terça-feira, 9 de dezembro de 2025

Anvisa publica registro da vacina brasileira contra a dengue

Foto Shutterstock/Prostock-studio.
O registo de uma vacina contra a dengue foi publicado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta última segunda-feira (8), no Diário Oficial da União. O imunizante brasileiro está sendo desenvolvido pelo Instituto Butantan.

Em novembro, o ministro Alexandre Padilha já havia anunciado o registro da vacina. A pasta busca iniciar a aplicação das doses em 2026, de modo gratuito, através do Sistema Único de Saúde (SUS). 

Com a publicação no Diário Oficial, a Anvisa detalhou que oficializa a conclusão do processo regulatório, permitindo a produção do imunizante e comercialização da vacina.

O imunizante será ofertado exclusivamente pelo SUS.

Com informações do Diário do Nordeste e Agência Brasil.

Lei do Farol começa a valer no Brasil e altera regras para motoristas

Lei do Farol deixa claro quando ligar o farol durante o dia e como evitar confusão (Créditos: depositphotos.com / Canetti)
A Lei 14.071/2020, popularmente chamada de Lei do Farol, alterou o Código de Trânsito Brasileiro para reforçar a segurança nas rodovias. A norma, em vigor desde abril de 2021, define quando o condutor deve manter o farol baixo aceso durante o dia, especialmente em rodovias de pista simples fora das áreas urbanas, visando aumentar a visibilidade dos veículos e reduzir o risco de colisões.

O que mudou na legislação com a Lei do Farol?

Com a atualização, o uso de iluminação diurna passou a ser tratado de forma mais clara e alinhada à realidade da frota brasileira, que hoje inclui veículos com tecnologias como a Daytime Running Light (DRL). A legislação busca padronizar o comportamento nas estradas, favorecendo um trânsito mais previsível entre carros, motos, caminhões e ônibus.

Além de definir quando o farol baixo ou a DRL devem ser usados, a lei reforça o foco na visibilidade para prevenção de acidentes. O objetivo não é apenas punir, mas orientar o condutor sobre como se tornar mais visível em diferentes condições de tráfego e iluminação.

Quais são as regras atuais de uso do farol na Lei 14.071/2020?

A Lei do Farol determina que, em rodovias de pista simples fora do perímetro urbano, o uso do farol baixo durante o dia é obrigatório para veículos que não possuam DRL. Em rodovias de pista dupla, o uso diurno do farol baixo é facultativo, embora recomendado em trechos críticos ou com tráfego intenso.

À noite, o farol baixo deve permanecer aceso em qualquer via aberta à circulação, urbana ou rural, bem como em túneis e condições de baixa visibilidade. Nesses cenários, a iluminação frontal deve garantir que o veículo enxergue e seja visto a uma distância segura, reduzindo surpresas na pista.

  • Obrigatório de dia em rodovias de pista simples, fora das áreas urbanas, para veículos sem DRL.
  • Facultativo de dia em rodovias de pista dupla, salvo orientações locais.
  • Obrigatório à noite em qualquer rodovia ou via urbana.
  • Exigido em túneis e passagens subterrâneas, independentemente do horário.
O descumprimento da obrigatoriedade do farol baixo em rodovias de pista simples fora dos perímetros urbanos configura infração média, com multa de R$ 130,16 e acréscimo de quatro pontos na CNH, conforme o Código de Trânsito Brasileiro.

Quais são os principais benefícios da Lei do Farol para a segurança viária?
Os efeitos esperados da Lei do Farol concentram-se na redução de acidentes em rodovias, sobretudo de colisões frontais e laterais. Faróis baixos acesos durante o dia aumentam o contraste entre o veículo e o ambiente, facilitando a identificação por outros condutores e pedestres, inclusive em dias claros.

Estudos internacionais apontam que luzes diurnas ampliam o tempo de reação ao identificar um veículo em ultrapassagens, cruzamentos e curvas fechadas. No contexto brasileiro, com muitas rodovias de pista simples usadas para transporte de carga e passageiros, a medida busca diminuir conflitos entre fluxos opostos na mesma faixa.

