terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Estudo mostra que as crianças herdam a inteligência da mãe

Foto: Reprodução/Internet
Um novo estudo viral reacendeu o debate ao apontar que boa parte da inteligência das crianças pode ter influência maior da mãe. Isso porque alguns genes relacionados a funções cognitivas estão ligados ao cromossomo X, herdado da mãe.

Embora existam evidências científicas, é importante mencionar que cada criança pode experimentar mudanças ou alterações em seu processo de aprendizagem, dependendo do contexto em que cresce e se desenvolve. Mesmo assim, o material reforça a importante influência materna no desenvolvimento cognitivo.

Fatores genéticos têm um grande impacto nas características das crianças. Essa relação é evidente não apenas em aspectos como sua aparência física ou seu caráter, mas também em elementos como seu desenvolvimento intelectual. Você provavelmente já ouviu alguém dizer a você ou a um membro da família: “Você é tão inteligente quanto sua mãe” ou “Você herdou a inteligência do seu pai”, mas você já se perguntou se isso poderia ser verdade?

Essa pergunta tem uma resposta baseada em estudos científicos. E, pelo que se sabe, a característica não é aleatória, mas há um genitor mais influente em seu desenvolvimento. De acordo com uma pesquisa usando testes em animais publicada no blog de psicologia “Psychology Spot” e citada pelo The Independent, a inteligência das crianças é, em grande parte, herdada de suas mães.

Por que é a mãe que transmite inteligência?

Segundo o estudo, a relação entre os pais e a herança da capacidade intelectual se deve à ativação de genes associados ao cromossomo X, que é sabidamente contribuído pelo sexo feminino. Como as mulheres têm um cromossomo X duplo, ou seja, XX, e os homens têm apenas um, ou seja, XY, é mais provável que os filhos herdem a inteligência da mãe, pois enquanto os homens têm apenas uma chance de transmiti-la, as mulheres têm duas.

As descobertas dos pesquisadores indicam que, se o pai transmite o gene da inteligência, ele é automaticamente desativado, pois esses são “genes condicionados”. Se vierem da mãe, eles são ativados e cumprem sua função normal na capacidade cerebral.

Quais genes o pai pode contribuir?

O instinto de sobrevivência, o instinto alimentar, a agressividade e a área do cérebro responsável pelas emoções são alguns dos genes paternos que podem ser ativados nos filhos e cumprir suas funções básicas. Isso mostra que atividades mais complexas, como o desenvolvimento da linguagem e a capacidade de raciocínio, podem ser mais influenciadas pelos genes que a mãe transmite à criança.

Jornal O Sul

Traição e Mistério: Mulher mata homem e escreve com o sangue da vítima na parede: “Era ele ou eu”

A Polícia Civil prendeu uma mulher de 28 anos depois de ela ter confessado a morte de um homem, de 34 anos. O caso aconteceu em Mineiros, no sudoeste de Goiás. De acordo com a polícia, a mulher chegou a escrever com o s4ngue da vítima na parede “era ele ou eu” e “ele ia me matar”.

O homem seria amante do casal formado pela autora e o ex-marido dela.

O crime aconteceu no dia 19 de agosto deste ano, no entanto, a mulher se entregou à polícia na última segunda-feira (29/8). Conforme a corporação, o crime teve requintes de crueldade e, até o momento, está descartado que a vítima ofereceu perigo à suspeita, em razão da brut4lidade do assassinato.

A vítima foi morta com vários golpes de faca e p4ncadas. De acordo com a corporação, inicialmente, a suspeita é de que o ex-marido teria cometido o crime. Porém, ele teria mostrado mensagens comprovando que estava em outro lugar no dia do fato. A separação do casal também teria acontecido pelo caso extraconjugal.

Facada no pescoço

Em depoimento, a mulher confessou o crime. No relato, ela contou que comprou um antidepressivo e colocou no suco da vítima. Depois que ele dormiu, ela teria desferido uma fac4da no pescoço dele.

