continuem intensas na localidade, o Município ainda disse que estuda a hipótese de suspender as aulas, por um período determinado, nas localidades mais afastadas, e em especial nas quais os alunos têm que fazer o trajeto por passagem molhadas.

"Nenhum aluno terá prejuízos quanto as aulas, caso suspensas, será o calendário letivo cumprido fielmente com a reposição futura das aulas", finalizou o comunicado.

Com informações do Diário do Nordeste.

Alerta! Câncer de rim cresce junto com fatores de risco como obesidade e hipertensão

Dores nas costas, incômodo na lateral do corpo, sensação de peso na barriga. Alguns dos sintomas do câncer de rim podem ser confundidos com o de outras enfermidades. Apesar de ser um tipo de tumor mais raro, seus fatores de risco estão em ascensão na sociedade mundial atual, como obesidade e hipertensão, o que tem feito os médicos acenderem o sinal de alerta.

Prova disso é a preocupação da população com estes temas. O termo obesidade, por exemplo, alcançou um recorde de pesquisa na internet, segundo dados da plataforma Google Trends.

Numa escala que vai até 100, sendo este número o máximo de interesse despertado, a procura por informações sobre o assunto no mês passado chegou ao topo em diversos períodos. Enquanto hipertensão mantém uma média de 70.

Pesquisa: 61% condenam o ‘toma lá, dá cá’ de Lula

A decisão do governo Lula de trocar cargos e verbas por apoio no Congresso Nacional é mal-vista por 61% dos entrevistados pelo Datafolha, é o que aponta a pesquisa divulgada nesta segunda-feira (3).

O Datafolha ouviu 2.028 pessoas com 16 anos ou mais nos dias 29 e 30 de março, em 126 cidades. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou para menos.

Outros 34% dizem concordar com a prática e outros 5% declararam não saber avaliar.

A barganha é mais rejeitada entre os que têm renda maior. Chega a 73% de rejeição no grupo dos que ganham entre 5 a 10 salários mínimos e cai para 55% entre aqueles que ganham até 2 salários mínimos.

Por Diário do Poder.

Semana Santa: peixes têm variação de até 304% no preço em Fortaleza

Foto: Prefeitura de Fortaleza
No caso, o quilograma do filé de tilápia, que foi encontrado de R$ 22,29, no Centro, enquanto que o mesmo peixe chega a R$ 89,99, na Maraponga
O Departamento Municipal de Proteção e Defesa dos Direitos do Consumidor (Procon Fortaleza) divulgou pesquisa com preços de 59 produtos típicos para a Semana Santa, como peixes, vinhos e pães de coco. O levantamento foi divulgado nesta terça-feira (4). Entre os peixes congelados, o órgão encontrou diferença de preços de até 304%.

No caso, o quilograma do filé de tilápia, que foi encontrado de R$ 22,29, no Centro, enquanto que o mesmo peixe chega a R$ 89,99, na Maraponga. A orientação do Procon é “pesquisar e avaliar, entre peixes frescos e congelados, qual a opção que atende a necessidade do consumidor”. A pesquisa, que foi realizada entre os dias 27 de março e 3 de abril, nas 12 Regionais de Fortaleza, está disponível no portal da Prefeitura de Fortaleza.

Foram coletados preços em supermercados de todas as regionais da Capital, bem como nos Mercados Públicos de Messejana; São Sebastião, no Centro; e ainda nos Mercados de Peixes da Barra do Ceará; e do Mucuripe. De acordo com o levantamento, o peixe mais barato para a Semana Santa está no Mercado Público da Barra do Ceará. A sardinha fresca custa R$ 12,00, enquanto que o mesmo peixe chega a R$ 25,00 no Mercado dos Peixes, no Mucuripe – uma diferença de 108%.

O peixe mais caro está na Maraponga e no Mucuripe, onde o quilo do bacalhau foi encontrado de R$ 169,00 e R$ 149,99, respectivamente. Uma opção para quem quiser saborear o bacalhau da Semana Santa é o peixe da espécie “saithe”, que custa R$ 38,69, o quilograma, no Centro.

