terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Dra Silvana cobra ação efetiva na Segurança e aponta desconexão do governo com a realidade das ruas

Foto: ALECE
O tema foi levado à tribuna pela deputada Dra. Silvana. 
A sensação de insegurança que domina diversas regiões do Ceará voltou ao centro do debate na Assembleia Legislativa nesta terça-feira (16). Em pronunciamento no primeiro expediente, a deputada Dra. Silvana (PL) acusou o Governo do Estado de ignorar proposições da oposição e de priorizar pautas que, na avaliação dela, estão distantes da principal demanda da população: o combate à criminalidade.

“Falo em nome dos cearenses assombrados”, disse a parlamentar, destacando que os deputados de oposição têm apresentado projetos, analisado orçamentos e proposto debates, mas não encontram eco no Palácio da Abolição.

“Estudamos, construímos proposições, apelamos na tribuna, mas não somos atendidos”, lamentou.

Dra. Silvana criticou o que considera uma inversão de prioridades. “Enquanto o povo está com medo dentro de casa, o governo aprova carteira de habilitação específica para o público LGBTQIAPN+. Não é contra a medida em si, mas contra o momento: a obrigação primeira do Estado é proteger todos os cearenses, independentemente de qualquer identidade”, afirmou.

Sargento Reginauro (União) reforçou a reclamação ao dizer que a população está refém do crime organizado. Já o deputado Pedro Matos (Avante) trouxe números de rejeição da gestão e um exemplo concreto do que vem acontecendo interior do Estado. “Um quarto dos cearenses desaprova esse modelo de gestão que permitiu às facções dominarem o Estado. Maranguape, que era conhecida como terra do humor, hoje é associada ao terror”, declarou.

Para os opositores, o Governo Elmano tem subestimado a gravidade da crise de segurança e perdido sintonia com o medo real que atinge famílias de todas as classes sociais e regiões do Ceará. Embora o governo destaque investimentos em inteligência, concursos para a Polícia Civil e Militar e parcerias com o Governo Federal, os números de homicídios, roubos e domínio territorial de facções continuam a colocar o Ceará entre os estados mais violentos do país.

Para a oposição, isso é resultado não apenas de falta de recursos, mas sobretudo de falta de vontade política em ouvir quem está na linha de frente do problema e de priorizar o que realmente importa para a maioria dos cearenses neste momento.

Blog do Edison Silva

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