  • Melhor percepção de veículos a longa distância, reduzindo sustos e manobras bruscas.
  • Auxílio em clima adverso, como chuva, neblina ou cerração, mesmo durante o dia.
  • Padronização de conduta, facilitando a leitura do trânsito por todos os usuários da via.
  • Redução de colisões frontais em rodovias de pista simples, com menor gravidade dos acidentes.
Como a manutenção dos faróis influencia o cumprimento da lei?
O cumprimento da Lei do Farol depende diretamente da manutenção do sistema de iluminação. Lâmpadas queimadas, faróis desalinhados ou com lente opaca comprometem a sinalização e podem gerar autuações, mesmo quando o condutor tenta seguir a norma.

Uma rotina básica de verificação ajuda a garantir boa visibilidade e evitar problemas em fiscalizações. Além disso, manter o sistema elétrico revisado reduz falhas intermitentes, comuns em veículos mais antigos ou mal conservados.

  1. Checar se todas as lâmpadas dianteiras acendem corretamente.
  2. Verificar se o farol baixo ilumina a pista sem ofuscar o sentido contrário.
  3. Observar se a lente não está amarelada, rachada ou muito opaca.
  4. Avaliar se o sistema elétrico não apresenta falhas ou oscilações.
Veículos com DRL precisam usar farol baixo durante o dia?
Veículos equipados com luzes de condução diurna (DRL) podem usá-las em substituição ao farol baixo durante o dia em rodovias de pista simples fora da área urbana. A DRL foi projetada justamente para melhorar a visibilidade diurna, ligando-se automaticamente ao dar partida no motor.

Mesmo com DRL, há situações em que o farol baixo continua indicado ou obrigatório, pois a luz diurna não substitui a iluminação principal em condições críticas. Nesses casos, a prioridade é sempre tornar o veículo claramente visível para todos os usuários da via.

À noite: o farol baixo é obrigatório para todos, com ou sem DRL.

  • À noite: o farol baixo é obrigatório para todos, com ou sem DRL.
  • Em túneis: a iluminação principal deve ser acionada por exigência legal.
  • Em chuva intensa, neblina ou cerração: o farol baixo aumenta a segurança, mesmo com DRL ligada.
  • Em vias urbanas mal iluminadas: o farol baixo auxilia na visualização de obstáculos, pedestres e ciclistas.
Para veículos sem DRL, permanece rígida a regra em rodovias de pista simples: o farol baixo deve ficar aceso durante o dia, fora do perímetro urbano. Em qualquer caso, a finalidade central da lei é aumentar a visibilidade do veículo, reduzindo riscos e promovendo um tráfego mais seguro nas estradas brasileiras.

Pais brasileiros descobrem que nomes comuns como Gabriel, Linda, Carolina e Alice são proibidos em outros países enquanto cartórios vetam Hitler, Bin Laden e Al Capone nas certidões de nascimento para proteger crianças de constrangimentos segundo lei brasileira em vigor

A Psicologia alerta que nomes são mais que escolha estética e moldam identidade. Enquanto Gabriel, Linda, Carolina e Alice enfrentam veto em países como Islândia e Arábia Saudita, cartórios brasileiros barram Hitler, Bin Laden e Al Capone com base na Lei 14.382 para evitar constrangimentos futuros na vida escolar e social.

O debate sobre nomes voltou ao centro das atenções no Brasil ao mostrar que escolhas aparentemente comuns podem gerar problemas tanto aqui quanto no exterior. Pais brasileiros descobriram que Gabriel, Linda, Carolina e Alice, entre outros nomes populares, podem ser rejeitados em diferentes países.

Ao mesmo tempo, ganhou evidência o fato de que, no Brasil, cartórios já se recusam a registrar certos nomes com base na Lei nº 14.382. Hitler, Bin Laden e Al Capone não podem constar em certidões de nascimento, justamente para evitar constrangimentos e associações diretas a figuras históricas extremamente controversas.