Feriado
O feriado da Paixão de Cristo é o primeiro dos três dias que celebram a ressurreição do Messias que, de acordo com a doutrina cristã, morreu na cruz para salvar os seres humanos dos seus pecados.

GCMais

Homem furta e carrega portão na cabeça em Fortaleza

De acordo com relatos de moradores do bairro, os principais suspeitos do crime são pessoas em situação de rua
Câmeras de segurança flagraram o momento em que um homem leva um portão na cabeça no Bairro de Fátima, em Fortaleza, no dia 3 deste mês. As grades foram furtadas no período da madrugada.

De acordo com relatos de moradores do bairro, os principais suspeitos do crime são pessoas em situação de rua. Os crimes são comuns na região, de acordo com levantamento da TV Cidade Fortaleza.
GCMais

Número de parques eólicos no Brasil deve ser recorde em 2023

O Brasil registrou, até fevereiro de 2023, 890 parques eólicos instalados em 12 estados brasileiros. Eles somam 25,04 gigawatts (GW) de capacidade instalada em operação comercial, que beneficiam 108,7 milhões de habitantes.

Desse total, 85% estão na Região Nordeste. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), até 2028 o Brasil terá 44,78 GW de capacidade instalada desse tipo de energia, cuja participação na matriz nacional atinge, atualmente, 13,2%. A eólica já responde hoje por 20% da geração de energia que o país precisa.

No ano passado, o setor bateu recorde de 4 GW instalados e, para este ano, a presidente executiva da Abeeólica, Elbia Gannoum, espera atingir novo recorde, superando esse número. “Encerrando 2023, estaremos com 29 GW de capacidade instalada. Essa é a nossa previsão em termos de potência, e isso é superior a R$ 28 bilhões, porque cada gigawatt de eólica instalada é da ordem de R$ 7 bilhões”, disse.

Outro levantamento feito pela entidade mostra o desenvolvimento econômico-social gerado pela energia eólica. No Nordeste, por exemplo, o Produto Interno Bruto (PIB) das cidades onde os parques eólicos chegaram cresceu 21%, e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) cresceu também 20% “por causa da chegada dos parques”. Outro dado significativo é que a cada real investido em energia eólica, são devolvidos R$ 2,9 para a economia.

Ranking
Desde 2021 o Brasil ocupa a sexta posição no ranking mundial em capacidade instalada de energia eólica. Segundo Elbia, agora fica mais desafiador para o país ultrapassar essa marca e se aproximar dos dois primeiros colocados, que são a China e os Estados Unidos. Ela considera difícil alcançar a China, por exemplo, que “cresce quase o Brasil por ano em investimento em energia”.

De 2011 a 2020, foram feitos investimentos no setor eólico de US$ 35,8 bilhões. Esses recursos movimentaram na economia brasileira R$ 321 bilhões, dos quais R$ 110,5 bilhões foram investimentos diretos na construção de parques eólicos. Segundo a Abeeólica, para cada megawatt instalado, são criados 10,7 empregos. No período de 2011 a 2020, foram gerados quase 190 mil empregos no setor.

Dos 890 parques instalados no país, 130 projetos tiveram financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desde 2005, totalizando 18.654 MW. Os financiamentos concedidos pelo banco alcançaram R$ 52,170 bilhões, informou a instituição. Foram investidos pelas empresas no período R$ 94,4 bilhões.

Eólicas offshore
A presidente da Abeeólica informou que, em relação à instalação de parques eólicos offshore (no mar), está sendo preparada estrutura regulatória no Brasil que permita a realização de estudos e projetos. “Depois desse aparato regulatório, a gente vai ter leilão de cessão e, após isso, vamos começar a fazer, efetivamente, os projetos. Para este ano, pretendemos ter a regulação toda terminada para fazer os primeiros leilões de cessão do uso do mar. É parecido com o setor de petróleo, onde há leilões de áreas”, explicou.

