quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

Força Nacional deve chegar nesta quinta-feira (22) em Mossoró

Os 100 agentes da Forna Nacional devem chegar no Rio Grande do Norte ainda nesta quinta-feira (22) para integrar a força-tarefa de buscas que chega a nove dias, por Deibson Nascimento e Rogério Mendonça que fugiram da penitenciária federal de Mossoró, no dia 14 de fevereiro.

Para chegar no RN, os agentes de segurança nacional se dividiram entre as 22 viaturas e um ônibus, segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Com a chegada dois 100 agentes, as forças de segurança passam a contar com 600 homens entre policiais militares, civis, federais e rodoviários federais que atuam na operação.

A vindo da Força Nacional para o estado potiguar foi autorizada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandovisk. Durante a estadia no RN, os agentes vão ficar nas instalações da Universidade Federal do Semi-Árido (Ufersa).

Nesta quarta-feira (21), um cerco foi montado durante uma operação policial no município de Baraúna, que fica próximo a divisa com o Ceará. As buscas se concentram no perímetro entre Mossoró e Baraúna, ligados pela RN-015, onde fica a Penitenciária Federal de Mossoró.

Segundo os investigadores, os fugitivos ainda permanecem em uma região próxima à unidade prisional. A operação conta com helicópteros, drones, cães farejadores e outros equipamentos tecnológicos sofisticados.

Novo Notícias 

Polêmica: Carlinhos Maia e cantora gospel levam denúncias de exploração infantil na Ilha de Marajó ao topo da internet; Assista

Aymeê
Acusações de exploração sexual infantil na Ilha de Marajó, localizada no Pará, voltaram a repercutir na web após a cantora paraense Aymeê denunciar a situação, novamente, em um reality show gospel chamado Dom Reality. 

A apresentação da jovem foi na última sexta-feira (16 de fevereiro) e emocionou jurados. A letra da música interpretada pela paraense diz: “Enquanto isso no Marajó, o João desapareceu esperando os ceifeiros da grande seara”. 

Carlinhos Maia

O influencer mais famoso do Brasil, o alagoano Carlinhos Maia, também comentou o assunto e ainda pediu aos seguidores que tivessem o cuidado de pesquisar sobre a ILHA DE MARAJÓ. Ele também fez sérias denúncias de exploração sexual contra nossas crianças.

Ex-ministra Damares

Recentemente, em 2022, a ex-ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, denunciou a exploração na ilha durante um culto evangélico. Damares chegou a dizer que crianças na região teriam dentes removidos para facilitar abusos sexuais.

A fala da ministra, na época, gerou polêmicas. Autoridades do Pará, incluindo o Ministério Público, pediram que Damares fonercesse provas do que estava falando, mas estas não foram enviadas. Após isso, 19 procuradores da República solicitaram uma ação civil pública contra a ministra.


Damares e a União chegaram a ser solicitadas para indenizarem a população do Arquipelágo de Marajó (PA) em R$ 5 milhões por ter disseminado informações falsas. 

Aymeê explica a denúncia cantada por ela na melodia

“Marajó é uma ilha há alguns minutos de Belém, minha terra. E lá, as crianças, lá tem muito tráfico de órgãos, lá é normal. Lá tem pedofilia em nível “hard” e as crianças com 5 anos, quando ela veem um barco vindo de fora com turistas, Marajó é muito turística e as famílias lá são muito carentes, as criancinhas saem em uma canoa, 6,7 anos, e elas se prostituem dentro do barco por cinco reais”, desabafou emocionada.

Aymeê não é a primeira pessoa a falar publicarmente da situação na Ilha de Marajó, região com 12 municípios e cerca de 500 mil habitantes. Em 2006, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados abriu uma investigação para apurar o assunto.

