O caso ganhou dramaticidade ainda maior durante o enterro de Maria Katiane, realizado em uma cidade do interior do Ceará. Alex chorou de forma intensa sobre o caixão e chegou a beijar a esposa morta. Apesar da demonstração pública de luto, alguns familiares, sob anonimato, já desconfiavam de seu comportamento, mas tinham receio de denunciar.
O avanço das investigações ocorreu após a análise de câmeras de segurança do condomínio. As gravações mostram Maria Katiane sendo agredida por Alex ainda no estacionamento do prédio. Depois, o casal aparece dentro do elevador discutindo; nas imagens, o suspeito tenta segurar o pescoço da vítima e, logo em seguida, a arrasta para fora do equipamento de forma violenta.
Em outro trecho, a mulher tenta se apoiar para evitar ser puxada, mas cai e é arrastada. Menos de um minuto mais tarde, a mesma câmera registra Alex retornando ao elevador em estado de evidente descontrole emocional.
Depoimento e investigação
Em depoimento, Alex afirmou que a discussão teria começado porque ele não poderia viajar devido a um compromisso com o filho de outro relacionamento. A versão apresentada está sendo analisada pelos investigadores, que também aguardam resultados de exames periciais solicitados pela equipe do 89º Distrito Policial, responsável pelo caso.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou, por meio de nota, que o caso é apurado como feminicídio consumado. O suspeito permanece preso e à disposição da Justiça enquanto novas diligências são conduzidas.
A polícia prossegue na análise de laudos e no levantamento de novos elementos que possam esclarecer os detalhes da morte de Maria Katiane. O caso segue sob investigação.