Conforme a polícia, a vítima acordou e pediu por ajuda, implorando para a suspeita chamar o SAMU. Ao perceber que a amante seria a autora das agressões, a vítima chegou a tentar fugir. A mulher, então, aproveitou-se que o homem caiu no chão e at4cou com um pedaço de madeira.

Depois que o homem morreu, o corpo dele foi jogado em um terreno baldio da cidade. A suspeita fugiu, então, para Camaçari, na Bahia.

A mulher não teve a identidade revelada. Ela pode responder por homicídio duplamente qualificado. Se condenada, ela pode pegar até 30 anos de prisão.

‘Vou jogar sua irmã e depois vou me jogar. Beijo, te amo’, disse mãe à filha mais velha antes da tragédia

Mulher dopou a criança antes de a jogar do 10º andar em hotel no centro de Belo Horizonte. 
A mulher de 32 anos que jogou a própria filha de 6 anos e depois pulou do 10º andar de um hotel de Belo Horizonte se despediu da filha mais velha, de 13 anos, que também estava no quarto, nessa segunda-feira (1º/12). Antes, a mulher deu três opções para a adolescente, que não aceitou se matar. “Já que você decidiu ficar, primeiro eu vou jogar sua irmã, depois eu me jogo. Um beijo, te amo”, disse a mãe à garota.

A PM foi acionada por volta das 15h20 após hóspedes acionarem a recepção dizendo ter visto uma criança cair sobre a marquise do prédio, seguida pela queda de uma mulher que atingiu a rua. Quando chegaram à rua Espírito Santo, os militares encontraram equipes do SAMU e do Corpo de Bombeiros já no local. As duas vítimas tiveram morte constatada pela médica do SAMU ainda na cena.

A adolescente de 13 anos, muito abalada e amparada por funcionários do hotel, explicou aos policiais que a mãe decidiu se hospedar no local na noite anterior, após um desentendimento com o companheiro. No quarto, ainda no domingo (30/11), a mulher apresentou à filha três “alternativas”: que as três tirassem a própria vida ingerindo remédios, que a adolescente fosse morar com a avó, ou que recebesse passagem para viver com o pai biológico no Espírito Santo.

A adolescente recusou várias vezes a possibilidade de autoextermínio. Ela contou que a mãe então afirmou que a irmã mais nova “não teria escolha” por ser pequena. Em seguida, segundo a adolescente, a mulher tentou fazer com que ela tomasse medicamentos, mas ela não aceitou. A mãe, porém, deu grande quantidade de remédios à criança de 6 anos, que ficou sonolenta, apática e com redução de consciência.

Logo depois, veio a frase que antecedeu o crime. A adolescente viu a mãe jogar a irmã pela janela. Em choque, saiu correndo pelo hotel pedindo ajuda e não presenciou o momento exato em que a mãe também se lançou do 10º andar.

Sem calcinha! Saiba o motivo de Simone Mendes não usar peça íntima

Simone Mendes tratou de encarar, com a naturalidade de sempre, a curiosidade que tomou conta das redes após revelar no programa da Angélica, no GNT, que não gosta de usar calcinha. Em entrevista exclusiva a este colunista do Metrópoles, a sertaneja voltou ao assunto e comentou a fama inesperada de “inimiga da calçola”.

“A calçola é um problema na minha vida. Se tem uma coisa que não compro é calcinha, não gosto. Tenho raiva da calcinha. Tenho raiva da academia, tenho raiva da calcinha, porque a calcinha dá trabalho para tudo. (…) É uma função para fazer xixi. É aquele negócio que entra no rabo da gente. Não gosto, é trabalhoso demais.”

Simone voltou o foco para a carreira solo, completando três anos desde o fim da dupla com a irmã Simaria. A artista recebeu um certificado da gravadora pelos 4 bilhões de streams somados no período e contou como encara o próprio crescimento.

