domingo, 9 de março de 2025

Mãe biológica pode perder a guarda de filha após 'receber ajuda' de casal de amigos; Ministério Público do Ceará alega adoção ilegal

Foto Arquivo pessoal 
Uma bebê foi retirada da mãe, em Icapuí, no litoral do Ceará, e levada temporariamente a um abrigo após decisão judicial baseada em apuração do Ministério Público, que apontou que ela teria entregue a criança a um casal, desrespeitando as regras de adoção estabelecidas por lei. A Justiça determinou que a guarda provisória da criança ficasse com uma unidade de acolhimento.

A mãe, a agricultora Maila Pereira Vasconcelos, afirmou que apenas recebia ajuda de um casal de amigos e negou ter entregue a menina. O Tribunal de Justiça do Ceará disse que o processo está em segredo de justiça e ainda não há decisão definitiva sobre o caso. "O processo em questão está em fase postulatória, momento em que as partes apresentam suas alegações e requerimentos ao juízo competente. Nesta etapa, ainda não houve a formação completa do contraditório nem qualquer decisão judicial de mérito", disse a nota.

Maila alega que o casal, Fabricia Aparecida Ferreira Braga e Leomar Maia Costa, tem a apoiado desde o início da gestação. Maila, que é mãe solo, afirma que contou com a ajuda deles em vários momentos na criação de sua filha. Agora, ela está tentando reverter a decisão que lhe retirou a guarda da criança.

Conforme Fabrícia, a 2ª Vara Cível da Comarca de Aracati (município vizinho a Icapuí) decidiu pela busca e apreensão da criança; e determinou a suspensão do direito de visitas de Maila e Leomar.

O g1 entrou em contato com a mãe biológica da criança, mas Maila não quis dar entrevista. A reportagem também entrou em contato com o Conselho Tutelar do município, e aguarda resposta.

O Ministério Público afirma que a criança foi registrada na certidão de nascimento como filha biológica de Leomar Maia Costa, marido de Fabricia Aparecida Ferreira Braga, o que configura uma violação ao Código Penal brasileiro, já que ele não é o pai biológico da menina. Fabricia explica que incentivou o marido a registrar a criança como filha dele, pois não se sabe quem é o pai biológico, mas garante que desconheciam que isso era crime.

A legislação prevê redução de pena se o crime for cometido por "motivo de reconhecida nobreza", ou seja, com intenção boa ou altruísta. Nesse caso, a pena pode ser de detenção de um a dois anos, e o juiz pode optar por não aplicar a pena, dependendo das circunstâncias.

O Ministério Público tomou conhecimento do caso em outubro de 2024. Segundo o MP, a mãe biológica teria entregue a criança a um casal, desrespeitando as regras de adoção. Em fevereiro, o MP entrou com uma ação para destituir o poder familiar da mãe e pediu a busca e apreensão da bebê.

Segundo Fabricia, quando a agricultora precisou voltar ao trabalho, ela assumiu a responsabilidade de cuidar da criança, com a ajuda de seu marido, Leomar Maia Costa, enquanto a mãe estava ocupada.

"Em nenhum momento, a mãe biológica deu a filha pra gente. Em nenhum momento, a gente teve direito de defesa. Simplesmente relataram o que acharam e decidiram o que fazer, que foi levar ela para o abrigo. A mãe biológica dela existe e quer ela de volta", afirma Fabricia.

Atualmente, a menina está sob os cuidados de uma equipe multidisciplinar em um acolhimento institucional do município. O Ministério Público solicitou a inclusão antecipada da criança no Sistema Nacional de Adoção (SNA) e sua colocação imediata em uma família substituta que esteja no topo da lista de adoção.

Fabricia critica a decisão e afirma que em nenhum momento ela e o marido foram ouvidos pelo órgão público. "Queremos tirar ela do abrigo, porque ela tem mãe, tem quem goste dela, tem família. Muitas pessoas estão aflitas, choram todos os dias e não dormem. É uma criança inocente dentro de um abrigo", declarou.

O advogado de Maila entrou com um processo para tentar reaver a guarda para Maila. "Essa criança jamais foi tratada com omissão. Só recebeu amor e dedicação", defende Augusto Neto.