Ela explicou que, ao contrário de usinas eólicas onshore (em terra), que têm características de vento com destaque na Região Nordeste, nos parques offshore, a presença desse tipo de vento ocorre em todo o litoral brasileiro. O fator determinante é a infraestrutura, porque usinas offshore dependem muito de porto e indústria, principalmente. “São portos maiores que vão abrigar a fabricação das pás, das torres e das naceles eólicas”. As naceles são compartimentos instalados no alto das torres que abrigam todo o mecanismo do gerador.

Estudo divulgado em janeiro deste ano pela Abeeólica identificou o Complexo do Pecém, no Ceará; o Porto do Açu, no estado do Rio de Janeiro; e o Porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, como os principais do país para infraestrutura dos parques offshore.

Casa dos Ventos
Nessa segunda-feira (3), o BNDES anunciou a aprovação de financiamento, no valor de R$ 907 milhões, para a empresa Casa dos Ventos implantar quatro parques eólicos no Rio Grande do Norte (Ventos de Santa Luzia 11, 12 e 13 e Ventos de Santo Antônio 1). Com capacidade instalada total de 202,5 MW, os empreendimentos formarão o Complexo Eólico Umari, localizado nos municípios de Monte das Gameleiras, São José do Campestre e Serra de São Bento. O financiamento do BNDES corresponde a 69% do investimento total previsto de R$ 1,315 bilhão.

A estimativa é que a geração de energia resultante do projeto seja suficiente para atender em torno de 500 mil residências, evitando, por outro lado, a emissão de 522 mil toneladas de gás carbônico (CO²) por ano, o que equivale a cerca de 2,4 milhões de árvores plantadas. A previsão é que o complexo entre em operação comercial plena em agosto de 2024.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que diante do cenário atual de mudanças climáticas e catástrofe ambiental, o Brasil tem condição de liderar o processo mundial de transição energética para uma base limpa, renovável e sustentável, onde a energia eólica tem importante papel. “O apoio aos setores eólico e solar ajuda a ampliar a matriz energética limpa, que hoje é da ordem de 84% no Brasil, contribui para o desenvolvimento de uma indústria nacional de alta tecnologia e a geração de empregos. Energia limpa é uma prioridade do BNDES, um banco que quer ser cada vez mais verde e inclusivo”, afirmou.

Ele lembrou que as aprovações de financiamento do BNDES a usinas eólicas correspondem a 75% da capacidade instalada da fonte no país. No caso de solares, esse índice é de 38%.

Abril Vermelho: MST invade 800 hectares de terra em Pernambuco

Cerca de 250 pessoas ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) invadiram três áreas pertencentes a uma usina na cidade de Timbaúba, em Pernambuco, na madrugada desta segunda-feira (3). São cerca de 800 hectares de terra ocupados.

A invasão deu início a jornada do chamado Abril Vermelho, organizado anualmente pelo movimento.

Em comunicado, o MST divulgou que os as áreas invadidas são improdutivas e “que não cumprem a função social, que é produzir alimentos para a sociedade”. Afirma também que a situação atual da região invadida é “predatória e tem impactos à natureza”.

O movimento diz que as terras ocupadas são pertencentes ao governo de Pernambuco e que foram griladas pela usina.

O documento emitido pelo MST cita a Constituição Federal para justificar a invasão, mencionando os artigos 184 e 186.

O artigo 184 diz que, a União deve “desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária”.

Já o artigo 186 diz que, para cumprir com a função social, o proprietário deve fazer um “aproveitamento racional e adequado” da área, além de promover a “utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente”; “observância das disposições que regulam as relações de trabalho” e “exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores”.

CNN Brasil

Alimentos típicos da Páscoa ficam mais caros, e preços aumentam três vezes mais do que a inflação

Faltando menos de uma semana para a reunião da família para o almoço de Páscoa, os brasileiros que ainda não foram às compras vão amargar um preço mais salgado quando decidirem procurar os produtos típicos para a data.