“São três anos de carreira, quatro bilhões de streams. Fico tentando entender um pouco do que está acontecendo. Sempre fui uma pessoa que nunca sonhei com o primeiro lugar. Eu queria estar entre os maiores, mas não me importava se ia estar no décimo, oitavo, sexto… Queria trabalhar.”

A cantora também refletiu sobre o percurso que percorreu até se tornar um dos nomes mais ouvidos do país. Para ela, o caminho foi definido por algo além dos números.

No Peru, pré-candidato escapa de ataque a tiros em plena campanha

O pré-candidato à presidência do Peru, Rafael Belaúnde Llosa, sobreviveu a um ataque a tiros nesta terça-feira (2) enquanto circulava pela província de Cañete, região de Lima. O veículo em que estava foi alvejado ao menos três vezes na cabine, e o político sofreu apenas pequenos cortes causados por estilhaços. A Polícia Nacional confirmou que ele está fora de perigo.

Belaúnde se dirigiu em seguida a uma delegacia para formalizar a denúncia. Lideranças políticas locais condenaram o ataque e exigiram ação rápida das autoridades. Para Gino Costa, ex-ministro do Interior, “a Justiça deve punir os responsáveis com rapidez e rigor”, enquanto Pedro Cateriano, ex-presidente do Conselho de Ministros, classificou o episódio como “um mau início de campanha”.

O político concorre pelo partido Libertad Popular e já ocupou o Ministério de Energia e Minas em 2020, mas deixou o cargo cedo devido à falta de apoio no Parlamento. Neto do ex-presidente Fernando Belaúnde Terry, deposto por um golpe militar nos anos 1960, Rafael Belaúnde enfrenta agora um cenário político tenso, com sucessivas mudanças de governo e eleições gerais marcadas para abril de 2026.

O episódio reforça a instabilidade política no Peru e a violência que ronda campanhas eleitorais no país.

Deputados da base de Elmano trocam acusações na Assembleia

Foto Júnior Pio/José Leomar/Alece
Adversários políticos em Iguatu, os deputados estaduais Agenor Neto (MDB) e Marcos Sobreira (PSB), ambos da base do governador Elmano de Freitas (PT), protagonizaram um embate na sessão plenária desta terça-feira, 2, na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece). A troca de acusações levou ao encerramento da sessão por falta de quórum, o que irritou Agenor.

Ex-prefeito do município, Agenor utilizou o tempo de discurso para afirmar que o atual prefeito de Iguatu, Roberto Filho (PSDB), tem usado as redes sociais de forma recorrente para atacá-lo.

"Estou falando pela humilhação que os funcionários públicos de Iguatu estão passando neste exato momento. Quem viu, nas redes sociais, um vídeo de uma funcionária, mãe com dois filhos, chorando, dizendo que votou nesse prefeito e que está passando pela maior humilhação da vida dela", declarou.

Ele prosseguiu: "Por que ela está passando por essa humilhação? Porque ela exerceu o seu direito como funcionária de fazer greve. Mas por que essa greve? O sindicato e os funcionários públicos de Iguatu estão em greve por vários motivos, mas o choro foi em virtude dela receber seu salário com desconto de R$ 1 mil, como punição por estarem em greve", acusou.

Em seguida, chamou a atual gestão de “cruel” e “pior da história da cidade”, além de afirmar ter quitado milhões em precatórios herdados da gestão anterior. Agenor também fez outras acusações, dizendo que o prefeito estaria sendo investigado pela Polícia Federal e que a Prefeitura não teria repassado ao hospital municipal diversos recursos previstos.

Reação

Em resposta, o deputado Marcos Sobreira rebateu Agenor e afirmou que a Prefeitura de Iguatu já pagou, somente na atual gestão, mais de R$ 25 milhões em precatórios deixados por Agenor e que, “novamente teve semana passada”, R$ 15 milhões bloqueados pela Justiça.

"Em 11 meses de gestão, são R$ 40 milhões que o deputado Agenor enquanto prefeito deixou para o povo de Iguatu e a conta tá sendo paga agora", declarou.

