sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

Carteira de Identidade Nacional começa a ser emitida para crianças de 0 a 6 anos no Ceará; entenda

Foto: Thiago Gaspar / Casa Civil do Ceará
A iniciativa, que permite que crianças pequenas tenham a identificação oficial, garante o acesso imediato a benefícios e programas sociais
Começou a ser emitida no Ceará, nesta quinta-feira (18), a Carteira de Identidade Nacional (CIN) para crianças de 0 a 6 anos, 11 meses e 29 dias. A ação integra o pacto do Governo Federal para a implementação – em todo o país – da identificação civil para o público neonatal e infantil.

A emissão é feita pelo Governo do Estado do Ceará, por meio da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce). A cerimônia de lançamento do serviço ocorreu nesta quinta, na sede da Coordenadoria de Identificação Humana e Perícias Biométricas (CIHPB), em Fortaleza, com a presença da vice-governadora Jade Romero.

O sistema adota tecnologias biométricas mais precisas e adequadas às características da pele dos bebês, segundo a gestão. Para isso, a Pefoce utilizará um equipamento capaz de capturar dez vezes mais pontos por polegada das impressões digitais, com o objetivo de dar mais confiabilidade às imagens. A tecnologia já permite a coleta das digitais após a primeira limpeza dos dedos do recém-nascido.

Para viabilizar o serviço, o Governo do Ceará investiu mais de R$ 500 mil com a aquisição, por meio da Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice), de 15 kits biométricos. Os conjuntos são formados por câmera, coletor, scanner, notebook e pad de assinatura, desenvolvido especificamente para o cadastramento e a autenticação biométrica neonatal e infantil, a partir do nascimento.

Atendimento ao público
Neste primeiro momento, a emissão da CIN para crianças está disponível na Coordenadoria de Identificação Humana e Perícias Biométricas (CIHPB), no bairro Benfica, em Fortaleza. O agendamento poderá ser realizado no site da Pefoce, a partir do dia 22 de dezembro de 2025.

A partir de 12 de janeiro de 2026, o serviço passará a ser ofertado também no Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e na unidade do Vapt Vupt do Shopping RioMar Papicu, em Fortaleza. A proposta é ampliar gradualmente o atendimento às maternidades e pontos de emissão de documentos do Governo do Ceará, onde serão realizadas as coletas das digitais do recém-nascido e a emissão da nova identidade, com a vinculação do registro civil da criança ao da mãe.

Declarações
Jade Romero destaca a importância da criação da carteira de identidade já durante a primeira infância. “A gente está falando de uma política que não só garante proteção e segurança às nossas crianças, mas também fortalece o acesso a direitos. A Carteira de Identidade é a política-mãe de todas as outras políticas. Quando a gente pensa em qualquer política de assistência, saúde ou educação, essas pessoas só estão ali porque há a identificação do indivíduo e da situação em que se encontra”, frisou a vice-governadora.

A iniciativa, de acordo com o secretário da Segurança Pública e Defesa Social, Roberto Sá, vai ofertar uma identificação mais moderna, intensiva e eficiente. “A Pefoce é uma vinculada essencial na identificação das pessoas e na produção de laudos técnicos de que necessitamos. Com isso, avançamos no programa nacional, de forma rápida, para ofertar uma identificação mais segura, moderna, intensiva e eficiente”, frisou o titular da SSPDS.

O perito-geral da Pefoce, Júlio Torres, ressaltou a segurança do serviço, que garante a individualização da identificação. “Este será um processo extremamente seguro e específico, permitindo a individualização de todas as crianças, com a vinculação à mãe, que também estará registrada no sistema com identificação segura”, disse.

A iniciativa, pontua a gestão estadual, garante o acesso imediato a benefícios e programas sociais. Para o coordenador da CIHPB, Ricardo Filgueiras, isso é um marco na inclusão civil. “Em todo o país, só no ano de 2024, mais de 22 mil crianças sofreram esse fluxo de trocas ou desaparecimentos, e o que essa iniciativa quer é evitar esse tipo de situação. Além disso, o Estado passa, quanto mais cedo, a ter os dados do cidadão, biográficos e biométricos. Para em uma necessidade de identificação daquele cidadão, já ter a identificação civil toda preservada”, ressaltou ele.

GCMais

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