A Polícia Civil de São Paulo apontou o padrasto do jovem de 19 anos como principal suspeito de ter envenenado o jovem em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo. A delegada Liliane Doreto, à frente da investigação, afirmou hoje que vai pedir a prisão do homem.
O que aconteceu
Padrasto teria apresentado contradições em seu depoimento, segundo a delegada. Segundo a Liliane Doreto, a prisão temporária dele foi solicitada para aprofundar as investigações.
Inicialmente, a tia da vítima foi apontada pela polícia como suspeita, já que ela teria feito o bolinho de mandioca comido pelo jovem. Ela sempre negou ter praticado o crime e foi ouvida hoje na delegacia.
Delegada explicou que a mulher foi liberada e que o padrasto de Lucas teria agido sozinho. Segundo Liliane Doreto, foi ele quem preparou e serviu os pratos às vítimas no dia em que Lucas passou mal. "Eu não tenho dúvida de que Admilson é provavelmente o autor desse crime. Houve uma reviravolta no caso. Estou aguardando os laudos médicos, mas já tenho elementos para representar pela prisão temporária dele. Ele foi o único que manipulou os bolinhos e entregou pessoalmente para o Lucas", diz Doreto.
Segundo a delegada, a vítima planejava mudar de cidade por causa de um emprego, o que desagradou o padrasto. "Ele é manipulador e muito possessivo. Ele mente bastante, a gente sente isso"…
A delegada destacou que o padrasto foi motivado por ciúmes de Lucas, que planejava sair de casa. "Tudo indica que é um crime passional, que eles (Lucas e Admilson) mantinham um relacionamento e o padrasto estaria apaixonado pelo rapaz, que iria mudar de cidade. Não há dúvidas, nesse momento as investigações indicam que ele é o principal suspeito. A mãe informou que o Admilson confessou anos atrás que abusava de um dos filhos e nada fez", disse a delegada.