Ciro tem o compromisso de apoio do PL, do PSDB e do comando nacional da Federação União Brasil/PP, que poderá ter dois candidatos na chapa majoritária. A princípio, segundo aliados de Ciro, a chapa poderá contar com Ciro Gomes, governador; deputado federal Moses Rodrigues, vice-governador; Roberto Cláudio e o deputado estadual e pastor Alcides Fernandes; candidatos ao Senado, tendo ainda quatro vagas de suplentes de senador, para negociações com outras siglas.
A oposição ainda admite que o PSD cearense possa fazer parte do grupo, caso seja candidato à presidência da República, no próximo ano, o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas, posto ser o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, um dos principais defensores da candidatura de Tarcísio. O PSD cearense, embora se diga grande, com muitos prefeitos e vereadores espalhados pelo Estado, não tem merecido a atenção que esperava ter das principais lideranças do Ceará. Ele é apontado apenas como coadjuvante, em qualquer das situações apresentadas por governistas e oposicionistas.
Com Moses Rodrigues na chapa majoritária, como candidato a vice-governador, Ciro esvazia o poder eleitoral dos seus irmãos, e hoje adversários em Sobral. Moses é filho do prefeito de Sobral, Oscar Rodrigues, que em 2024 derrotou a ex-governadora Izolda Cela, candidata a prefeita da Princesa do Norte, com o apoio ostensivo dos ex-governador Camilo Santana e Cid Gomes, além de Ivo Gomes, que era o prefeito da cidade.
Os governistas cearense, nos últimos meses, especulavam sobre a adesão de Moses Rodrigues à campanha de reeleição do governador Elmano de Freitas, inclusive acenando que o deputado federal poderia ser candidato ao Senado. Como candidato a vice-governador, qualquer que seja o resultado das eleições de 2026, o espaço político de Moses e do seu pai, Oscar, sairá aumentado, e mais fácil estará a reeleição de Oscar, além de Moses se credenciar, se eleito governador, a disputar com apoio do esquema de Ciro ao Senado da República, na eleição seguinte.
Blog do Edison Silva