Segundo o Jornal Extra, na época, documentos revelaram o envolvimento de políticos locais nos casos, com aliciadores levando crianças para se prostituirem em Belém e na Guiana Francesa. Muitos municípios da região convivem com a pobreza e a miséria, um deles, inclusive, tem o pior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do Brasil.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Acidente de ônibus que matou 42 pessoas no interior do Ceará completa 20 anos nesta quarta-feira (21)

Fofo Reprodução 
Exatos 20 anos atrás, em 21 de fevereiro de 2004, todos os 42 passageiros de um ônibus da extinta empresa Viação Itapemirim, que se deslocava do Terminal Rodoviário João Thomé, em Fortaleza, no Ceará, para Salvador, na Bahia, viveram a pior e última madrugada de suas vidas. 

Muitos deles planejavam aproveitar o Carnaval baiano, mas tiveram o objetivo interrompido pelo que ficou conhecido como um dos piores acidentes rodoviários que já aconteceram em estradas federais do Brasil.

De acordo com reportagens publicadas pelo Diário do Nordeste à época, o ônibus, de placa MRD-4215, conduzido pelo motorista Paulo Lima Monteiro, de 43 anos, trafegava pelo quilômetro 456 da rodovia BR-116, na altura do município de Barro, a mais de 300 quilômetros da Capital, quando saiu da pista e mergulhou no açude Cipó.

Como o veículo era equipado com ar-condicionado, todas as janelas estavam lacradas no momento da queda, o que dificultou que os passageiros — incluindo o motorista — conseguissem sair e nadar para a superfície. Todos, a maioria homens, morreram afogados.

Com informações do Diário do Nordeste.

Seminarista é preso suspeito de estupro de adolescente no Ceará

A mãe do jovem informou na denúncia que o filho apresentou uma lesão por infecção sexualmente transmissível
Um seminarista foi preso na tarde desta quarta-feira (21), por suspeita de cometer o estupro de um adolescente de 14 anos em Itapipoca, no Ceará. Segundo a denúncia, o crime teria acontecido em 3 de janeiro de 2023, mas o suspeito, de 22 anos, teria ameaçado a vítima por mais de um ano. Por medo, ela não relatou a violência sexual.

Segundo o delegado de Itapipoca, Júlio Morais, a mãe do garoto fez a denúncia em 29 de janeiro, depois que o filho apresentou uma lesão por infecção sexualmente transmissível (IST). Na época em que o crime aconteceu, o seminarista realizava trabalhos religiosos em uma comunidade de Itapipoca.

O pedido de prisão preventiva foi cumprido no Seminário de Maracanaú, cidade da Região Metropolitana de Fortaleza, onde o homem foi localizado. A Polícia Civil investiga se houve outras vítimas do seminarista.

No interior do Ceará, ex-estagiário de fórum é preso por fornecer informações de processos ao tráfico de drogas

Conforme informações do Ministério Público do Ceará, Caio Rodrigo Maciel de Freitas Ribeiro enviou informações de mais de dez suspeitos e acusados a um outro investigado por integrar o tráfico na região em fevereiro de 2023, via WhatsApp
Um ex-estagiário do Fórum de Quixadá, no interior do Ceará, foi preso preventivamente na última terça-feira (20), por suspeita de fornecer informações de processos a um acusado de integrar o tráfico de drogas na região.

De acordo com o Ministério Público do Ceará (MP), Caio Rodrigo Maciel de Freitas Ribeiro enviou informações de mais de dez suspeitos e acusados. O material era composto por fotos de boletins de ocorrência e termos de depoimento. Os crimes teriam ocorrido em fevereiro de 2023, via WhatsApp.

Além disso, o ex-estagiário mantinha relacionamento íntimo com fornecedores de drogas, tratava sobre compra e venda de drogas nas conversas de WhatsApp e sinalizava que estava planejando cultivar plantas alucinógenas.

Caio Rodrigo estagiava na 1ª Vara Criminal de Quixadá. O ex-estagiário foi preso a caminho da faculdade de Direito, em razão da suspeita de prática de dois crimes: violação de sigilo funcional e colaboração para o tráfico.

As investigações chegaram ao suspeito após a realização da Operação Taciturno – Fim dos Tempos, deflagrada no município de Banabuiú. À época, foram apreendidos celulares de pessoas supostamente envolvidas com o tráfico de drogas no Sertão Central.