Sobre a greve, Sobreira disse que os servidores têm direito de reivindicar, mas afirmou que não entraria no mérito porque houve uma decisão do Tribunal de Justiça suspendendo o movimento. Acrescentou, porém, que gestões anteriores teriam promovido episódios de espancamento contra funcionários públicos durante paralisações.

Ele encerrou pedindo desculpas por tratar do tema no plenário, lembrando que havia um acordo com a Presidência para que não fosse abordado. "Mas, infelizmente, quem deu a palavra ao presidente não tem palavra. Peço desculpas aos senhores deputados, mas lamento que a eleição no Iguatu não tenha acabado", finalizou.

Com informações do O Povo

PM acusado de ameaçar testemunha de homicídio é preso no Ceará

O caso passou a ser investigado no DHPP
O sargento é um dos denunciados pelo assassinato
A Justiça determinou a prisão do sargento da Polícia Militar do Ceará (PMCE) Everaldo Moreira Florêncio. O agente é acusado por um crime de homicídio e, conforme documentos, tentou interferir no processo colocando a instrução criminal em risco.

O policial teria ameaçado pelo menos uma testemunha do caso do assassinato da vítima Weider Pereira de Oliveira. O Ministério Público do Ceará (MPCE) pediu a prisão preventiva do réu e o juiz da 1ª Vara Criminal de Quixadá decretou a prisão.

Há informações de que ficou constatado que o chip do celular utilizado para mandar mensagens ameaçando uma testemunha era do PM.

'TEU DIA TÁ CHEGANDO' 
A testemunha teria recebido ameaças via Whatsapp. Em uma das ocasiões de audiência de instrução presencial, a assistência de acusação destacou que as testemunhas preferiam ser ouvidas por videoconferência indicando que elas se sentiam constrangidas na presença dos réus.

Em março de 2023, as mensagens foram encaminhadas no Whatsapp: "Teu dia tá chegando e da tua raça todinha. Vou mandar tudo pra vala do jeito que fiz com esses dois vagabundos. Tu tá confiando na Justiça. Ela não vai dá a vida a tua não... Vai ser um por um".
INVESTIGAÇÃO COMPLEXA 
De acordo com a acusação, o assassinato aconteceu em decorrência de uma sequência de episódios, iniciada ainda no ano de 1999.

Everaldo Moreira foi denunciado junto a James de Oliveira Bandeira pela morte de Weider. A dupla também é acusada de outro homicídio, o qual também teria participado James, além do irmão de Everaldo, o também sargento PM Edwardes Moreira Florêncio e o pai deles Edivardo Florêncio de Almeida. Ambos os crimes aconteceram em Banabuiú, no ano de 2018.

FICHA CRIMINAL 
Na ficha do policial Everaldo Moreira Florêncio há ainda antecedentes por um crime de corrupção passiva. De acordo com denúncia feita pelo Ministério Público do Ceará, em 2015, o PM apreendeu uma arma de fogo, mesmo estando de licença para tratamento de saúde e ordenou ao suspeito de portar a arma que pagasse R$ 500 para não ser denunciado.

Homem transfere R$ 50 mil por engano via Pix, tenta recuperar o dinheiro e descobre que, além da restituição, Justiça fixou R$ 10 mil por dano moral

Uma transferência bancária feita por engano acabou em disputa judicial, gerando devolução de valores e indenização, após o recebedor se recusar a restituir o depósito duplicado.
Um erro na hora de transferir dinheiro terminou na condenação de um recebedor à devolução de R$ 50 mil e ao pagamento de R$ 10 mil por dano moral, depois que ele se recusou a restituir um depósito feito em duplicidade.

A decisão, tomada pela Segunda Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), reforça que manter valores recebidos por engano configura enriquecimento sem causa e pode gerar não só obrigação de devolver o dinheiro, mas também indenização.

Como o erro na transferência gerou disputa judicial
O caso teve origem em um contrato de empréstimo que previa a quitação de parcela por transferência bancária.