Com informações do G1 Ceará.

Número de empresas com mulheres entre as donas cresce 65,9% no Ceará

Foto Diário do Nordeste
A presença feminina em quadros societários cresceu no Estado do Ceará neste início de 2025. De acordo com dados da Junta Comercial do Ceará (Jucec), no primeiro bimestre, 12.371 empresas foram constituídas tendo sócias mulheres, alta de 65,9% na comparação com igual período de 2024 (7.459).

Das empresas abertas com mulheres no quadro societário no primeiro bimestre, 7.836 empresas são do setor de serviços, 3.597 negócios estão no comércio e outras 936 são indústrias.

"A Jucec tem se empenhado em oferecer cada vez mais suporte para todos que desejam empreender, disponibilizando diversas facilidades para o registro das empresas. Esse aumento na participação feminina em quadros societários é um sinal claro de que estamos no caminho certo", afirma Eduardo jereissati, presidente da Jucec.
Força de trabalho feminina

Dados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua, extraídos pelo Observatório de Políticas Públicas do Trabalho no Ceará, revelam que a taxa de desocupação feminina recuou para 7,7% no quarto trimestre de 2024, a menor taxa desde 2019 (para os quartos trimestres).

No Ceará, no ultimo trimestre de 2024, a força de trabalho feminina é 1,682 milhões de trabalhadoras, das quais 1,552 milhões estão ocupadas e 770 mil mulheres estão formalmente ocupadas, o que fez aumentar o grau de formalidade no mercado de trabalho das cearenses.

Com informações do Diário do Nordeste.

Primeira insulina semanal é aprovada no Brasil

Foto: PeopleImages.com - Yuri A / Shutterstock
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta última sexta-feira (7), a primeira insulina semanal do mundo para o tratamento de pacientes adultos com diabetes tipo 1 e 2 no Brasil. Trata-se da medicação Awiqli, produzida pela farmacêutica Novo Nordisk. Apesar da aprovação, não há data prevista para lançamento no país.

Em nota, o fabricante informou que a aprovação foi baseada em resultados do programa de ensaios clínicos Onwards, que demonstrou a eficácia do remédio no controle dos níveis de glicose em pacientes com diabetes tipo 1, alcançando controle glicêmico comparável ao da insulina basal de aplicação diária.

“Pacientes que utilizaram icodeca mantiveram níveis adequados de glicemia ao longo da semana com uma única injeção.”

Ainda de acordo com os estudos, a insulina icodeca também demonstrou segurança e controle glicêmico eficaz, comparável ao das insulinas basais diárias em pacientes com diabetes tipo 2.

“A insulina icodeca permitiu um controle estável da glicemia ao longo da semana com uma única injeção semanal, sendo eficaz em pacientes com diferentes perfis, incluindo aqueles com disfunção renal. Em ambos os casos, a segurança foi um fator determinante e Awiqli não demonstrou aumento significativo de eventos adversos graves, incluindo hipoglicemia.”

Com informações da Agência Brasil.

Salário do trabalhador no Ceará é o segundo pior do Brasil

Foto Marcello Casal Jr. / Agência Brasil
Recebendo uma média de R$ 2.071 por mês em 2024, os trabalhadores do Ceará têm a segunda pior média de salários no Brasil e ficam abaixo da média nacional de rendimento. 

O Ceará fica atrás inclusive de estados economicamente menos desenvolvidos, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, do IBGE.

Nesta reportagem, o g1 conversou com pesquisadores e especialistas para entender o motivo de os trabalhadores cearenses terem a segunda pior remuneração do país.

Segundo a pesquisa, o rendimento real habitual do brasileiro é de R$ 3.225 por mês, com um aumento de 3,7% em relação ao estimado em 2023.

O Ceará está entre os 18 estados que ficam abaixo dessa média. E amarga o segundo pior rendimento do país, ficando à frente apenas do Maranhão, que aparece com rendimento médio de R$ 2.049.