Ceará inicia curso de formação de 1.310 novos policiais militares

A aula inaugural ocorreu no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza
A Academia Estadual de Segurança Pública (Aesp) iniciou, nesta quarta-feira (21), o curso de formação de 1.310 policiais aprovados no último concurso público da Polícia Militar, entre soldados e oficiais. A aula inaugural ocorreu no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza.

“O tempo de formação] de soldado tem seis meses, mas com três meses já pode ser empregado em estágio na rua. Os alunos oficiais, os cadetes, com formação de dois anos, mas também podem ser empregados nos próximos três ou quatro meses”.

As aulas acontecerão simultaneamente na sede da Aesp, no Centro de Formação e Desenvolvimento para os Profissionais da Educação do Ceará (FormaCE) e em batalhões da Região Metropolitana de Fortaleza. Para essa convocação, não haverá cursos de formação em batalhões do interior, como ocorria anteriormente.

Além dos 1.393 policiais militares, foi iniciado o curso de formação de 83 novos servidores da Perícia Forense (Pefoce).

Governo contratou empresa laranja em obra de prisão de Mossoró, diz jornal

O governo federal contratou uma empresa em nome de um “laranja” para fazer obras de manutenção dentro do presídio federal em Mossoró (RN), de onde presos ligados ao Comando Vermelho fugiram no último dia 14. A companhia tem faturamento anual de R$ 195 milhões, mas seu dono, no papel, é um beneficiário do auxílio emergencial que mora na periferia de Brasília.

O contrato foi assinado em abril de 2022, na gestão de Anderson Torres no Ministério da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PL), e prorrogado um ano depois, em abril de 2023, na gestão de Flávio Dino, do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os contratos foram firmados por meio dos respectivos setores que cuidam de presídios no ministério, sem a participação direta dos ex-titulares da pasta.

Especialistas consideram grave o fato de um presídio de segurança máxima contratar uma empresa sem saber quem é o verdadeiro dono. Uma das suspeitas investigadas é a de que uma obra teria facilitado a fuga dos criminosos – a primeira na história dos presídios de segurança máxima do País.

Havia mais de uma obra em andamento. Ainda não foi apontada, porém, qual delas teria ajudado os criminosos. Rogério da Silva Mendonça, conhecido como Tatu, e Deibson Cabral Nascimento, o Deisinho, ainda não foram encontrados, e as buscas entraram no 8º dia.

Em nota, o Ministério da Justiça informou que acionará “os órgãos competentes federais para que seja realizada rigorosa apuração referente à lisura da empresa citada”. Destacou também que, na assinatura do contrato, em 2022, a empresa cumpriu todos os requisitos técnicos, apresentou todas as as certidões de conformidade e vinha cumprindo todas as suas obrigações.

Já a empresa afirmou que a reportagem é “imprudente” ao classificar o dono como laranja, mas não esclareceu os questionamentos levantados. Também não quis dar informações sobre a atuação em Mossoró.

A empresa em questão é a R7 Facilities, sediada em Brasília. Ela foi contratada para realizar obras de manutenção no presídio federal de Mossoró por R$ 1,7 milhão. A companhia informou, em balanços de 2023, ter R$ 353 milhões em contratos ativos com os setores público e privado.

Apesar do tamanho da companhia, o sócio-administrador é um técnico de contabilidade que recebeu 12 parcelas do auxílio emergencial, benefício pago a cidadãos em vulnerabilidade financeira durante a pandemia da covid-19. Gildenilson Braz Torres, de 47 anos, tem como endereço uma casa simples no Riacho Fundo, região periférica do Distrito Federal, e não soube dar informações sobre a operação da empresa.

O histórico de Gildenilson não bate com o de um empresário vencedor de contratos milionários. Ele é cobrado na Justiça pelo governo do Distrito Federal por não pagar uma dívida de R$ 8.338,10, referente a parcelas de 2017 a 2020 de um imposto sobre serviços autônomos. Em fevereiro de 2022, um juiz determinou o bloqueio de bens, mas só foram encontrados R$ 523,64 nas contas dele.