Ao efetuar o pagamento, o devedor acabou realizando duas transferências de R$ 50 mil para a mesma pessoa, a partir de contas diferentes, o que resultou em crédito em duplicidade na conta do beneficiário.

Assim que percebeu o equívoco, o pagador comunicou o recebedor e pediu a devolução da segunda transferência.

A resposta, porém, foi negativa. O destinatário tentou justificar a retenção alegando que usaria o valor para compensar outra dívida, não prevista no contrato.

Os desembargadores entenderam que essa compensação unilateral não tinha respaldo contratual e violava o dever de boa-fé objetiva.
Decisão do TJMT obriga devolução de R$ 50 mil enviados por engano e fixa R$ 10 mil em dano moral após recusa do recebedor.

No acórdão, a turma destacou que, ao manter em sua conta a quantia transferida duas vezes, sem autorização e sem justificativa válida, o recebedor incorreu em enriquecimento sem causa, o que legitimou a intervenção do Judiciário para determinar a restituição.

Provas determinantes para a condenação
A relatoria enfatizou que o conjunto de provas estava bem estruturado.

Extratos bancários, comprovantes de transferência e uma ata notarial de conversas em aplicativo de mensagens permitiram reconstituir a sequência dos fatos: pagamento da parcela, repetição do depósito e ciência do erro pelo recebedor, seguida da recusa em devolver o montante.

Com essa documentação, o colegiado afastou dúvidas sobre a origem do crédito em duplicidade e sobre a resistência em restituir o valor.

A retenção foi considerada indevida, pois não havia qualquer cláusula que autorizasse o credor a se apropriar de quantia excedente para compensar débitos diversos.

Na parte financeira, o TJMT determinou a devolução dos R$ 50 mil, corrigidos pelo IPCA e com juros pela taxa Selic, ambos contados desde a data do erro, em 7 de março de 2019.

A corte também fixou indenização por dano moral em R$ 10 mil, a ser atualizada pelos mesmos índices, a partir da citação.

O que muda para quem erra transferências via Pix
Embora o processo trate formalmente de uma transferência bancária tradicional, ocorrida antes da implantação do Pix, o entendimento firmado dialoga diretamente com situações atuais envolvendo transações instantâneas.

Em operações eletrônicas, seja TED, DOC ou Pix, o ponto central permanece o mesmo: quem recebe valor que não lhe é devido tem o dever jurídico de restituir.

Quando, mesmo avisado do erro, o recebedor se recusa a devolver o dinheiro, abre-se espaço para responsabilização civil, que pode incluir devolução do principal e pagamento de danos morais.

No universo do Pix existe, porém, uma camada operacional específica: o Mecanismo Especial de Devolução (MED), criado pelo Banco Central para lidar com situações de fraude ou falhas operacionais das instituições participantes.

Nesses casos, a vítima pode pedir a devolução junto ao próprio banco em prazo limitado.

O sistema permite o bloqueio cautelar dos valores na conta do recebedor durante a apuração, aumentando as chances de recuperação do dinheiro.

Mesmo com o aperfeiçoamento do MED, o mecanismo não substitui a via judicial: ele atua como um caminho administrativo inicial que pode ser acionado logo após o problema.

Decisões recentes sobre Pix enviado por engano
Tribunais de diferentes estados já vêm julgando casos em que o erro ocorre especificamente em transferências via Pix.

Em decisão do 2º Juizado Especial Cível de Águas Claras, no Distrito Federal, um homem que recebeu R$ 4 mil por engano foi condenado a devolver integralmente o valor, após o remetente digitar equivocadamente a chave Pix ao tentar transferir recursos entre contas próprias.

No processo, o autor relatou que tentou contato com o destinatário, mas foi ignorado e bloqueado em aplicativos de mensagem.

A instituição financeira informou que não poderia estornar ou bloquear a quantia sem ordem judicial.

Ao analisar o caso, a juíza destacou que, embora o erro na digitação tenha sido do remetente, o beneficiário não poderia se manter com valor que sabia ser alheio.