Os valores usados na reportagem são referentes ao rendimento médio real (descontada a inflação) recebido habitualmente pelas pessoas ocupadas por todos os trabalhos que elas tinham na semana de referência da pesquisa.

A desigualdade educacional e a alta taxa de informalidade são fatores que ajudam a explicar esse cenário, conforme João Mário de França, professor do programa de Pós-Graduação em Economia na Universidade Federal (UFC) e pesquisador do Centro de Estudos para o Desenvolvimento do Nordeste, vinculado ao FGV IBRE.

Ao analisar o ranking dos rendimentos no país, o pesquisador aponta que os estados do Norte e Nordeste ocupam as últimas posições e historicamente têm menor dinamismo econômico e piores resultados em níveis de escolaridade em relação às demais regiões.

Como explica, cerca de 41% da população acima dos 25 anos no Ceará não concluiu o Ensino Fundamental. Os dados são da PNAD Contínua da Educação, referentes a 2023. Esta defasagem dificulta a inserção no mercado de trabalho formal e nos cargos com melhores remunerações.

“A gente sabe que o Ceará está fazendo todo um esforço, nas últimas duas décadas, pelo menos, de melhorar a educação fundamental, o ensino médio, tem um avanço nas escolas em tempo integral, nas escolas profissionais. Mas como esse esforço é de 15 anos para cá, mais ou menos, você ainda tem muita gente que está no mercado de trabalho e que não se beneficiou dessa melhoria educacional”, pontua João Mário de França.

Com informações do G1 Ceará

Professora que acusou prefeito de vazar fotos íntimas é encontrada morta

A professora Jaquiely Maria Lima Oliveira, que acusou o prefeito de Sigefredo Pacheco, Murilo Bandeira, de vazar fotos íntimas suas, foi encontrada morta em sua casa na manhã desta quinta-feira (6). Jaquiely havia conseguido uma medida protetiva contra o gestor nesta terça-feira (4). As circunstâncias da sua morte são investigadas.

A professora tinha 32 anos e era formada em psicopedagogia clínica e institucional. Ela manteve um relacionamento extraconjugal com o prefeito do município em 2021. Nessa época, enviou a ele fotos íntimas suas. As imagens, no entanto, foram vazadas em 2025. O caso levou Jaquiely a registrar um Boletim de Ocorrência (B.O.) contra Murilo.

Após a denúncia, a juíza Fernanda Marinho de Melo Magalhães Rocha aplicou uma medida protetiva contra o prefeito de Sigefredo Pacheco, em decisão assinada nesta terça-feira (4). Entre as medidas, constava a proibição de Murilo de manter contato ou de se aproximar de Jaquiely ou de seus familiares.

Prefeito nega acusações

Em nota, a assessoria jurídica de Murilo Bandeira negou as acusações, afirmando que se tratam de “fake news”. O prefeito também garantiu que vai disponibilizar seus aparelhos eletrônicos para a perícia e que vai comunicar a Polícia Civil e a Secretaria de Segurança Pública para a devida apuração do caso. Leia a nota na íntegra:

Caso envolvendo o prefeito de Sigefredo Pacheco, Murilo Bandeira.

"Em respeito às famílias, o gestor municipal, Murilo Bandeira, repudia a fake news em que o acusam de ter 'vazado fotos íntimas' de uma senhora.

A defesa técnica tem consciência da delicadeza do tema e, com seriedade, serão tomadas as seguintes providências:

a) Comunicação à Polícia Civil e à Secretaria de Segurança Pública para a devida apuração do caso;

b) Disponibilização dos aparelhos eletrônicos do prefeito para perícia;

c) Responsabilização criminal e civil daqueles que propagarem, de qualquer forma, falsas informações que maculem a honra e a imagem dos envolvidos e seus familiares."

Leonardo é processado por suposto golpe milionário

O cantor Leonardo está vivendo mais um problema na Justiça. O sertanejo foi processado por, pelo menos, 10 clientes da empresa AGX Smart Life, que vende lotes e casas na cidade de Querência, no Mato Grosso.

Os compradores dizem que um dos projetos, lançados em 2022, está em situação irregular. O terreno vive uma ação de reintegração de posse por parte do antigo dono. Os clientes dizem que foram vítimas de um golpe.

