“No primeiro momento, quando chega uma situação dessa, a gente não sabe dimensionar a situação, como é que a vítima se encontra, se é uma lesão corporal ou se é uma tentativa de feminicídio”, explicou a delegada. “Ao manter contato com a vítima, creio eu, a delegada do plantão entendeu por tentativa de feminicídio, uma vez que ela estava muito lesionada, o rosto completamente desfigurado”, completou.
Segundo Victória Lisboa, a delegacia aguarda a recuperação da vítima, de 35 anos, para colher o depoimento dela e também investigar se houve “possíveis agressões pretéritas”.
Durante depoimento após o crime, o homem, de 29 anos, alegou ter claustrofobia. A delegada se posicionou sobre essa versão. “Ele justificou essa situação de claustrofobia, porque ele estava, querendo ou não, no elevador. Mas, assim, ao meu ver, isso não é nenhuma justificativa para o que foi feito”, afirmou.
Após ser preso em flagrante, o agressor passou por audiência de custódia e teve a prisão preventiva decretada.
O caso
As agressões aconteceram no último sábado (26), por volta das 16h, dentro do elevador de um condomínio residencial. Imagens da câmera de segurança mostram o casal discutindo logo antes da porta se fechar. Em seguida, o homem parte para cima da mulher e desfere pelo menos 60 socos. A vítima tenta se proteger, mas não consegue impedir a violência.
A mulher ficou com o rosto completamente ensanguentado. Segundo uma amiga da vítima, que preferiu não se identificar, o segurança do condomínio viu as imagens ao vivo pelas câmeras do elevador e acionou a Polícia Militar. No térreo, o agressor foi contido por moradores até a chegada da polícia.
A vítima foi levada ao Hospital Walfredo Gurgel, onde foram constatadas múltiplas fraturas no rosto e no maxilar. Ela deve passar por cirurgia nos próximos dias.
Com informações do g1 RN