Créditos: José Cruz/Agência Brasil
A partir de janeiro de 2026, mais de 150 mil dependentes vinculados ao Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo) passarão, pela primeira vez, a contribuir mensalmente pelo plano de saúde.
A partir de janeiro de 2026, mais de 150 mil dependentes vinculados ao Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo) passarão, pela primeira vez, a contribuir mensalmente pelo plano de saúde.
Os valores vão de R$ 50 a R$ 332, variando conforme a idade, e não poderão superar a quantia desembolsada pelo titular. A mudança inaugura um novo modelo de cobrança e altera um sistema que, há anos, mantinha valor fixo para todo o grupo familiar.
Cobrança por faixa etária e debate acalorado na Assembleia
A nova regra foi aprovada pela Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) por meio do Projeto de Lei 30892/25, de autoria do Governo estadual. A justificativa apresentada é que o formato atual — no qual o titular paga uma mensalidade única, com ou sem dependentes — já não sustentaria financeiramente o plano nos próximos anos.
Pelo novo modelo, a contribuição passa a seguir uma tabela atuarial, que distribui custos de acordo com a idade de cada dependente. No plano básico, com acomodação em enfermaria, os valores variam entre R$ 50,67 e R$ 221,39. Para quem optar por apartamento, as mensalidades ficam entre R$ 58 e R$ 332,68. A divisão dos custos também muda: dependentes passam a pagar 30%, enquanto o Ipasgo cobre 70%.
A votação, porém, expôs divergências. Foram 25 votos favoráveis e 7 contrários, além de 9 presenças. Parlamentares da oposição criticaram o projeto, classificando-o como prejudicial às famílias de servidores.
Entre as vozes mais firmes está a deputada Bia de Lima (PT), que lamentou a aprovação e afirmou que a cobrança trará impacto direto ao orçamento doméstico de milhares de trabalhadores.
Já a base do governo sustentou que a cobrança é indispensável para garantir o equilíbrio financeiro do Ipasgo. O deputado Amauri Ribeiro (UB) defendeu que “nenhum plano de saúde se mantém sem participação dos dependentes” e que a medida busca preservar o serviço.