Nomes moldam autoestima e identidade das crianças
De acordo com a psicologia, escolher um nome para uma criança vai muito além de um simples gesto. Os nomes funcionam como uma ferramenta simbólica que ajuda a moldar autoestima, identidade e a forma como a pessoa será percebida pelo mundo.

Em um país marcado por origens colonizadoras e por uma grande pluralidade de costumes, culturas e heranças estrangeiras, é comum que crianças brasileiras recebam nomes diferentes dos habituais.

Por outro lado, nomes aparentemente simples no Brasil podem carregar significados polêmicos em outros lugares, o que faz com que registros aceitos aqui sejam vetados em cartórios de outros países.

Essa diferença de leitura cultural explica por que alguns nomes tão populares entre brasileiros acabam proibidos em outras nações.

Gabriel, um dos nomes em alta no Brasil, pode ser vetado
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, um dos registros mais ascendentes no país é o de Gabriel.

O que muitos pais não imaginam é que, em países de maioria muçulmana com leis mais conservadoras, nomes de anjos bíblicos, como Gabriel, são considerados sagrados e podem ser vistos como inapropriados para pessoas comuns, o que leva à recusa do registro.

Por que nomes como Linda, Carolina e Alice geram rejeição
Tomado no Brasil como um nome de significado simples e positivo, Linda encontra resistência na Arábia Saudita. De acordo com autoridades locais, o termo é considerado incompatível com os valores religiosos e culturais do país, e, em geral, nomes ocidentais que soam excessivamente estrangeiros tendem a ser rejeitados, já que a prioridade é preservar as raízes próprias.

Na Islândia, a regra é ainda mais rígida. Por lá, todos os nomes precisam obrigatoriamente seguir as normas gramaticais e fonéticas do idioma local, o que faz com que nomes populares no Brasil, como Carolina e Alice, sejam considerados inapropriados.

O país conta, inclusive, com um Comitê de Nomeação oficial, responsável por aprovar ou negar as nomenclaturas solicitadas pelas famílias.

Quando marcas, produtos e personagens viram nomes proibidos
Em países como México, Nova Zelândia e Islândia, existem leis severas que impedem o registro de nomes que remetam a marcas comerciais, produtos ou personagens fictícios.

Mesmo quando inspirados em celebridades ou filmes, esses nomes podem ser vetados se forem avaliados como inadequados para constar em documentos oficiais.

Entre os exemplos citados estão Robocop e Facebook, que não passam pelos critérios das autoridades.

Como funciona a proibição de nomes nos cartórios brasileiros
No Brasil, a certidão de nascimento é um direito fundamental de todo cidadão, chave para garantir o acesso a direitos básicos.

Para obtê-la, é preciso que um dos responsáveis pela criança compareça ao cartório com a documentação exigida e informe os nomes escolhidos. Embora o país não tenha uma lista oficial de nomes proibidos, alguns cartórios têm se recusado a validar certas indicações.

Conforme a Lei nº 14.382, o oficial de registro civil não pode autorizar qualquer nome na certidão de nascimento.

A norma determina que seja feita uma avaliação prévia para verificar se o nome pode servir como forma de ridicularização ou se apresenta dificuldade excessiva de pronúncia, sempre com o objetivo de proteger a criança de constrangimentos futuros ao ter seu nome pronunciado em público.

Por esse motivo, nomes associados a figuras históricas extremamente controversas também entram na mira. Hitler, Bin Laden e Al Capone não podem ser registrados em cartórios brasileiros, justamente por remeterem a personagens controversos na história da humanidade.

Segundo a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais, não existe uma lista exata de nomes proibidos ao longo da história; o objetivo das regras é evitar constrangimentos maiores ao serem pronunciados em público.

E você, já parou para pensar como os nomes da sua família seriam avaliados em outros países e nos cartórios brasileiros?
Escrito por: Maria Heloisa Barbosa Borges

INSS adiciona R$ 109 no salário de idosos com 65, 66, 67, 68 anos+

Foto: I.A/Sora
A partir de janeiro de 2026, beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), idosos a partir de 65 anos ou pessoas com deficiência de baixa renda devem ter um aumento no valor recebido.