Gildenilson afirma ter um escritório de contabilidade no Núcleo Bandeirante, bairro da periferia formado pelos “candangos” da construção de Brasília. No endereço, há uma placa em que ele se apresenta como o responsável pela empresa “Mega Batatas”. Não há qualquer menção à R7 no prédio nem nas redes sociais dele.

Ao Estadão, Gildenilson afirmou ter CEO, diretores e outros empreendimentos, mas que não podia dar informações sobre eles. Ele desligou o telefone logo após a reportagem insistir em mais detalhes.

“Cara, tipo assim, ‘tá’ rolando uns negócio aí do contrato que a gente tem terceirizado de Mossoró. É sobre isso? Tipo assim, tenho de conversar com meu advogado. Não posso falar nada sem conversar com ele. Qualquer coisinha, pego seu número e entro em contato”, afirmou.

A reportagem também esteve no endereço que Gil, como é conhecido, informa como residencial, no Riacho Fundo. Ele não estava. O concunhado dele mora no local e afirmou desconhecer o vínculo de Gildenilson com uma empresa milionária. “Se fosse verdade, ele não estaria andando com o carro velho em que ele anda”.

Gildenilson virou sócio-administrador da R7 Facilities em fevereiro de 2023. Dois meses depois, ele assinou o aditivo com o Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), para os serviços de manutenção em Mossoró.

Antes, desde janeiro de 2021, a companhia estava em nome de outro “testa de ferro”, o bombeiro civil Wesley Fernandes Camilo. Foi ele quem assinou o contrato, em 2022, com o antigo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), atual Senappen.

Hoje, Wesley Camilo trabalha como brigadista em um hospital particular de Brasília e afirmou ter renda mensal de R$ 4 mil. Mesmo assim, alegou estar satisfeito por ter repassado a empresa de balanço milionário da qual aparecia como único dono.

Camilo mora numa casa em Ceilândia, uma das regiões mais pobres do Distrito Federal. A reportagem encontrou um Volkswagen Nivus em sua garagem. O carro, avaliado em R$ 111 mil, está registrado em nome da R7 Facilities.

O bombeiro civil afirmou que comprou a empresa milionária sem desembolsar nada. Segundo ele, a firma foi repassada com créditos não recebidos e ele trabalharia para recuperá-los. O brigadista negou ter sido um laranja.

“Na realidade, irmão, eu comprei do Ricardo e passei para para o Gil. Mas isso aí, bicho, vai além de tudo isso. O meio é fogo, irmão. É só você pesquisar. Para ficar num meio sujo e perverso, melhor sair e passar para a mão dos caras”, disse Wesley, negando-se a detalhar a que se referia.

O fundador da empresa é Ricardo Caiafa, um empresário de Brasília. Ele afirmou que decidiu vender a companhia porque enfrentava dificuldades no mercado e decidiu sair do ramo. Foi procurado por um advogado que intermediou a negociação para Wesley Camilo.

Caiafa afirma não ter mais ligação com a R7. Diferentemente dos novos donos, ele mora em uma casa no Lago Sul, considerado o bairro com a maior renda per capita do País. A reportagem não encontrou indícios de que ele tenha vínculos com o grupo que controla a empresa atualmente.

A R7 presta serviços para o governo federal pelo menos desde setembro de 2016, segundo o Portal da Transparência. Com o Ministério da Justiça, o primeiro contrato é de fevereiro de 2019. Nesses casos, a gestão da empresa ainda era do fundador, Ricardo Caiafa. Os contratos com o Executivo federal dobraram após a entrada dos laranjas.

Especialistas veem problema grave no contrato do presídio

Coordenador do Centro de Estudos e Pesquisas em Segurança Pública da PUC Minas, Luís Flávio Sapori diz que é preciso apurar se houve problemas no processo de licitação da R7 Facilities. “No caso, o que é suspeito é a característica da empresa que ganhou essa licitação, no governo Bolsonaro ainda. Na gestão do ministro Anderson Torres. A coisa começou lá. O problema está na origem (o que deve ser verificado é) a idoneidade e a capacidade técnica dela para fazer esse tipo de serviço”, diz.

