O ex-presidente Jair Bolsonaro completou trinta e quatro dias sob custódia da Polícia Federal (PF). Desde que passou a cumprir a pena de mais de 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado na sede da superintendência da corporação, em 22 novembro, Bolsonaro deixou poucas vezes o local. Nesta semana, ele foi levado ao hospital para realizar uma cirurgia de hérnia inguinal.
O ex-presidente ainda não tem previsão de alta e deve ser obrigado a fazer um novo procedimento – desta vez para tratar as frequentes crises de soluços que afetam Bolsonaro.
Enquanto esteve preso na sede da PF, em Brasília, Bolsonaro teve uma rotina marcada por banhos de sol, pelas sessões de fisioterapia e por receber as visitas autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, relator do processo da trama golpista.
O ex-presidente foi liberado a fazer sessões diárias de fisioterapia durante o período em que está tomando banho de sol. A defesa de Bolsonaro argumenta que esse tratamento é necessário, já que o ex-presidente é “idoso, com histórico de múltiplos procedimentos cirúrgicos abdominais” e que “apresenta quadro de debilidade geral”.
Em uma das petições enviadas ao STF para solicitar a cirurgia de Bolsonaro, os advogados do ex-presidente sustentam que ele possui uma série de comorbidades que demandam cuidados contínuos. Eles citam que Bolsonaro tem hipertensão, refluxo, crises de soluço, apneia e apresenta um quadro de anemia.
Os advogados também apresentaram a Alexandre de Moraes um exame feito por Bolsonaro para avaliar a qualidade do sono do ex-presidente. O exame apontou que, na noite em questão, o ex-presidente parou de respirar por 514 vezes durante o sono, apresentou 470 apneias que duraram entre 10 e 25 segundos, e emitiu roncos de moderada e alta intensidade.
Fonte: Veja.com