A alta no salário do BPC vem em linha com o reajuste previsto para o Salário Mínimo Nacional, que, se confirmado, sairá dos atuais R$ 1.518 para cerca de R$ 1.627 ou 1.631, o que representa um acréscimo em torno de R$ 109 no benefício mensal. 

Por que o BPC vai subir
O BPC/LOAS é pago no valor de um salário mínimo vigente. Isso significa que qualquer reajuste do piso nacional automaticamente reflete no benefício.
Para 2026, o governo federal, via proposta orçamentária, prevê elevar o salário mínimo nacional para algo entre R$ 1.627 e R$ 1.631. 
Com essa correção, o salário mínimo subiria aproximadamente 7,18% a 7,44%, dependendo da versão final adotada. 

Quem será impactado com o reajuste de salário
Idosos com 65 anos ou mais que recebem o BPC. O benefício é garantido pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) para quem não tem meios de prover o próprio sustento.
Pessoas com deficiência de longo prazo em situação de vulnerabilidade social que também estão inscritas no programa desde que mantenham os critérios de renda exigidos. 
Famílias de baixa renda que dependem desse benefício para suprir necessidades básicas: a atualização do mínimo tenta preservar o poder de compra diante da inflação.

O que esse aumento de salário representa na prática
Com o reajuste, o BPC deixará de ser de R$ 1.518 e passará a girar em torno de R$ 1.627–R$ 1.631 mensais. Um ganho de aproximadamente R$ 109 por mês para quem hoje já recebe o benefício.
Isso pode significar mais fôlego no orçamento de muitos idosos e pessoas vulneráveis, especialmente para gastos com alimentação, remédios, saúde e despesas essenciais.
Além disso, a correção evita que o benefício perca valor real com a inflação algo importante para quem depende exclusivamente desse recurso.

O que ainda deve ser confirmado
O valor final do salário mínimo de 2026 ainda depende da aprovação do orçamento pelo Congresso e da divulgação oficial do índice de correção (inflação + eventual ganho real). 
Apenas após essa confirmação o novo valor do BPC estará garantido, ou seja, não há impacto imediato até que o decreto oficial seja publicado.
Os beneficiários devem acompanhar comunicados oficiais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e do governo federal para saber a data exata de pagamento com o valor reajustado.


Por: Lila Cunha - Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018.

Facção cobra 'taxa de funcionamento' a provedor de internet em Fortaleza e ameaça até clientes

Internet, loteria e até água de coco: facções criminosas tentam expandir ‘negócios’ no CE
 
Criminosos voltaram a ameaçar e a atacar provedores de internet em Fortaleza em busca de monopólio do serviço. O g1 apurou que uma empresa que atua no Bairro Sabiaguaba está sendo impedida de ofertar seus serviços e teve equipamentos destruídos por uma facção local, em um prejuízo que já totaliza o valor de R$ 100 mil. 

De acordo com a provedora, cerca de 100 famílias estão sem acessar internet após um ataque ocorrido no dia 2 de dezembro. Segundo eles, criminosos quebraram caixas de distribuição de rede que ficam em postes nas ruas e arrancaram os fios. Até clientes também estariam sendo ameaçados e recebendo 'ordens' da facção para ligar para a provedora e pedir o cancelamento do serviço.

"Atualmente enfrentamos uma situação delicada: diversos clientes estão sem acesso à internet devido a ameaças recebidas. Quanto à autoria dessas ações, não temos como confirmar oficialmente. No entanto, segundo relatos de moradores e clientes, trata-se de uma facção local. Essa facção teria informado diretamente aos residentes e aos provedores que atuam na região que não seria permitido continuar oferecendo serviços sem uma negociação prévia com eles", relata a empresa, que prefere não ser identificada.

A facção não chegou a detalhar como seria essa 'negociação prévia', mas a provedora acredita que eles se referem a taxas mensais. "Possivelmente, caso houvesse descumprimento, aconteceria o que já vem acontecendo: ameaças, vandalismo nas sedes dos provedores, incêndios nos carros das empresas". Esta é a segunda vez que a provedora passa pelo mesmo problema.