Segundo os compradores, não foram entregues as casas e os lotes, além da empresa não dar previsão para algum tipo de ressarcimento ou entrega. Leonardo aparece como garoto-propaganda da empresa em publicidades postadas nas redes sociais.

Os credores afirmam que compraram por causa da credibilidade que o cantor dava para as vendas da empresa. Em um vídeo, ele dá a entender que é sócio da empresa.

"Alô, galera maravilhosa de Querência, meu Mato Grosso querido. Olha, quer fazer um bom negócio e investir bem o seu dinheiro? AGX e Leonardo! Estamos aqui em Querência com vários empreendimentos. Venha aqui conhecer", disse Leonardo em um vídeo onde está na cidade ajudando em vendas, publicado em 2022.

Ao todo, são cinco ações, que somadas, pedem R$ 2,9 milhões em indenizações por danos morais, materiais e devolução do dinheiro pago para a compra das casas e lotes.

Além de Leonardo, da AGX e do empresário Aguinaldo Anacleto, a ação é movida, ainda, contra corretores da cidade, que intermediaram as negociações. A prefeitura da cidade do interior do Mato Grosso também é alvo da ação, por ter autorizado os negócios.

Resposta de Leonardo

Leonardo, através de sua assessoria de imprensa, nega que seja sócio da empresa. O cantor diz que foi apenas garoto-propaganda da empresa por um período e que já tomou providências sobre o assunto.

A AGX nega golpe e diz que "um pequeno grupo de investidores, incentivado por um advogado que criou uma associação irregular, ingressou com ações judiciais sem embasamento, distorcendo informações sobre o projeto". 

Folhapress

Perito Ricardo Molina briga com mulher e põe fogo dentro de casa em SP

O perito e ex-professor da Unicamp Ricardo Molina de Figueiredo, de 73 anos, conhecido por atuar em crimes de grande repercussão, como o caso PC Farias, voltou a se envolver em um caso de violência doméstica na noite desse sábado (8/3) em Campinas, interior de São Paulo. Desta vez, a vítima é sua atual companheira, uma mulher de 45 anos.

A Polícia Militar foi chamada à residência do casal, uma casa no Condomínio Caminhos de São Conrado, após denúncias de uma suposta briga entre os dois. Ao chegar ao local, os policiais foram informados de que Molina teria sido visto com uma faca.

De acordo com o registro da ocorrência, os agentes conseguiram entrar na casa, mas não tinham acesso ao casal. A mulher de Molina foi avistada em uma sacada do pavimento superior. Ela conseguiu descer para o andar térreo e foi auxiliada a sair do local por uma janela.

Em seguida, os policiais passaram a procurar por Molina. Eles ouviram o ruídos de objetos sendo atirados e quebrados no chão e o odor de coisas pegando fogo e arrombaram a porta de entrada da residência.

Dentro da casa, encontraram Molina atirando objetos, papéis e roupas em uma fogueira que ele mesmo iniciara. Inicialmente, ele se escondeu, mas foi encontrado e detido pelos policiais.

Molina estava com um canivete e tinha ferimentos leves no pé por ter andado sob cacos de objetos quebrados. Ele foi levado para atendimento médico e, posteriormente, levado à Delegacia de Defesa da Mulher de Campinas para ser ouvido.

A mulher dele ficou muito nervosa e também foi levada ao hospital para realizar exames. De acordo com o boletim de ocorrência, ela não tinha lesões aparentes. O caso foi registrado como violência doméstica e o casal, que apresentou versões antagônicas à polícia, foi liberado.

Ex-prefeito goiano vira réu por sugerir “eliminação” de Lula e Moraes

O Supremo Tribunal Federal (STF) tornou réu o ex-prefeito de Iporá (GO), Naçoitan Leite (sem partido), por incitação ao crime. A decisão foi tomada após a divulgação de um áudio no qual ele sugere “eliminar” o ministro Alexandre de Moraes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A informação é do Metrópoles. A gravação, feita no fim de 2022, repercutiu entre moradores da cidade no início de novembro. No áudio, Naçoitan afirma que o Brasil corria o risco de se tornar como a Venezuela.