De acordo com cálculos da FGV (Fundação Getulo Vargas), a cesta de consumo tradicional para a Páscoa ficou 12% mais cara do ano passado para cá, patamar quase três vezes superior à inflação do mesmo período (4,8%).

Entre os alimentos que mais subiram no acumulado dos últimos 12 meses, destacam-se os ovos de galinha (27,3%), a cebola (22,8%) e alguns itens industrializados, como o bolo pronto (14,5%), o atum (13%), a sardinha em conserva (11,5%) e o bacalhau (10,9%).

No período, os preços dos bombons e chocolates também tiveram aumento expressivo, de 9,6%. Segundo a FGV, nenhum dos itens da cesta recuou nos últimos 12 meses, e apenas dois subiram menos do que a inflação geral: a batata inglesa e a couve, ambos com alta de 2,23%.

Matheus Peçanha, pesquisador responsável pelo estudo, avalia que o resultado reflete as adversidades que atingiram a economia nacional nos últimos anos. Ele recorda que a última “entressafra” do leite foi danosa para a inflação do produto, matéria-prima importante dos chocolates.

Com informações do R7

Vídeo: Ministro argentino é agredido por manifestantes em protesto

O ministro da Segurança da província de Buenos Aires, Sergio Berni, foi agredido nesta segunda-feira (3.mar.2023) com socos e pedradas durante manifestação. Ele tentou conversar com motoristas de ônibus que protestavam depois que um colega foi morto em um tiroteio na cidade de Virrey del Pino, a cerca de 52 km da capital argentina. As informações são do jornal La Nación.

Nesta segunda-feira (3.mar), o motorista foi baleado no peito durante uma troca de tiros entre criminosos e um policial em cima do veículo que dirigia. Em resposta, o sindicato de funcionários de transportes coletivos da Argentina anunciou uma greve.

A cidade onde o motorista de ônibus foi morto é parte do município de La Matanza, localizado na região metropolitana de Buenos Aires. Grande parte dos manifestantes estava concentrada no local.

Sergio Berni chegou na manifestação de helicóptero. Ao tentar conversar com os manifestantes, foi encurralado e agredido por eles. O ministro foi atingido e sangrou pelo nariz. Policiais que estavam no local, profissionais da imprensa e alguns motoristas conseguiram intervir para impedir a violência.

Ataques de tubarão caem no mundo, enquanto Brasil tem maior taxa de letalidade

Os acidentes com tubarões em todo o mundo atingiram o menor patamar da última década em 2022: foram 57 ataques, com cinco mortes. No ano anterior, foram registrados 73 casos.

Em 2020, primeiro ano da pandemia da Covid, também foram registrados 57 casos, fato atribuído ao menor número de pessoas no mar devido às restrições impostas pela emergência sanitária.

Os dados são do Arquivo Internacional de Ataques de Tubarões, produzido pelo Museu de História Natural da Flórida (EUA). Nos últimos dez anos, só em 2022 e em 2020 foram registrados menos de 60 ataques por ano –o recorde são os 98 registros de 2015.

Apesar disso, o Brasil possui a maior taxa de letalidade nos ataques, de 30% (3 em 10) dos acidentes em 2021 -contra 1% e 14% nos dois locais com o maior número de registros de ataques de tubarão, a Flórida e a Austrália.

Segundo o biólogo e professor da Unesp Otto Bismarck, isso ocorre porque na Flórida os tubarões que mais provocam incidentes são o tubarão-galha-preta (Carcharhinus limbatus), menores e com menor risco de fatalidade, enquanto locais como Pernambuco têm as espécies cabeça-chata (Carcharhinus leucas) e tubarão-tigre (Galeocerdo cuvier) como principais.