No início deste ano, durante ataques em série a provedores do tipo, eles também formas vítimas. "O que nos deixa muito triste também é escutar a voz das pessoas quando ligam para nossa empresa pedindo cancelamento porque (os criminosos) foram em sua casa e 'mandaram' ela cancelar". Moradores também relatam medo e insegurança. Uma testemunha que preferiu não se identificar confirmou ao g1 que toda a região onde mora está sem internet, no Bairro Sabiaguaba. Ele tentou chamar técnicos para reparar, mas a equipe não conseguiu trabalhar. 

O que diz a polícia 
Ataques de facções a provedores de internet no Ceará geram prejuízo de R$ 1 milhão Sobre o ataque a esta provedora na Sabiaguaba, a Polícia Civil disse que investiga a denúncia. "Os trabalhos investigativos são realizados pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), unidade especializada da Polícia Civil, que realiza oitivas e diligências com o intuito de elucidar as informações acerca do caso". Esta não é a primeira vez que provedores de internet estão sendo impedidos de funcionar.

No início deste ano, diversos comércios como este foram alvos de ataques. Ainda de acordo com a SSPDS, 80 pessoas suspeitas de envolvimento em crimes contra provedores de internet já foram capturadas em 2025. "Entre os alvos, estão donos de provedores de internet clandestinos, indivíduos que executaram os ataques, bem como mandantes de crimes de ameaça, crimes de homicídios e de tráfico de drogas". A pasta reforça que é importante registrar Boletim de Ocorrência de qualquer ação criminosa. o B.O pode ser feito presencialmente em qualquer delegacia, incluindo a Delegacia Eletrônica (Deletron), no site , em qualquer hora do dia ou da noite. A Deletron atende todo o Ceará.

Serviços de internet, jogo do bicho, loterias, cigarros e bebidas falsificados, setor de combustíveis, golpes virtuais, jogos regulamentados (bets), “taxa de funcionamento” para comércios e tráfico de drogas. O g1 teve acesso a documentos que mostram como as facções criminosas no Ceará têm expandido as áreas de atuação para ampliar suas receitas – muitas vezes, isso ocorre por meio da violência contra moradores e da disputa territorial com outros grupos, resultando em conflitos armados e famílias expulsas de casa.

Somente em 2025, foram revelados diversos episódios em que facções buscaram lucrar com o comércio de itens diversos no Ceará. Em agosto, os criminosos tentaram impor controle até sobre a venda de água de coco na avenida Beira Mar, o principal ponto turístico de Fortaleza. Especialistas apontam que a “diversificação” dos negócios é uma forma de reduzir a dependência do tráfico de drogas como fonte de renda, muitas vezes afetada por apreensões policiais. Entenda mais sobre essa dinâmica nesta reportagem.

g1

Policiais são suspeitos de invadir e revirar casa de PM morta por companheiro policial no CE

Foto: Reprodução.
A família de Larissa da Silva encontrou o guarda-roupa dela com as portas abertas, assim como o baú da cama.
A Controladoria Geral de Disciplina investiga o caso.
O apartamento da policial militar Larissa Gomes da Silva - morta pelo companheiro, também PM, na última quarta-feira (3) - foi invadido e revirado, na sexta (5). Policiais militares, que estavam de serviço, são suspeitos de participar do episódio.

A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Ceará (CGD) confirmou, por nota, que "investiga a ocorrência no âmbito administrativo", em razão da suposta participação dos PMs.

A reportagem apurou, com familiares da soldada Larissa, que três policiais chegaram em uma viatura da Polícia Militar do Ceará (PMCE) à portaria do condomínio localizado no município de Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), onde a policial militar morava, na última sexta-feira (5).

Eles se identificaram como policiais e disseram que iriam à casa de Larissa. Quando a família da militar soube da "visita" e foi ao local, já encontrou o imóvel revirado.

Segundo a família da policial militar, Larissa e Joaquim Gomes de Melo Filho eram namorados e tinham o plano de morar juntos, mas não eram casados.