“Não há dúvida que há uma suspeita em torno dessa empresa. Merece questionamento”, afirma ele, que foi secretário-adjunto de Segurança de Minas de 2003 a 2007. “Na verdade, há um protocolo a ser seguido por qualquer empresa que faça obras num presídio de segurança máxima.”

Sapori explica também que contratos guarda-chuva como o da R7 Facilities são comuns na administração de presídios. “Na gestão prisional, de maneira geral, é normal e conveniente fazer licitações de empresas que possam fazer a manutenção periódica dos presídios ao longo do tempo. É assim que funciona e deve ser assim mesmo, do meu ponto de vista. Isso permite resolver pequenos problemas de toda sorte que aparecem, sem que tenha de fazer nova licitação a cada problema”, acrescenta o sociólogo.

Lucas Rodrigues é advogado com atuação em contratações públicas. Segundo ele, um dos requisitos para que uma empresa possa participar de uma licitação – como a vencida pela R7 Facilities – é o de que ela esteja legalmente constituída. Se a empresa usou informações falsas, como o nome de um laranja, é possível que o contrato seja considerado nulo.

“Um dos requisitos para ela participar da licitação é ela (a empresa) estar regularmente constituída. O fato de ela ocultar um sócio indicaria que ela está constituída de forma irregular”, diz ele. Rodrigues falou em tese, sem conhecer o caso concreto. Além disso, os donos podem ter incorrido no crime de falsidade ideológica ao usar um “laranja”, diz o advogado.

R7 diz que alegação é “preconceito” e ministério pede apuração

Em nota, a empresa R7 Facilities alegou que é “imprudente” e “preconceituoso” se referir a Camilo e Gildenilson como laranjas. “O sr Wesley Camilo foi sócio da empresa R7 Facilities e o sr Gildenilson é o atual sócio, como pode ser verificado em documentos públicos junto à Junta Comercial do Distrito Federal”. A empresa se recusou a comentar sobre a fuga dos dois presos ligados ao Comando Vermelho, não especificou como atua no Rio Grande do Norte e não informou se irá colaborar com as investigações.

O Ministério da Justiça, em nota, destacou que a empresa cumpriu requisitos na fase de contratação e vinha cumprindo as obrigações contratuais conforme exigia a lei. Também ressaltou que as condições da fuga dos presos são investigadas pela Polícia Federal.

“A empresa citada atendeu todos os requisitos técnicos para a assinatura do contrato, realizada em abril de 2022, tendo apresentado todas as certidões de conformidade junto a órgãos públicos, como Receita Federal, Tribunal de Contas da União, Tribunal Superior do Trabalho, Ministério da Gestão, Inovação e Serviços Públicos, entre outros. Sobre o serviço prestado, de acordo com nota técnica emitida pela fiscalização do contrato, a empresa vinha cumprindo todas as suas obrigações, obedecendo os parâmetros pré-estabelecidos legalmente”, diz a nota.

As assessorias de Anderson Torres e Flavio Dino, que estiveram à frente do ministério entre 2022 e o início de 2024, informaram que o contrato não teve qualquer relação com os ex-titulares da pasta porque é assinado no departamento que cuida da área de presídios, dentro da própria pasta.

Estadão Conteúdo

Barras de ferro são instaladas em vão de celas do Presídio Federal de Mossoró para evitar novas fugas

Barras de ferro começaram a ser instaladas em áreas da Penitenciária Federal de Mossoró para dificultar a ação de detentos que planejem fugir de agora em diante. A informação, divulgada inicialmente pelo portal G1, foi confirmada nesta quarta-feira (21) pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

As barras de ferro estão sendo colocadas onde estão luminárias, inclusive dentro das celas. Além disso, haverá grades no espaço voltado à manutenção, que fica ao lado das celas e foi acessado pelos dois presos que fugiram no último dia 14. O governo também afirma que a construção de uma muralha deve começar ainda neste semestre.