“Até a nossa liberdade está em jogo também. Nós temos que eliminar o Alexandre de Moraes e o Lula, dois homens estão acabando com o Brasil”, declarou.

“Vai virar uma guerra civil por causa de dois homens. Então, vamos arregaçar as mangas. Ou é agora, ou vamos virar Venezuela ou pior que Venezuela”, acrescentou o político.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o ex-prefeito e a 1ª Turma do STF aceitou a denúncia no fim de fevereiro, em julgamento realizado no Plenário Virtual.

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, destacou em seu voto que as falas de Naçoitan têm semelhança com os atos golpistas e antidemocráticos ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023, justificando, assim, a competência do Supremo para o julgamento.

A reportagem procurou a defesa do réu para comentar a decisão, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

Primeiro caso de nova variante mais letal da mpox é registrado no Brasil

O Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso de infecção pela cepa 1b da mpox no Brasil. Segundo a pasta, a paciente, uma mulher de 29 anos que mora na região metropolitana de São Paulo, teve contato com um familiar que esteve na República Democrática do Congo, país que enfrenta surto da doença.

Em nota, o ministério informou que o caso no Brasil foi confirmado laboratorialmente, por meio da realização de sequenciamento para caracterizar o agente infeccioso. O exame permitiu a obtenção do genoma completo que, segundo a pasta, é muito próximo aos de casos detectados em outros países.

“Até o presente momento, não foram identificados casos secundários. A equipe de vigilância municipal mantém o rastreamento de possíveis contatos”, destacou o comunicado.

Ainda de acordo com o ministério, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já foi informado sobre o caso e a pasta, junto às secretarias estadual e municipal de Saúde, solicitou o reforço da rede de vigilância epidemiológica e o acompanhamento da busca ativa de pessoas que tiveram contato com a paciente.

Centro de emergência

Em resposta à declaração de emergência em saúde pública de importância internacional por mpox, decretada pela OMS em agosto de 2024, o ministério instituiu o Centro de Operações de Emergências (COE) para a doença que, segundo a pasta, permanece ativo no intuito de centralizar e coordenar as ações.

Casos

Em 2024, o Brasil registrou 2.052 casos de mpox. Até o início de fevereiro, 115 casos de cepas da doença haviam sido notificados, mas nenhum deles, até então, era da cepa 1b. Nenhum óbito por mpox foi identificado no Brasil ao longo dos últimos dois anos e a maioria dos pacientes, segundo o ministério, apresenta sintomas leves ou moderados.

A doença

Causada pelo vírus Monkeypox, a doença pode se espalhar entre pessoas e, ocasionalmente, do ambiente para pessoas, por meio de objetos e superfícies que foram tocados por um paciente infectado. Em regiões onde o vírus está presente entre animais selvagens, a doença também pode ser transmitida para humanos que tenham contato com os animais infectados.

A mpox pode causar uma série de sinais e sintomas. Embora algumas pessoas apresentem sintomas menos graves, outras podem desenvolver quadros mais sérios e necessitar de atendimento em unidades de saúde.

O sintoma mais comum é a erupção na pele, semelhante a bolhas ou feridas, que pode durar de duas a quatro semanas. O quadro pode começar com ou ser seguido de febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, apatia e gânglios inchados. A erupção cutânea pode afetar o rosto, as palmas das mãos, as solas dos pés, a virilha, as regiões genitais e/ou anal.

As lesões também podem ser encontradas na boca, na garganta, no ânus, no reto, na vagina ou nos olhos. O número de feridas pode variar de uma a milhares. Algumas pessoas desenvolvem ainda inflamação no reto, que pode causar dor intensa, além de inflamação dos órgãos genitais, provocando dificuldade para urinar.

Entenda

A mpox é considerada doença endêmica na África Central e na África Ocidental desde a década de 1970. Em dezembro de 2022, a República Democrática do Congo declarou surto nacional de mpox, em razão da circulação da cepa 1 do vírus.