[Atualização - 08/12/2025 - 17h]

Em nota, a Polícia Militar informou que "que estão em andamento as apurações referentes à ocorrência envolvendo os policiais militares soldado Larissa Gomes da Silva e soldado Joaquim Gomes de Melo Filho pela Coordenadoria de Polícia Judiciária Militar (CPJM)".

Segundo a Corporação, "as diligências tiveram início no dia do fato e permanecem em curso, com o objetivo de esclarecer todos os aspectos do caso". Por fim, disse que "os detalhes das diligências não são divulgados, a fim de não comprometer o andamento das ações". 

Policial segue preso
O soldado Joaquim Gomes de Melo Filho, acusado de matar a companheira Larissa Gomes da Silva, teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva, pela Justiça Estadual, em audiência de custódia realizada na última sexta (5).

Larissa foi morta com tiros durante uma discussão do casal, dentro de um veículo, no Eusébio, na noite da última quarta-feira (3). A policial militar, de 26 anos, chegou a ser socorrida a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas não resistiu aos ferimentos.

Joaquim foi baleado na coxa, durante a discussão com a namorada. A defesa do PM, representada pelo advogado Cícero Roberto, alega que o militar agiu em legítima defesa, após a companheira atirar contra ele.
A policial militar Larissa Gomes da Silva foi morta a tiros pelo marido, o também PM Joaquim Gomes de Melo Filho.
Foto: Reprodução.
PM relatou agressões
Larissa Gomes relatava aos amigos e familiares que sofria constantes violências do companheiro desde o início do relacionamento, quatro anos atrás. A mais recente teria sido uma sequência de coronhadas — golpe dado com a coronha de uma arma — que a deixou com ferimentos abertos e afundados na cabeça.

"Deu uma coronhada no meu rosto e na minha cabeça, várias coronhadas. Uma abriu, a outra afundou, por isso que até hoje está inchado. Bati fotos para deixar como prova, mas ele, tão pilantra, não queria deixar [registrar]", disse a própria vítima em um áudio enviado a uma amiga. O conteúdo foi revelado pela TV Verdes Mares nessa quinta-feira (4).

A mãe da vítima, Fabíola Paiva, disse ter conhecimento de ao menos quatro episódios de agressão, incluindo uma vez em que Joaquim teria atirado em uma garrafa de Larissa porque ela estava conversando com outro colega de trabalho.

Fabíola confidenciou ainda que só não levou para frente a denúncia contra o ex-genro porque ele a ameaçou. "Ele bateu foto do meu apartamento e disse que, se eu denunciasse, ele sabia onde eu morava", lembrou.

Além disso, de acordo com a mãe, o policial deu ainda outros sinais de que era violento com Larissa. "Ele sempre foi agressivo. Afastou ela dos amigos, dos filhos dela [são três]. Ela só vinha ver os filhos quando não estava com ele. Foram quatro anos de muito sofrimento", desabafou Fabíola.

Diário do Nordeste

Cachorro é morto com tiro após morder policial dentro de quartel em Sobral

Foto: Divulgação/PMCE.
O agente foi encaminhado a uma unidade de saúde e recebeu a vacina antirrábica.
Um cachorro foi morto com um tiro após um policial ter sido atacado em um quartel da Polícia Militar do Ceará (PMCE) em Sobral, no interior do Ceará. O caso aconteceu às 22h de sábado (6), no 3º Batalhão da corporação.

Em nota, a PMCE disse que o agente estava chegando ao local para iniciar o serviço, quando cães avançaram contra ele. Durante o ataque, ele sofreu uma mordida na perna e efetuou o disparo da arma de fogo para se proteger, segundo a PM.

O policial, lotado na 1ª Companhia do batalhão, foi encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e, em seguida, ao Hospital Regional Norte. No local, além do atendimento médico, precisou receber a vacina antirrábica. 

Detalhes do caso
O militar foi ouvido pelo supervisor de policiamento e liberado após apresentar atestado médico. O cachorro morreu ainda dentro das dependências do quartel.

"O comando da unidade está elaborando relatório circunstanciado com todos os elementos do fato, que será encaminhado para deliberação e adoção das providências institucionais cabíveis", detalhou a corporação, em nota.