Em 16 de fevereiro, a PF (Polícia Federal) mostrou um buraco localizado perto da luminária de uma das celas onde ficavam os dois presos. Os foragidos teriam arrancado toda a estrutura para fugir. Ainda não há informações sobre como ela foi quebrada.

O Ministério Público Federal (MPF) anunciou que atuará na inspeção e vistoria da Penitenciária Federal de Mossoró nesta semana. O intuito é identificar possíveis falhas na unidade de segurança máxima. O secretário de Políticas Penais do Ministério da Justiça e Segurança Pública, André Garcia, sugeriu, em 15 de fevereiro, que uma falha nos protocolos de segurança da prisão de Mossoró teria possibilitado a fuga.

Portal 98 FM

Governo Lula faz vista grossa para crise e pode expulsar embaixador de Israel no Brasil, diz jornalista de ‘O Globo’

O presidente Luíz Inácio Lula da Silva (PT) e seus principais assessores na crise com Israel cogitam expulsar o embaixador Daniel Zonshine, que representa o governo israelense no Brasil. Embora vista como uma medida “drástica e indesejável” pelo Itamaraty, a questão foi discutida na segunda-feira, 19, pelo mandatário brasileiro e seu assessor especial Celso Amorim durante uma reunião no Palácio da Alvorada.

De acordo com informações da jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, a possibilidade da expulsão foi sugerida em linguagem diplomática ao próprio Zonshine na reunião entre ele e o chanceler Mauro Vieira, na segunda-feira.

“Essa é uma das opções à mesa”, disse um auxiliar próximo de Lula. A ação é considerada a próxima reação possível no protocolo diplomático em caso de uma escalada das agressões.

Durante a reunião, Vieira enfatizou que o Brasil não busca uma escalada da crise, mas considerou os movimentos do governo israelense como “inaceitáveis”. Entre as medidas desproporcionais, segundo interlocutores de Vieira, estão a declaração do presidente Lula como persona non grata em Israel e o submetimento do embaixador brasileiro, Frederico Meyer, a constrangimentos.

Outro fator relevante que pode influenciar a medida contra Zonshine é o fato de ele ser próximo de Bolsonaro. Zonshine já foi convocado quatro vezes para reuniões de reprimendas diplomáticas pelo governo Lula desde o início da guerra com o Hamas. 

A expulsão do embaixador de um país como Israel não seria uma ação comum. Os dois países mantêm uma relação comercial relevante, que poderia ser prejudicada. Além disso, não há precedentes de um gesto semelhante nas relações entre as duas nações.

Tensão com Israel ofusca 1ª grande reunião do G20 no Brasil

Os chanceleres das maiores economias do mundo se reúnem nesta quarta e quinta-feira (21 e 22.fev.), no Rio, no 1º grande evento do G20 sob a presidência brasileira. A escalada da tensão entre Brasil e Israel deve contaminar os debates e as declarações públicas das autoridades convidadas.

O evento, que ocorrerá na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, terá representantes de todos os membros do G20 (África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia, União Africana e União Europeia).

Em seu período a frente do G20, o Brasil estabeleceu 3 temas prioritários: inclusão social e combate à fome e à pobreza e promoção do desenvolvimento sustentável e reforma das instituições da governança global.

Durante o encontro no Rio, a ideia brasileira era focar na reforma da governança global, que passa por críticas recorrentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao financiamento dos países em desenvolvimento e ao Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).

Na véspera do evento, entretanto, a pauta internacional brasileira só teve espaço para a tensão com Israel. No domingo (18.fev.2024), Lula comparou os ataques israelenses na região ao extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler (1889-1945) na 2ª Guerra Mundial (1939-1945).

Na terça-feira (20.fev.204), o ministro de Relações Exteriores israelense, Israel Katz, voltou a exigir um pedido de desculpas do presidente brasileiro pela fala.

Poder360