Uma imagem registrada em São Paulo tem gerado comoção e reflexão nas redes sociais. Nela, uma criança autista aparece em crise intensa, assustada e em desespero, após ser exposta a uma zoada excessiva. Ao lado, o pai, visivelmente abalado, demonstra impotência diante da situação, uma cena dolorosa que nenhuma família deveria enfrentar.
O episódio reacende um debate urgente: o impacto dos fogos de artifício e dos ruídos intensos na vida de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Para muitas delas, o som alto não é apenas incômodo; pode provocar crises sensoriais profundas, medo extremo, ansiedade e sofrimento físico e emocional.
Apesar de tantas campanhas por diferentes causas, ainda se fala pouco sobre como barulhos excessivos afetam essas crianças e suas famílias. Com a chegada da virada do ano, quando fogos e “graus” de moto se tornam comuns, o apelo é simples e necessário: empatia.
Em Recife e em qualquer lugar do país, cada atitude conta. Antes de acender um rojão ou produzir ruído desnecessário, vale pensar no impacto que isso pode causar. Celebrar a chegada do novo ano com alegria não precisa significar causar dor ao outro.
O silêncio, para muitas famílias, pode ser o maior presente. Que a virada seja marcada não apenas por festa, mas por respeito, consciência e humanidade. Fazer parte dessa mudança é uma escolha — e ela começa agora.
Giro News