Diário do Nordeste

Idosa e irmã foram mortas em Fortaleza após testemunhar contra integrantes do Comando Vermelho

Foto: Divulgação/ SSPDS.
Um dos acusados pelo Ministério Público do Ceará foi morto em uma megaoperação no Rio de Janeiro
As investigações policiais sobre um duplo homicídio, que vitimou uma idosa e a irmã, em Fortaleza, apontam que elas foram mortas a mando da facção carioca Comando Vermelho (CV), em razão das vítimas colaborarem com a Polícia na investigação do assassinato de um familiar delas.

Francisca de Fátima Machado de Sousa, de 65 anos, e Antonieta Machado de Sousa, 56, foram executadas a tiros, na Avenida Presidente Castelo Branco, no bairro Pirambu, na manhã de 4 de setembro deste ano.

O Ministério Público do Ceará (MPCE) denunciou quatro suspeitos por participação no duplo homicídio e por integrar organização criminosa. A Justiça Estadual recebeu a denúncia, e os acusados viraram réus.

Confira quem são os acusados:
  • Gabriel Lima dos Santos;
  • Francisco Teixeira Parente;
  • Vanderson da Silva Neves.
As defesas dos acusados não foram localizadas pela reportagem para comentar a denúncia do Ministério Público. O espaço segue aberto para futuras manifestações.

Um dos acusados, Gabriel Lima dos Santos, de 21 anos, foi preso no Pirambu, pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil do Ceará (PCCE), na última quarta-feira (3).

Executores do duplo homicídio
Conforme a denúncia do MPCE, Gabriel foi um dos executores das mortes das irmãs Fátima e Antonieta. Ele já tinha antecedentes criminais por homicídio, integrar organização criminosa e corrupção de menores, segundo a Polícia Civil.

Em conversas obtidas pela Polícia, com autorização da Justiça, Gabriel disse a Davi Lucas da Silva, pouco antes do duplo homicídio, que "vai ser sal" (o que significa que "vai dar certo).

"Ei, é mesmo essas duas bixa pirangueira é? Bé isso, matar elas mais rápido mah, pra voltar pro corre, matar elas eu volto pro corre, só tá empatando mesmo essas bixa ai", disse Gabriel dos Santos, segundo o MPCE.
Davi Lucas, 20, já tinha sido preso em flagrante, poucas horas depois do crime. As investigações policiais apontam que ele também foi um dos executores do crime, mesmo sendo monitorado pelo Sistema de Justiça do Estado por uma tornozeleira eletrônica.

Gabriel, Davi e um adolescente teriam sido arregimentados para cometer o crime por Vanderson da Silva Neves, conhecido como 'B2' - que está foragido.

Foi Vanderson, conforme o Ministério Público, que avisou aos executores sobre a localização das vítimas. 

"Dá atenção viado, tava as duas aqui agora, as duas, aí uma fechou a porta e a outra foi bem comprar o pão, porque acordaram agora, ja á elas voltam, vão ficar na mesma casa, aí eu ligo pra tu aí mah, pra tu acionar os pivete", disse 'B2' a Davi.

Já o adolescente apontado como partícipe do crime morreu em uma intervenção da Polícia Militar do Ceará (PMCE), no dia 6 de outubro deste ano.

Fátima e Antonieta estavam na calçada de uma farmácia, quando foram surpreendidas por quatro criminosos, que atiraram contra elas. A idosa de 65 anos foi alvejada com 9 tiros, e a irmã, com 8. Elas morreram no local.

Mandante morto no Rio de Janeiro
O acusado apontado como mandante do duplo homicídio é uma liderança da facção Comando Vermelho, Francisco Teixeira Parente, conhecido como 'Mongol'.

Apesar da denúncia do MPCE, 'Mongol' foi identificado como um dos suspeitos mortos na megaoperação da Polícia do Rio de Janeiro, contra o CV, nos complexos do Alemão e da Penha, ocorrida em outubro deste ano. 