A decisão frisou que, se alguém se enriquece sem justa causa às custas de outra pessoa, surge a obrigação de restituir o que foi recebido indevidamente.

Por que a recusa pode gerar dano moral
Nem todo engano em transferência de dinheiro resulta automaticamente em dano moral.

Os julgados recentes indicam que a indenização aparece quando a conduta do recebedor supera o mal-entendido e demonstra resistência injustificada diante de prova clara do erro.

No processo julgado em Mato Grosso, pesou o fato de o recebedor ter sido informado do depósito em duplicidade, ter ciência da origem do valor e, ainda assim, se negar a devolvê-lo.


O pagador precisou recorrer ao Judiciário para reaver quantia expressiva, cenário reconhecido como capaz de gerar abalo que ultrapassa mero aborrecimento.

Na notícia oficial sobre o acórdão, a relatora registrou que é “evidente o abalo moral decorrente da angústia e frustração diante da recusa indevida em devolver numerário de sua propriedade transferido por engano”.

Essa avaliação levou à fixação dos R$ 10 mil de indenização, considerada proporcional e com função pedagógica.

O que fazer ao perceber uma transferência feita por engano
Ao notar que um valor saiu da conta por engano, especialistas orientam agir com rapidez.

O passo inicial é comunicar o banco e registrar formalmente o ocorrido, guardando protocolos, e-mails ou mensagens que comprovem o pedido.

Se a operação tiver sido feita via Pix e houver indícios de fraude ou falha operacional da instituição, o usuário pode solicitar o acionamento do MED, dentro do prazo previsto pelo Banco Central.

Em paralelo, é prudente armazenar comprovantes de transferência, extratos e registros de conversas com o recebedor.

Quando a solução extrajudicial não funciona e o recebedor mantém a recusa, esse histórico documental costuma ser decisivo em eventual ação judicial.

VEJA A MATÉRIA EM VÍDEO AQUI.

Marcos do caso julgado em Mato Grosso
No episódio que se tornou referência, a decisão foi unânime na Segunda Câmara de Direito Privado do TJMT, sob relatoria da desembargadora Maria Helena Gargaglione Póvoas.

O julgamento ocorreu em 28 de maio de 2025, com divulgação oficial em 14 de julho de 2025.

O processo tramita sob o número 1022601-23.2021.8.11.0015. Uma característica chama atenção: o tribunal registrou a operação como transferência bancária comum e indicou que o erro ocorreu em 7 de março de 2019, antes do lançamento do Pix.

Ainda assim, os fundamentos aplicados – devolução de valores indevidos, vedação ao enriquecimento sem causa e proteção da boa-fé – se projetam sobre as discussões atuais envolvendo Pix enviado por engano.

Sabendo desse cenário e das consequências que a recusa pode gerar, se um valor alto saísse equivocadamente da sua conta hoje, qual seria seu primeiro impulso: falar com o banco, tentar contato imediato com o recebedor, acionar o MED no Pix ou buscar orientação jurídica especializada?

Como solicitar o novo RG e recebê-lo pelos Correios: conheça as regras, prazos e quem pode solicitar

A nova carteira de identidade já está disponível em todo o país e oferece mais segurança contra fraudes. Descubra como solicitar, quais documentos levar e quais são as principais vantagens do novo modelo.
Saiba como solicitar o novo RG pelos Correios, em quais estados isso já é permitido, qual o prazo e quais documentos são exigidos para a entrega domiciliar.
O novo RG, oficialmente a Carteira de Identidade Nacional (CIN), já pode ser enviado para o seu endereço por meio dos Correios, dependendo do estado em que você mora.

Quem faz o atendimento para emitir a nova identidade coleta dados biométricos ainda presencialmente, mas tem a opção de receber o documento em casa, o que evita viagens aos postos.

Estados como São Paulo e Minas Gerais já adotam esse modelo, e o envio é rastreado e integrado com o sistema do Governo Federal. Isso facilita a vida do cidadão e reduz as filas.

