quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Morte de cearense após cair de 10º andar de prédio tem reviravolta. Marido é preso

A Polícia Civil prendeu, nesta terça-feira (9), Alex Leandro Bispo dos Santos, suspeito de jogar a esposa Maria Katiane Gomes da Silva, de 36 anos, do 10º andar de um prédio na zona Oeste de São Paulo. A mulher morreu.

O crime aconteceu em 29 de novembro, e, à época, o marido afirmou que a morte teria sido resultado de suicídio. A investigação, no entanto, passou a tratá-lo como principal suspeito após a análise de depoimentos, contradições e imagens do próprio apartamento.

Câmeras de segurança flagraram Alex Leandro  agredindo Katiane no estacionamento do condomínio. Depois, os dois aparecem discutindo dentro do elevador
No dia da morte, a PM e o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foram acionados por vizinhos após ouvirem um grito e o barulho da queda. Quando chegaram ao térreo, as equipes encontraram o corpo de Maria já sem vida e o marido abraçado ao cadáver, afirmando que a esposa teria se jogado após uma discussão.

Em depoimento, Alex relatou que o casal havia voltado de uma festa e discutido porque ele queria passar a noite com o filho, de outro relacionamento, antes de embarcarem em uma viagem. Segundo a versão dele, Maria teria descido e subido várias vezes para buscar objetos no carro, até que se trancou no banheiro. Depois, já no apartamento, ele afirma ter ido ao quarto e ouvido um “grito agudo seguido de um barulho”, encontrando a esposa caída ao solo.
Maria Katiane Gomes da Silva, de 36 anos - Vítima
Testemunhas, porém, relataram pontos que levantaram dúvidas. Um vizinho ouvido pela polícia disse ter notado a vítima emocionalmente alterada, possivelmente por álcool ou entorpecentes, mas afirmou não ter visto agressões. Outra testemunha contou que ouviu um grito seguido de um impacto, e encontrou Maria caída enquanto o marido tentava reanimá-la.

A investigação também recolheu câmeras internas do apartamento, que foram fundamentais para definir a dinâmica exata dos fatos. Os cartões de memória e os equipamentos foram apreendidos e enviados para perícia.

Apesar de, inicialmente, a delegacia registrar o caso como morte suspeita, os desdobramentos da investigação, somados a elementos colhidos pelo DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), levaram à prisão de Alex, que agora é tratado como autor do feminicídio. A Justiça autorizou a detenção após pedido da Polícia Civil.

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