Ele estava escondido naquele Estado, com mandado de prisão em aberto no Ceará. De lá, dava ordens para o cometimento de crimes na região do Grande Pirambu, em Fortaleza.

Conforme as investigações, os assassinatos foram motivados pela informação de que Francisca Fátima e Antonieta Machado de Sousa estariam colaborando com a Polícia Civil na investigação do homicídio que vitimou Antônio Carlos Machado de Sousa, ocorrido no dia 18 de agosto de 2025.

Antônio Carlos era filho de Fátima e sobrinho de Antonieta. "Vai morrer todas duas, meu fi. Tá pensando o quê, elas? Pensando que ia ficar assim, elas, é?", disse 'Mongol' a Davi, segundo a denúncia do MPCE.

"Dei mesmo só um tempo, mesmo, só pra acalmar a morte do safado lá, pra depois nós pegar elas, se ligou? Agora é a vez delas", teria completado Francisco Teixeira.

O Ministério Público concluiu que, "dentro deste contexto, Francisco Teixeira Parente assume a condição de superior hierárquico dos demais, como sendo o responsável em determinar mortes, assim como indicar quais agentes cumprirão as suas ordens. Ao final das ações, os subordinados se reportam a este para confirmar o êxito".

Diário do Nordeste

Homem é assassinado enquanto passeava com criança no Ceará

Homem é assassinado enquanto passeava com criança em Maranguape
Vítima de 33 anos foi baleada enquanto conversava com um amigo em via pública
Um homem de 33 anos foi assassinado a tiros na tarde do último sábado (6), em Maranguape, na Região Metropolitana de Fortaleza. O crime, registrado por câmeras de segurança, aconteceu em via pública enquanto a vítima estava acompanhada por uma criança.

As imagens mostram o momento em que a vítima parou na rua para conversar com um amigo. Nesse instante, um homem em uma motocicleta passou pelo local e efetuou vários disparos de arma de fogo contra ele.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, a vítima foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade hospitalar. A Polícia Civil investiga o caso como homicídio doloso.

Vítima tinha antecedentes 
Conforme a Secretaria da Segurança, a vítima já possuía antecedentes criminais por posse irregular de arma de fogo e homicídio.

O caso é investigado pela Delegacia de Polícia Civil de Maranguape.

Mulher é morta a tiros enquanto conversava com amigos no Ceará

Conforme relatado, as cobranças feitas pelos criminosos na região começaram a ser feitas recentemente e também atingem o comércio.
Uma mulher de 20 anos foi morta a tiros no município de Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), no momento em que conversava com amigos em uma via pública.

A jovem, identificada como Ana Carolina e conhecida pelos moradores como Carol, foi surpreendida por homens armados que chegaram ao local, repentinamente. O grupo de amigos conversava e consumia bebidas alcoólicas em um banco improvisado, no momento da abordagem dos criminosos.

A Polícia Militar do Ceará (PMCE) se deslocou imediatamente até o endereço indicado. Ao chegar ao local, os policiais foram abordados por moradores que relataram a chegada repentina de indivíduos armados.

Conforme as informações, ainda não há confirmação sobre quantos eram os criminosos ou sobre o veículo usado por eles. Assim que os suspeitos se aproximaram do grupo, abriram fogo diversas vezes, provocando correria entre as pessoas presentes.

Após cessarem os tiros, os atiradores fugiram e os moradores perceberam que uma pessoa havia continuado caída ao chão. Tratava-se de Ana Carolina. A jovem costumava frequentar aquele ponto da comunidade para conversar e confraternizar com conhecidos. A mulher foi morta ao ser atingida por vários disparos e não resistiu à gravidade das lesões, indo a óbito no local, em Maracanaú. Cápsulas deflagradas ficaram espalhadas pela via.

Durante os primeiros levantamentos, a Polícia Militar apurou que a vítima não tinha antecedentes criminais. No entanto, moradores relataram que ela tinha envolvimento com drogas, informação que ainda será analisada no curso das investigações. Os agentes destacaram que essa é uma fase inicial da apuração, que segue sob a responsabilidade da Polícia Civil.