O que é o novo RG?
O novo RG (CIN) é uma carteira de identidade nacional que tem o CPF como número único, unificando os registros estaduais.

O documento pode ser emitido tanto em versão física quanto digital.
Além disso, possui QR Code para checagem de autenticidade e código MRZ (como os passaportes), aumentando a segurança.

Como funciona o envio pelo Correio
Para pedir o novo RG com envio pelos Correios, primeiro é necessário fazer o atendimento presencial para coleta de documentos, foto, assinatura e biometria.

No momento da solicitação, o cidadão pode optar pela entrega domiciliar e, se aprovado, o RG é enviado para o endereço cadastrado via Correios.

O acompanhamento da entrega pode ser feito por meio de código de rastreamento fornecido nos Correios ou por aplicativos governamentais.

Em algumas regiões, o documento só pode ser retirado presencialmente no posto onde foi solicitado. Já em outras, o cidadão tem a alternativa de receber o novo RG pelos Correios, seguindo prazos e eventuais taxas estabelecidos por cada órgão local.

Novo RG: Em quais estados o envio pelos Correios já é permitido
Atualmente, nem todos os estados oferecem a opção de entrega do novo RG via Correios. Segundo um levantamento recente:

São Paulo: Permite o envio da CIN para residência após atendimento no Poupatempo.

Minas Gerais: Também já oferece a opção domiciliar para novos pedidos.

Outros estados ainda exigem que o documento seja retirado no posto de atendimento.

Documentos necessários para pedir o novo RG
Para solicitar a Carteira de Identidade Nacional, você deve levar ao atendimento presencial:

Certidão de nascimento ou casamento, original ou cópia autenticada.

CPF, que será vinculado ao número do documento. Alguns estados também permitem incluir dados extras, como tipagem sanguínea ou nome social, desde que haja comprovação.

Prazo, validade e custo
A primeira emissão do novo RG (CIN) é gratuita.

O prazo para a entrega via Correios varia conforme o estado, mas costuma levar até 15 dias úteis em muitas regiões.

O documento tem validade de 5 a 10 anos, dependendo da idade do cidadão.

Vantagens do envio pelo Correio
  • Comodidade: você não precisa voltar ao posto para buscar o documento.
  • Redução de filas e deslocamentos: ideal para quem tem dificuldade de locomoção ou mora longe dos postos.
  • Segurança: o documento é rastreado pelos Correios, diminuindo riscos de extravio.

VEJA REPORTAGEM EM VÍDEO AQUI.

Possíveis desvantagens e cuidados

Mesmo com a entrega por correio, é importante:

Confirmar se o endereço cadastrado está correto no momento do atendimento presencial, pois os Correios usarão esse local para a entrega.

Verificar se o estado onde você solicita o RG realmente permite a entrega domiciliar, já que nem todos oferecem esse serviço.

Acompanhar o rastreamento para garantir que o documento será recebido.

O envio pelos Correios deve se expandir para mais estados conforme o novo RG se torna cada vez mais comum.

O governo também analisa formas de agilizar os processos, como ampliar postos com coleta de biometria e modernizar sistemas de rastreamento.

Para muitos brasileiros, essa nova etapa representa mais praticidade, segurança e inclusão um avanço real na modernização da nossa identidade nacional.

Fonte: ND+

Com a nova lei, quem não fizer testamento deixará a viúva sem herança: entenda por que até casamentos longos correm risco de perder tudo

Mudança em debate no Código Civil pode alterar regras históricas da herança no Brasil e impactar diretamente casais sem testamento, trazendo riscos patrimoniais, insegurança jurídica e possíveis conflitos familiares caso a proposta avance no Congresso Nacional.
Uma mudança em discussão na reforma do Código Civil pode alterar de forma direta a vida patrimonial de milhões de casais no Brasil.

A proposta, que tramita no Senado, retira o cônjuge da lista de herdeiros necessários em determinadas situações, o que significa que maridos e esposas poderão não ter direito automático à herança se não houver testamento.