“Diferentes espécies estão envolvidas em diferentes riscos. Além disso, outro fator que vai influenciar a gravidade é a infraestrutura para realizar o primeiro resgate. Infelizmente aqui vemos com frequência dez, 20 pessoas em volta da pessoa com o ferimento filmando e poucos socorros sendo prestados”, lamenta.

Segundo Gavin Naylor, diretor do programa de pesquisa em tubarões do museu americano e coordenador da pesquisa, o mais importante é entender porque os números oscilaram tão pouco no período. .

“A flutuação do número de acidentes parece variar muito pouco, mas isso pode ser porque os lugares com maior infraestrutura e melhor comunicação são os que registram mais. É provável que outros acidentes ocorram em lugares onde não há o monitoramento tão preciso”, afirma ele.

A queda nos acidentes, segundo o relatório, pode estar atribuída a uma redução na população de todas as espécies de tubarões no mundo, mas também por medidas de segurança e conscientização nas praias.

“Mais e mais pessoas estão nas praias, e os acidentes só ocorrem quando há tubarões próximos às praias e muitas pessoas também no mar. Hoje temos alguns casos de sucesso de comunicação de risco e prevenção de acidentes em praias populosas no mundo”, diz.

Dentre as medidas citadas estão não entrar na água quando ela estiver com baixa visibilidade, evitar áreas onde são vistos peixes “pulando” para fora d’água ou linhas de pesca –uma vez que os tubarões podem estar caçando ativamente os peixes– e evitar usar joias, relógios e pulseiras no mar, uma vez que a luz pode refletir e o brilho pode ser confundido com uma presa.

Já os fatores que levam à queda nas populações de tubarões são a pesca excessiva, o desequilíbrio ambiental e a redução global de peixes nos oceanos, que são os alimentos preferenciais dos tubarões. Um estudo mostrou que os tubarões e raias de corais são os mais ameaçados do mundo, atrás somente dos mamíferos aquáticos.

Para Naylor, houve uma queda notável no número de acidentes fatais nos últimos cem anos. “Isso se deve muito por políticas locais de prevenção e de como agir em casos de mordida de tubarão, reduzindo significativamente o tempo entre o ataque e o atendimento médico”, explica. “No caso de uma mordida próximo à veia femoral, a janela de tempo é de minutos.”

Um dos modelos de sucesso no mundo citado pelo relatório é a Austrália, que tem a maior incidência de acidentes com tubarão branco (Carcharodon carcharias).

“É natural que isso ocorra porque lá existem dois fatores cruciais para o maior número de registro: muitas pessoas na água e o maior tubarão conhecido, também em quantidade, próximos à costa. Por isso foi fundamental que o público, assim como as autoridades, também fosse orientado a como agir caso ocorresse um acidente”, afirma Naylor.

O pesquisador brasileiro aponta que o risco de um acidente com tubarão acontecer ainda permanece raro. “Pode ter certeza que na água o risco é muito maior de morrer por outras coisas, como afogamento ou outros acidentes”, diz.

“E, para cada pessoa que vê um tubarão, com certeza outros tubarões já viram mil pessoas. A diferença é que, em geral, eles fogem e vão em busca de presas, enquanto os ataques ocorrem em situações particulares, quando eles estão famintos ou quando mordem por acidente”, explica o cientista da Flórida.

O QUE FAZER PARA EVITAR UM ATAQUE DE TUBARÃO

Antes de avistar
– Ver se o local está com algum aviso de interdição
– Checar a visibilidade da água (não entrar se estiver com pouca visibilidade)
– Evitar entrar na água no período do entardecer até o amanhecer
– Não entrar na água sozinho
– Não entrar na água se tiverem linhas de pesca ou peixes próximos
– Evitar usar joias, relógios e pulseiras metálicas
– Não urinar ou fazer necessidades na água (o cheiro pode atrair os animais)Na água, ao avistar um tubarão
– Não se assustar ou sair debatendo e espalhando água (os tubarões podem interpretar como sinal de fraqueza)
– Gritar (eles tendem a se afugentar)
– Manter a calma e tentar sair do mar o mais rápido possível