Desde julho de 2024, casos da cepa 1b vêm sendo registrados em países como Uganda, Ruanda, Quênia, Zâmbia, Reino Unido, Alemanha, China, Tailândia, Estados Unidos, Bélgica, Angola, Zimbábue, Canadá, França, Índia, Paquistão, Suécia, Emirados Árabes Unidos, Omã, Catar e África do Sul. 

Homem em situação de rua é encontrado sem pênis e sem coração; idosa confessa crime e diz que comeu os órgãos

Um idoso, de 60 anos, foi encontrado morto sem o pênis e parte do coração em Peruíbe, no litoral de São Paulo. De acordo com o boletim de ocorrência, obtido pelo g1 neste sábado (08), uma idosa, identificada como Josefa Lima de Sousa, de 65 anos, confessou ter matado Celso Marques Ferreira e comido os órgãos dele. Ela e o companheiro, Robson Aparecido de Oliveira, de 41, foram presos em flagrante.

O corpo de Celso foi encontrado pela Polícia Militar (PM) com diversos ferimentos de arma branca no pescoço, na caixa torácica e nas partes íntimas na Rua Antônio Siqueira, no bairro Beira Mar, na manhã de sexta-feira (07). Ao lado do cadáver, havia uma placa com as palavras: "estuprador pega gringa".

A polícia encontrou e apreendeu no local um objeto cortante artesanal, com cabo vermelho e manchas de sangue pela lâmina.

O g1 tenta localizar a defesa dos dois suspeitos. No entanto, Robson, o companheiro da suspeita, negou participação no crime à polícia.

A Polícia Civil foi acionada para iniciar a investigação e conseguiu identificar Celso a partir dos depoimentos de seus filhos. Segundo a filha, a vítima fazia uso de álcool e drogas e vivia em situação de rua há mais de 15 anos.

Suspeitos
Com base na placa encontrada ao lado do corpo, os investigadores foram em busca de Josefa Lima de Sousa, que também vive em situação de rua e é conhecida pelo apelido de 'Gringa'.

Ao encontrá-la, os policiais ouviram da mulher que Celso supostamente havia estuprado crianças e resolveram levá-la para prestar depoimento na delegacia. O companheiro dela, Robson, também foi conduzido pela polícia porque um outro casal em situação de rua informou que ele havia ameaçado Celso na última semana.

Esse mesmo casal ainda acusou, informalmente, Josefa e o companheiro de matar Celso com ajuda de outro homem conhecido pelo apelido de "Negão". No entanto, eles se negaram a prestar depoimento formal sobre o caso.

Depoimentos
Durante o interrogatório, Josefa informou também ser usuária de drogas e bebida alcóolica. Ela ainda disse ter conhecimento de que Celso supostamente seria estuprador de crianças, mas não sabia quem eram as possíveis vítimas.

Josefa confessou ter matado o homem e tirado o coração e o pênis dele. Segundo ela, os órgãos foram queimados e comidos durante a madrugada da própria sexta-feira.

Também em depoimento, ela contou que fez toda a ação sozinha. Enquanto isso, Robson negou qualquer participação no crime durante interrogatório.
Investigação
Após analisar as declarações do casal e as circunstâncias do caso, a equipe de investigação, conduzida pelo delegado Ricardo Wagner Zaitune e pelo chefe dos investigadores Anderson Lomenzo Buono, decidiu pela prisão em flagrante de Josefa e Robson pelo crime de homicídio qualificado pelo meio cruel.

De acordo com a equipe policial, houve indícios suficientes de que Josefa participou do crime, pois além da confissão, foi apurado que ela tinha conflitos com a vítima. Apesar de não ter confessado a participação, a polícia considerou que Robson deveria ser preso porque ele teria ameaçado Celso recentemente e, segundo a investigação, Josefa não conseguiria praticar o assassinato sozinha.

No local do crime, a perícia realizou a coleta de impressões digitais e apreendeu o objeto com as palavras "estuprador pega gringa". A equipe policial ainda encontrou e apreendeu um estilete/facão artesanal com cabo vermelho e manchas de sangue pela lâmina.

Os outros moradores em situação de rua que conversaram com a polícia foram qualificados como investigados pelo crime.