O alerta foi feito pela advogada Simone Calili, especialista em Direito de Família, em publicação que ganhou forte repercussão nas redes sociais.

Hoje, a legislação garante proteção mínima ao cônjuge sobrevivente.

Independentemente de testamento, marido ou esposa integram o grupo de herdeiros necessários ao lado de filhos e pais.

Isso assegura, por lei, uma parcela do patrimônio do falecido.

A reforma em debate muda esse ponto central.

Quando houver descendentes ou ascendentes vivos, o cônjuge pode deixar de herdar automaticamente.

Quem corre mais risco com a mudança nas regras de herança
O impacto não atinge todos da mesma forma.

Os maiores riscos recaem sobre perfis muito comuns no Brasil.

Casais em que apenas um dos cônjuges concentrou bens em seu nome ao longo da vida são os mais vulneráveis.

Também entram nesse grupo famílias recompostas, com filhos de relacionamentos anteriores, e uniões estáveis sem formalização patrimonial detalhada.

Outro ponto sensível envolve idosos.

Em casamentos longos, é frequente que imóveis, investimentos ou empresas estejam registrados em nome de apenas um dos parceiros.

Sem testamento, o cônjuge sobrevivente pode perder a segurança econômica construída ao longo da vida, ficando dependente de herdeiros ou até de disputas judiciais.
O que muda na prática se não houver testamento
Caso a proposta seja aprovada, o testamento deixa de ser apenas um instrumento de organização patrimonial.

Ele passa a ser essencial para garantir proteção ao cônjuge.

Somente por meio do documento será possível assegurar, de forma clara, que o marido ou a esposa receba herança.

Sem testamento, não haverá direito automático, ainda que o casal tenha construído patrimônio em conjunto.

A advogada Simone Calili destaca que a mudança exige atenção imediata.

Ela explica que muitas pessoas acreditam estar protegidas apenas pelo casamento.

Essa percepção pode não refletir mais a realidade jurídica.

Segundo ela, a ausência de planejamento sucessório pode resultar na exclusão total do cônjuge da herança, inclusive da parte que hoje é reservada por lei.

Regime de bens não garante proteção total
Um ponto que costuma gerar confusão é o regime de bens.

Mesmo em regimes como comunhão parcial ou universal, a herança se refere aos bens particulares do falecido.

A reforma não mexe na divisão do patrimônio comum do casal.

No entanto, ela pode excluir o cônjuge da sucessão sobre bens que estejam apenas no nome de quem morreu.

Isso significa que confiar apenas no regime de bens pode não ser suficiente.

Sem testamento, parte relevante do patrimônio pode seguir um caminho diferente daquele imaginado pela família.

Planejamento sucessório deixa de ser opção
Dados de cartórios indicam que apenas uma pequena parcela da população brasileira possui testamento formalizado.

Com a mudança em debate, esse número passa a ter peso estratégico.

Planejar a herança deixa de ser um tema distante e passa a ser uma medida de proteção familiar.

Especialmente para quem deseja garantir estabilidade financeira ao cônjuge após a morte.

Além do testamento, cresce a procura por pactos antenupciais e outras formas de organização patrimonial ainda em vida.

Especialistas alertam que a falta de informação pode gerar conflitos, insegurança jurídica e aumento da judicialização.

Alerta para famílias que podem ser pegas de surpresa
O texto ainda não virou lei e pode sofrer alterações ao longo da tramitação.

Mesmo assim, o debate já acende um sinal de alerta.

Setores do Direito de Família defendem ajustes que preservem algum nível de proteção ao cônjuge.

Enquanto isso, cresce a preocupação com famílias que não acompanham o tema.

Sem testamento, a realidade sucessória pode mudar drasticamente para viúvas e viúvos em todo o país.

O tema envolve não apenas técnica jurídica.

Ele alcança segurança econômica, expectativas familiares e o papel do casamento como estrutura de proteção patrimonial no Brasil.

Crédito da informação e do alerta: Simone Calili, advogada especialista em Direito de Família, por meio de publicação em rede social.